Homenagem a Emanoel Araujo no Museu Histórico Nacional

12 dezembro 2010 |


Autobriografica do Gesto|Cosmogonia dos Símbolos” revela a obra de um artista plural do artista plástico

Emanoel Araujo. Autobiografia do Gesto| Cosmogonia dos Símbolos revela a trajetória de um dos principais nomes da arte e da cultura brasileira. Aos 70 anos de idade, o idealizador e diretor-curador do Museu Afro Brasil (São Paulo) é reverenciado com esta exposição que apresenta a essência de um artista plural. Ele é escultor, pintor, gravador e designer gráfico. A abertura será no dia 15 de dezembro, às 19 horas, no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, umarealização do Instituto Brasileiro de Museus e Ministério da Cultura, com apoio da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e o patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce.

São 150 obras entre esculturas, gravuras, relevos, xilogravuras e ainda duas instalações: Autobiografia do Gesto e Cosmogonia dos Símbolos. São trabalhos tridimensionais, em relevo e com uma linguagem geométrica marcante. Na composição desta trajetória, a exposição também apresenta publicações biográficas, cartazes, livros, programas e convites desenhados por Emanoel Araujo. Além disso, registros de seu caminho como homem de cultura, com curador de importantes mostras e como dirigente de instituições culturais, entre elas o Museu de Arte da Bahia e Pinacoteca do Estado de São Paulo (1992/2002); culminando como o grande mentor do Museu Afro Brasil.

A Autobiografia do Gesto reflete a produção vigorosa do artista resultando nos relevos e esculturas estruturadas sob um geometrismo rico em cor e forma. A Cosmogonia, que em 2007 foi exposta no Instituto Tomie Ohtake (SP), se destaca pela representação desímbolos de divindades africanas, em materiais pertencentes à ornamentação de cerimônias religiosas e festejos populares. Oprecioso acabamento de sua marcenaria, herança das lições recebidas já na infância com o mestre Eufrásio Vargas, em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, mistura-se a fragmentos de madeira torneados do século XVIII e XIX, e a outros materiais como vidro, ferro, onde a cor pode surgir na madeira pintada ou potencializada.

A exposição inclui duas “estantes”, Louise Nevelson, dedicado à artista russa radicada nos Estados Unidos. Louise com sua obra gigantesca encantou Emanoel Araujo, no inicio dos anos 70, quando de sua primeira viagem aos EUA. “Ela resumia com uma enorme síntese um sentimento profundamente barroco, e ao mesmo tempo, uma ancestralidade tribal dava à escultura da senhora Nevelson certa agudeza de percepção da arte negra no que ela tem de mais reducionista e totêmica, pela repetição e empilhamento”, disse Emanoel. As estantes são concebidas em fragmentos de madeira torneada de grades, pés de cadeiras, de corrimão, escadas, entre outros. Uma apresentação de múltiplas linguagens.

Museu Histórico NacionalPraça Marechal Âncora, s/nº
Próximo à Praça XV
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Telefone: 21-25509220
Aberto ao público de 3º a 6º feira, das 10h às 17h30 e aos sábados, domingos e feriados (exceto Natal, Ano Novo, Carnaval e dias de eleições), das 14h às 18h. Não abrimos ao público nas segundas feiras, mesmo que seja feriado.

Ingresso para exposições do Museu Histórico Nacional:
R$ 6,00 (seis reais)
Estão isentos de pagamento (mediante comprovação): crianças até cinco anos de idade; sócios do ICOM-International Council of Museum; funcionários doIBRAM e do IPHAN; alunos e professores das escolas públicas federais, estaduais e municipais; brasileiros maiores de 65 anos; guias de turismo e estudantes de museologia. Alunos agendados da rede particular de ensino e brasileiros maiores de 60 anos e menores de 65 anos pagam a metade do valor. Aos domingos, a entrada é franca

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