Jogos Vorazes

04 abril 2012 |


Por Daniel Romano

Jogos Vorazes é a primeira parte de uma trilogia de livros escritos por Suzanne Collins. O filme se passa em um futuro distante, onde boa parte da população é controlada por um regime totalitário de 12 distritos. É como se fossem 12 estados e cada casal sorteado de cada distrito é enviado para uma disputa mortal. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição. A grandiosidade do preparatório dos jogos mortais é muito bem feita. Cada casal é visto como herói, mas apenas um pode se tornar vencedor.

A trama resgata um pouco de Romeu e Julieta, trazendo o tão falado amor proibido. Aliás, isso realmente dá audiência. E mais proibido que esse é impossível. Só a morte, literalmente, os separa. Os jogos são uma espécie de Big Brother, onde o mata-mata é real. Crianças e jovens são adversários e a eliminação é feita da forma mais cruel de todas: morrendo. Todos os atributos que giram em torno de um reality show são mostrados e o marketing é o foco em questão. O que pode dar mais audiência, uma menina que foge para não morrer ou uma garota que mata para ajudar uma amiga ou o namorado imposto pela televisão? Toda a transmissão é noticiada e televisionada em tempo integral, gerando milhões. Percebemos isso desde o preparatório dos participantes.

Não li nada sobre a trilogia e estou escrevendo aqui como alguém que só viu o filme. Achei uma distração bacana, que foge do comum, mesmo não sendo surpreendente. É engraçado ver todos aqueles personagens vestidos de forma tão colorida e tudo parecer tão natural. O figurino foi uma sacada de gênio e deixou a história menos triste. Ponto pra quem teve essa ideia, já que a adaptação é voltada para o público jovem. Minha amiga Camila disse que não gostou do filme porque não tem contexto. Eu discordo. Quem não tem contexto é o Jason em sua inseparável sexta-feira 13. Ele mata simplesmente porque sente vontade. Em Jogos Vorazes, eles matam para não morrerem. Existe todo um controle que os obriga a participar dessa disputa, além da adrenalina constante de não querer ver um determinado participante morto. Os adolescentes representam um soldado que vai pra guerra representar o seu país. Só que como a intenção é atingir o público jovem, e não os marmanjos que gostam de filme de guerra, tudo foi elaborado para que ficasse bastante atraente aos olhos dos jovens. Eu gostei.

Fonte:
http://equesedani.blogspot.com.br/2012/04/jogos-vorazes.html

Foto: Internet

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