Lucas Ferreira e os embalos da clarineta ampliam o cenário musical brasileiro

10 novembro 2019 |



O dom que virou profissão e traz ternura a um grande público. Dessa vez, a música instrumental ganha mais um presente e o nome dele é Lucas Ferreira. O jovem de Barra Mansa (RJ), teve contato com a música ainda na infância. Segundo ele, esse encontro foi totalmente despretensioso. Contudo, anos depois, escolheu seguir carreira. “O mundo musical é fascinante e cheio de desafios, e eu adoro isso, faz parte da minha personalidade! A oportunidade de conhecer vários lugares e várias pessoas do Brasil e do mundo também são uma ótima motivação, e a música oferece isso”, ressaltou.

Em entrevista ao CULTURA VIVA, Lucas, um dos clarinetistas mais cotados no momento, falou de suas experiências com o instrumento e deu dicas para quem deseja seguir seus passos na área musical.

Acompanhe!

CULTURA VIVA: Quais foram e ainda são suas maiores influências no clarinete?
LUCAS FERREIRA: Existem grandes artistas brasileiros e internacionais que admiro muito, mas minhas maiores influências sempre foram meus professores, até pela proximidade e contato direto no dia a dia. Todos demonstraram grande paixão pelo instrumento e pela música.

C.V.: Por que o clarinete, entre tantos instrumentos, te chamou mais a atenção? Toca o instrumento desde que idade?
L.F.: A clarineta foi o primeiro instrumento que tive a oportunidade de conhecer depois da minha musicalização. Meu professor já era clarinetista, o que facilitou o acesso ao instrumento. A clarineta me encanta por suas características e por ser um instrumento muito eclético que navega por várias linguagens musicais. Eu toco desde os 12 anos. 

                                                                                              
C.V.: Para ser um bom clarinetista o músico deve treinar todos dias? Por quantas horas?
L.F.: Não existe uma regra geral ou uma quantidade necessária de horas para atingir um nível satisfatório, vai de pessoa para pessoa, mas, geralmente, os estudantes têm o hábito de praticar todos os dias ou quase todos, por horas. Dedicar boa parte do seu tempo ao instrumento faz parte da rotina de quem tem grandes objetivos. Porém, o descanso também é considerado. 

C.V.: Em 2018 você participou do 1º Concurso de Jovens Solistas do IV Gramado in Concert e foi o vencedor. O que este evento significou para você?
L.F.: O concurso em Gramado foi uma experiência muito enriquecedora, foi uma edição muito disputada e com grandes músicos e, como eu já disse, gosto muito de desafios e esse foi muito prazeroso de fazer. Além do, o concurso rendeu muita coisa boa, como voltar em Gramado para realizar dois solos e convites para solar em Natal( RN) e nos Estados Unidos. Essas experiências ficarão marcadas para sempre e sou muito grato por toda oportunidade.

C.V.: No último dia 3 de novembro você participou do programa "Prelúdio" na TV Cultura e foi muito elogiado pelo júri de peso que estava presente. Dá para traduzir a importância de mais essa oportunidade de mostrar seu talento?
L.F.: Participar do Prelúdio foi outra experiência muito bacana! É sempre bom termos espaço para mostrar nosso trabalho e, dessa, na televisão foi uma experiência que eu nunca tinha vivido. Legal ter participado de um programa tão importante para o cenário cultural da televisão brasileira.


C.V.: E quais são seus principais planos para 2020?
L.F.: Sou formado pela UFRJ e estou finalizando meus estudos na Academia da OSESP esse ano, mas como gosto muito de estudar e ainda tenho muita coisa para aprender, gostaria de dar continuidade aos estudos.  Também irei fazer provas para orquestras, pois a estabilidade de um emprego é importante. Além do que uma renda mensal será essencial para compra de materiais de trabalho e para eu ter condições de adquirir um instrumento melhor o mais rápido possível. Esses são dois objetivos para 2020.

C.V.: Que recado você deixa para quem deseja ser um grande clarinetista no futuro?
L.F.: A clarineta é um instrumento apaixonante e nós somos muitos. O Brasil está cheio de jovens clarinetistas tocando super bem, o que é ótimo! A dica é que estejam sempre estudando e ajudando uns aos outros. Essa troca é muito importante. A escola de clarineta e todo cenário musical  no Brasil só tem a ganhar com isso. 

Fotos: Arquivo pessoal de Lucas Ferreira

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