Bianca Barboza...O embalo da vida nos passos das histórias

29 outubro 2016 |


Conduzir a vida com histórias. Embalar crianças com músicas que complementam lendas, romances, aventuras, fantasias infantis. É justamente dessa forma que a Contadora de Histórias Bianca Barboza, 32 anos, faz a diferença na vivência de muitas crianças e professores também por onde passa. Com seu jeito doce e simpático de ser, educa, instrui e faz seu público viajar por lugares talvez alcançados somente por um guia assim como ela... Que embarca e mergulha junto curtindo todos os momentos, tornando-os inesquecíveis!

Com apresentações fixas em todos os domingos na casa de shows Imperator, no Méier – Zona Norte do Rio de Janeiro, além de contar histórias no Centro Cultural João Nogueira e no Hospital Hemorio, ambos também no município do Rio de Janeiro, a moça também conta históras na Bibliotecal Municipal Joaquim Manuel de Macedo, em Itaboraí.

Com exclusividade, ele conversou com o CULTURA VIVA. Confira!

CULTURA VIVA: Em que momento de sua vida percebeu o dom para contar histórias?
BIANCA BARBOZA: Há seis anos, quando iniciei o trabalho voluntário no hospital Hemorio, pela Associação Viva e Deixe Viver.

C.V.: Como se preparou para se tornar uma profissional na área?
B.B.: Cursei Letras na UFF e Teatro na Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena. Fiz e faço muitos cursos livres de contação de histórias pela Associação Viva e Deixe Viver, e em outros lugares. Acredito que me preparo para este ofício há anos, mesmo sem imaginar que trabalharia como narradora, pois hoje percebo que todas as minhas experiências foram somadas e canalizadas para o universo infantil. 

C.V.: Existe uma formação específica para quem deseja contar histórias?
B.B.: Existem cursos livres ótimos, como os oferecidos pelo grupo Os Tapetes Contadores de Histórias, pelo Costurando Histórias, pela atriz Priscila Camargo e pelo contador Francisco Gregório. Em São Paulo há uma instituição chamada A Casa Tombada que oferece curso de pós-graduação Lato Sensu. Os cursos teóricos são essenciais, mas são as crianças que nos ensinam verdadeiramente a contar histórias.

C.V.: Em sua opinião, quem mais gosta de ouvir histórias: as crianças ou os adultos?
B.B.: Hahahahha! (risos) Os dois gostam.  Vejo pai e filho com os olhos encantados... (risos)! No hospital, às vezes a criança não quer ouvir história porque está cansada ou não está se sentindo bem, mas o adulto que está acompanhando pede para contar.

C.V.: Qual o tema que percebe o público mais atento e interessado em ouvir? Por que será?
B.B.: Temas escatológicos sempre fazem muito sucesso com as crianças e muitas vezes com os adultos também... (risos)! Livros como: “Até as princesas soltam pum” (Ilan Brenman), “Cocô no trono”(Benoit Charlat) e “Que bicho será que fez a coisa?” (Angelo Machado) são sucessos. Histórias com lobo e bruxa também agradam muito.


C.V.: Contar histórias e cantar se torna um show completo. Em todas as suas apresentações, faz questão que haja música?
B.B.: Sim, eu percebo que a música atrai e concentra o público. Ouvir adultos e crianças cantando juntos me emociona, é uma vibração maravilhosa. Tenho investido cada vez mais na música, estou estudando violão.

C.V.: Qual sua opinião sobre o mercado para quem sobrevive dessa profissão?
B.B.: Trabalhar com arte é sempre muito difícil, mas percebo que o mercado está em expansão. Centros culturais, escolas e diversas empresas têm investido na contação. Muitas pessoas ainda não conhecem o trabalho de um contador de histórias, mas se encantam quando são apresentadas.

C.V.: Quais os seus contatos para apresentações?
B.B.: São os seguintes: 

Fotos: Divulgação


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