LÉO LINS: O PROMOTOR DAS GARGALHADAS

16 novembro 2010 |

Nasceu para o humor. Trazer riso ao público tornou-se um ofício. Risos? Que nada! Gargalhadas que perduram durante uma apresentação inteira. Assim é o dia a dia do comediante Léo Lins, 28 anos.

 

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Simpático, inteligente e com um talento admirável para o humor, o jovem artista hoje deu entrevista exclusiva ao CULTURA VIVA. Acompanhe!

 

CULTURA VIVA: Em que momento de sua vida percebeu talento para a Comédia?

LÉO LINS: Quando terminei a escola e não precisei mais acordar às 6h30m, pensei: “preciso trabalhar de noite”. Então, eu seria guarda noturno, garoto de programa ou comediante. Sempre gostei de divertir as pessoas, ou seja, sobrou comediante e garoto de programa. Como minha performance no palco é melhor do que na cama, foi aí que descobri o talento para a comédia.

C.V.: Quais foram os primeiros passos? Aconteceram no teatro?

L.L.: Meus primeiros passos foram quando eu tinha 9 meses de vida, não lembro exatamente onde foram, mas não foi no teatro. 

C.V.: Como analisa o setor de "Comédia", no Brasil? É um mercado amplo ou poucos conseguem dar sequência?

L.L.: O mercado é  amplo, mas como muitos entram na profissão, poucos conseguem dar sequencia. No Brasil, o humor funciona como uma monarquia, as pessoas só param de fazer quando morrem. Acho que a expectativa de vida do brasileiro vem aumentando muito. Por isso, a renovação no humor de uma geração para a outra está sendo mais lenta.

C.V.: Léo, como cria seus textos para apresentação? Você  precisa reservar um tempo só  para criação ou eles acontecem a qualquer momento e depois você  apenas "junta as peças"?

L.L.: Copiar outros comediantes, principalmente americanos e usar anedotas de livros, são os métodos que eu reprovo. Basicamente, você descreveu as duas principais formas de criação do texto. Às vezes, uma piada surge instantaneamente como resposta a uma situação, uma notícia, enfim, um determinado estímulo. Por outro lado, muitas vezes sento em frente o computador ou pego uma folha de papel e começo a escrever idéias. O segundo método é mais demorado e cansativo, mas se o comediante depender apenas de inspiração para criar suas piadas, vai demorar para desenvolver “material” (é como chamamos nossas piadas). 

 

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C.V.: Como sua família recebeu, no início, a notícia de que você  seria um Comediante? E, como reagem hoje?

L.L.: Se não fosse comediante eu seria professor. Portanto, ao anunciar que seria comediante foi uma grande alegria para minha família, fizemos uma enorme festa no cruzeiro do Roberto Carlos, eu queria subir no palco e fazer piadas sobre a perna de pau dele, mas como estávamos em um navio, fiquei com medo de ele me mandar caminhar na prancha. 

C.V.: Vem alguma novidade por aí em sua carreira?

L.L.: Em breve vai sair uma entrevista no blog Jornal Cultura Viva, aliás quando você estiver lendo isso, ela já vai estar aí, em primeira mão! E 2011 será o ano do coelho, portanto, a páscoa vai estar muito bem contextualizada, aguardem novidades!

C.V.: Que recado você deixa para seu público?

L.L.: Ao olhar para o céu numa restinga de orvalho, procure observar o reflexo do luar no trespassar do cometa.

 

Fotos: Arquivo pessoal de Léo Lins

2 comentários:

Anônimo disse...

O Léo Lins é excelente! Ótimas respostas na entrevista!

Rodrigo Rebelo disse...

O Léo Lins é um dos melhores humoristas do Brasil. Ele não respondeu sério algumas das perguntas da entrevista, mas ficou ótima!