Dandara Mariana mostra a força de uma amizade na tela da TV

13 julho 2017 |


Nesse mundo conturbado, embalado por “crises” em várias esferas, ainda é possível se encontrar amigos de verdade. A personagem “Marilda” da novela “A força do querer” da Rede Globo prova isso. Interpretada pela atriz Dandara Mariana, a moça é a melhor amiga de “Ritinha” – personagem vivida por Isis Valverde – e evolui a cada cena, ganha espaço e marca seus passos numa carreira promissora.

Hoje, Dandara concedeu entrevista com fotos exclusivas ao CULTURA VIVA. Acompanhe!

CULTURA VIVA: Onde você foi buscar inspiração para compor a Marilda? 
DANDARA MARIANA: As primeiras cenas da Marilda na novela foram feitas em Acajatuba, um vilarejo que fica à uma hora e meia de Manaus; lá, fiquei por três semanas. Esse contato com a população local, com a natureza, com os hábitos e costumes foi um dos pilares cruciais para a construção da Marilda. Pude observar as meninas de perto, conversar com elas, me familiarizar com o sotaque nortista, me integrar com o local, afinal, vivo uma garota nascida e criada num interior ribeirinho. Outro ponto muito importante para a construção da personagem e para a construção das relações foi ter ficado hospedada com a Isis (Valverde) e a Zezé (Polessa) numa pousada isolada no meio do Rio Negro, sem comunicação, só nós três. Lá fomos ganhando intimidade, afinidade, empatia, o que fortaleceu nossa relação familiar na novela. Ouço muito a musicalidade vinda de Belém: Joelma, Gabi Amarantos, Dona Onete, o Carimbó, o Tecnobrega, para, enfim, entrar no clima. Também pesquisei muito no YouTube para ver o que a juventude paraense está produzindo.

C.V.: Conhece ou tem uma amiga como ela?
D.M.: Sim, tenho amigas como ela, não com semelhante personalidade, mas em total companheirismo e fidelidade.

C.V.: Se acha parecida com ela em algum aspecto? 
D.M.: Sou amiga como a Marilda: prezo pela amizade, acho valiosos os encontros verdadeiros. 

C.V.: Marilda e Ritinha prezam muito a amizade. Como esse sentimento é importante para a vida em sociedade? Falta amizade nos dias de hoje? 
D.M.: Acho que está faltando afeto, empatia, tolerância, dadivosidade, paciência e respeito no mundo que estamos vivendo hoje. Tão triste isso! Precisamos ter mais amor ao próximo  e isso não tem a ver com o amor romântico e, sim, com o amor em si, o olhar fraternal e a consideração ao próximo. 

C.V.: Qual a sua maior qualidade e o seu maior defeito?

D.M.: Não sei quais são os maiores, mas sou uma pessoa bem humorada e excessivamente exigente e critica comigo mesma. 


C.V.: Você se inspirou no seu pai (o ator Romeu Evaristo) para ser artista?
D.M.: Meu pai sempre será minha inspiração! Com certeza, o fato de conviver diariamente com ele, que sempre foi muito presente na minha vida, influenciou. Faço parte do seu universo artístico, sempre presenciei suas criações, tanto na televisão, quanto no teatro, no cinema, na poesia, na música, divido com ele, desde nova, momentos sublimes na arte.

C.V.: Fale um pouco da sua relação com a dança. Como isso te ajudou a compor a Marilda, que dança Carimbó? Você já conhecia o ritmo? 
D.M.: Sempre amei dançar, para mim, dançar é sinônimo de liberdade. Desde pequena faço aulas de dança, saia de uma aula para outra, passava horas dançando. Alugava a minha avó, coitada, que ficava, pacientemente, assistindo minha apresentações no meio da sala (risos). Comecei fazendo Jazz, Sapateado e Dança Afro, depois fui conhecer a Dança Contemporânea, o Ballet, a Capoeira, a Dança de Rua, a Dança de Salão (Samba, Salsa, Zouk, Forró, etc.), as Danças Populares (Jongo, Coco, Maculelê, Samba de Roda, etc.). Então, quando terminei a faculdade de Teatro resolvi prestar vestibular para Dança; fiz o ENEM e passei para a UFRJ. Ainda curso a faculdade e, foi lá, que fui apresentada ao Carimbó, antes mesmo da novela começar, numa aula de Danças Folclóricas. Acho que, dançando, libertamos o corpo das amarras que vamos adquirindo com o tempo e aprendemos a lidar melhor com ele. O corpo fala! E nesse aspecto a dança me ajuda muito na criação dos meus personagens.

C.V.: Conhece o interior do Rio?
D.M.: Sim, conheço várias cidades do interior do Rio: Penedo, Petrópolis, Teresópolis, Maromba, Guapimirim, Friburgo, Lumiar, Miguel Pereira, Búzios, Angra, Itaipava e outros. 

C.V.: O que gosta de fazer nos tempos livres de gravação?
D.M.: Gosto de passear, praticar esportes, ir à praia, a shows, encontrar com os amigos, sair para comer, ir ao cinema, ao teatro e por aí vai. 

C.V.:  Que personagem você sonha em fazer?
D.M.: Tenho vontade de fazer diversos personagens; viajo com isso, como é bom poder ser muitas! Como artista quero fazer personagens desafiadores que aprofundem mais o meu conhecimento e me façam crescer como atriz. 

Fotos: Nana Moraes / Make: Ton Reis / Stylist: Tina Kugelmas

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