Pedro Henrique Moutinho e sua carreira em ascendência

11 junho 2018 |

Ele nasceu para atuar. Além do talento, seu charme não nega: é uma estrela. Assim, o ator Pedro Henrique Moutinho conduz sua carreira. Começou a atuar ainda em sua infância e, em conversa com o CULTURA VIVA, teve uma recordação. “Aos onze anos já estava no meu primeiro curso de Teatro com o apoio dos meus pais que, desde sempre, respeitaram minha inclinação para o mundo das artes. Aos 19 estreava como profissional no espetáculo ‘Rei Lear’, protagonizado pelo grande Raul Cortez”, relatou. Com 37 anos e uma carreira em ascendência, o ator faz uma revelação. “Quando abordo um personagem tudo me inspira, desde uma música, uma tela ou um transeunte. Mas sou um apaixonado pelo texto. Estudo muito os meus textos. Encaro uma peça ou um roteiro como um mistério a ser desvendado. Adoro entender a personalidade ou o caráter de um personagem pela escolha das palavras dele ou pelo o modo como ele organiza seu pensamento”, ilustrou. 
Acompanhe esse super bate papo: 
 
C.V.: Quem é sua maior inspiração no Teatro? E na TV?
PEDRO HENRIQUE MOUTINHO: No Teatro minha grande inspiração foi Paulo Autran; o assisti quando eu ainda era um menino e o impacto da atuação dele carrego comigo até hoje. Um modelo de "homem de teatro". Na TV admiro muito a Fernanda Montenegro, acho impressionante o modo como ela trabalha as palavras. Parece que tudo explode em poesia vindo dela.

C.V.: Se você não fosse ator, qual profissão teria curiosidade em arriscar?
P.H.M:
Além de ator já sou artista plástico, mas talvez as telas e os desenhos não estejam assim tão distantes do palco. Acho que construir móveis seria um desafio interessante. Ou ter um bar. Sei lá! (risos)

C.V.: Qual sua opinião sobre a realidade do Teatro brasileiro, no momento?
P.H.M:
O Teatro brasileiro é incansável! Um verdadeiro ato de resistência num momento de tão baixo investimento em cultura. E o que mais me anima é ver o quão plural e potente nosso Teatro é.

C.V.: Dos papéis que já atuou na TV, qual o que mais te marcou?
P.H.M:
Na novela Terra Prometida interpretei Sandor, um guerreiro de atitudes nobres mas muitas vezes inconsequente e com um tendência obsessiva como seu pai. Talvez tenha sido o que mais me marcou pelas dificuldades que me trazia e, principalmente, pelo tanto que pude aprender com os profissionais à minha volta. Não só os colegas atores, mas também os diretores, dublês, produtores e câmeras. Foi uma verdadeira escola para mim. Sou muito grato por essa experiência.

C.V.: Qual a sua relação com o cinema? Tem novos planos?
P.H.M:
Fazer cinema é sempre encantador. Tenho verdadeira loucura. Amo fazer! Acabei de ter uma experiência maravilhosa no próximo filme do Fábio Zanoni. Espero em breve estar de novo num set, mas ainda não tem nada certo.

C.V.: Que recado você deixa para empresários e governantes no tocante ao apoio à cultura nacional?
P.H.M:
A cultura é um dos maiores bens que um país pode produzir. Lembrem disso!

Fotos: internet

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