LEDO ENGANO

27 abril 2009 |


Num encontro de moléculas
Satisfação, identificação, emoção
Daí por diante, a mente viaja
Cria planos, traça metas
Vai além do permitido
E as moléculas se acham a parte maior da história
Quando, na verdade, representam a minoria
Coisa ínfima e se soubessem a força que tem
Poderiam refazer, construir, destruir
E por sonharem tanto,
Acabam no mar da ilusão
Ledo engano.

Mas, o momento em que vive a história
É pleno, gostoso, alimentício
O prisma é outro
O agir se transforma
Ser pacífico se torna uma ordem
Por seguir a lei do amor
Que não falha, não muda
Suporta, espera, compreende
E até as imperfeições se tornam perfeitas
Necessárias para um bem comum
Se vive como um cego a enxergar com a mente e o tato
Ledo engano!

O mais engraçado é que tais moléculas
Se entendem, encontram afinidades,
Passeiam juntas, constroem uma história
Sem perceber, criam um castelo de verdade
Ilusão ou não, o prédio está ali e todos podem contemplar
A beleza do empreendimento
A pureza, a sinceridade e o companheirismo dos cômodos
Bom acabamento e cada cantinho tem algo específico a contar
Não se pode negar o óbvio
Tudo está claro, não se mascara o patente
No fundo, no fundo seria mesmo um...
Ledo engano?

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