Pura sintonia – uma análise sobre o rádio

24 novembro 2009 |


Mesmo com tantas novidades tecnológicas, o rádio ainda é um meio de comunicação para muita gente. Numa época em que os jornais, que todos os dias encontramos em forma impressa nas bancas, também atualizam as notícias por minuto através de seus sites na internet, sempre se encontra alguém antenado no “aparelhinho” de pilha. Esse crédito é antigo e o rádio já foi referência-maior para muitas gerações desde seu surgimento no Brasil em 1922. Através do veículo, pessoas comuns se tornaram celebridades, como os cantores do rádio, como Cauby Peixoto, Emilinha Borba, Marlene e dezenas de outros que fazem shows pelo país afora até hoje. Além destes, locutores como Aroldo de Andrade, Alberto Brizola e José Carlos Araújo se tornaram grandes comunicadores e ganharam a confiança do público.

Mas, o rádio não se perdeu no tempo e ainda converge com outras mídias. Um exemplo disso é a coluna “Show do Antonio Carlos” no caderno “Diversão” do jornal “Extra”. Respeitado no meio radiofônico e porta-voz da população, o locutor traz para a página do jornal impresso aquilo que apresenta no rádio, diariamente. Entrevista com artistas, indicações de filmes e o quadro “Recordar é viver”, onde faz uma pergunta sobre personalidades do mundo artístico, cita opções e dá a resposta certa no dia seguinte em seu programa na Rádio Globo. Um meio de comunicação em “sintonia” com o outro, complemento que prova o quanto esse tipo de confluência pode dar certo. Como tem dado.

Também ganhando mídia, o rádio foi tema de discussão no “Repórter Brasil” da TV Brasil (antiga TVE) no dia 12 de novembro. Numa pesquisa feita recentemente sobre qual o veículo que tem mais credibilidade do público, o rádio ficou em primeiro lugar; em segundo, a internet e, por último, a TV. Impressionante. Visto isso, o telejornal foi às ruas e perguntou aos transeuntes: “Em tempos de internet, qual é o meio que você usa para se informar?”. As respostas divergiram, mas o rádio ainda assim aparecia. Quem é rei nunca perde a majestade, não é mesmo?

Talvez essa afeição seja pela fantasia que o rádio cria na cabeça dos ouvintes... Aquela voz... Aquele locutor... Aquela locutora... Esse aparelho que apenas com um botão gera uma voz e fala direcionado a quem está do outro lado, alcança seu objetivo, fala aos corações, dá a chance de se interagir, o ouvinte pode ligar e ouvir seu nome “no ar”... Quantos já casaram devido aquele oferecimento musical... Uns conseguiram emprego; outros prêmios, reconhecimentos... Uma “pura sintonia” capaz de manter um casamento tão duradouro entre meio de comunicação e ouvintes. Bem verdade, na travessia do Século XXI, o rádio ainda serve como uma forte arma para construção de cidadania, sempre com ênfase à utilidade pública.

A propósito: já ligou seu rádio hoje?

0 comentários: