Raymundo Souza: sinônimo da arte brasileira

06 fevereiro 2009 |


Raymundo Souza – sucesso na televisão, no cinema e no teatro – reflete o exemplo de um artista que se renova a cada dia mediante os personagens que já interpretou. Exímio, fez curso de “Interpretação para atores profissionais”, “Teatro, Dança e Mímica” e “Dança Studio Reneé Gumiel. Isso prova que se trata de um profissional que aperfeiçoa seu talento e faz dele um motivo a mais de alegria e orgulho para o povo brasileiro. Atualmente, o ator de 56 anos tem interpretado papéis em novelas da Rede Record.

CULTURA VIVA: Como você analisa a função de ator, hoje, no Brasil?
RAYMUNDO SOUZA: O Brasil é um país maravilhoso, mas com pouca cultura e educação. Quanto ao trabalho na função ator é preciso ter muita sorte e um bom conhecimento, além de estudar muito. Agora, na próxima encarnação quero ser ator novamente... É muito bom! Você, no palco, olhando aqueles que saem de suas casas para se divertirem por muito pouco, com uma simples piada. Você olha para as pessoas que ali estão sentadas com as carinhas mais felizes do mundo como se mais nada existisse, isso é muito bom, é dom divino.

C.V.: Com tantos anos de experiência na profissão, já interpretou todos os personagens que desejou?
R.S.: Não. Tem muitos personagens a serem escritos pelos autores e o melhor é sempre aquele que ainda não fiz.

C.V.: Qual o personagem que já interpretou e mais te marcou?
R.S.: Cada personagem tem sua vida, tem sua historia. Eu tenho dois que gostei
muito: o “Dimas”, em “Sinhá Moça”, foi muito importante por ser um personagem que
representou uma época relevante no nosso país, a escravidão; e o outro foi o “Haroldo”, em “Vidas Opostas”, na Rede Record: esse personagem gostei muito por representar um povo sofrido, pai de família que mora na favela; sofri muito fazendo esse personagem, mas valeu a pena!

C.V.: Qual a sua opinião sobre a questão: o teatro e o ator, um espaço para aprendizagem?
R.S.: O teatro, para nós artistas, é como se fosse um templo sagrado, onde a gente aprende com os próprios personagens. Se nós atores aprendemos, imagina quem nos assiste... Os nossos dirigentes precisam entender que teatro é cultura! Com cultura e educação, sem dúvidas, seríamos um povo mais feliz!

Foto: Lucio Luna

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