Obras de arte de Renina Katz e Waldemar
Zaidler, expostas na Estação Sé do Metrô de São Paulo; de Mário
Fraga, na Estação Anhangabaú, e de Antônio Peticov, na Estação
República, passarão por um minucioso processo de restauro e serão devolvidas à
cidade de São Paulo. A ação faz parte da quarta edição do projeto Conservação
de Obras de Arte em Espaços Públicos - iniciativa da InfoArte,
produtora cultural de Eduardo Lara, com patrocínio da Bombril. O
anúncio e início dos trabalhos de restauro serão feitos no próximo dia 25 de
janeiro quando a capital paulista comemora seu aniversário de 470 anos.
Com os trabalhos deste ano, a iniciativa completa um conjunto de 80 obras de
arte resgatadas e restauradas em locais como Praça da Sé, Avenida Paulista,
Parque Ibirapuera e em 14 estações do Metrô de São Paulo. Eduardo Lara, diretor
da InfoArte, ressalta que a preservação do patrimônio cultural da cidade
valoriza o trabalho de artistas que ajudaram a construir a história da arte no Brasil.
“Além de preservar nosso rico patrimônio artístico, o projeto de conservação
das obras de arte no Metrô é também uma iniciativa que visa reconectar as
pessoas ao espaço público, proporcionando a sensação de pertencimento e
estimulando a coletividade. Queremos que todos se sintam verdadeiramente donos
desse valioso patrimônio público.”, afirma Eduardo.
A missão do projeto converge com a cultura da Bombril e com o seu papel de
grande aliada dos brasileiros para garantir a limpeza e a conservação dos seus
lares e de forte apoiadora da cultura brasileira. “A Bombril está presente em
quase 100% dos lares brasileiros e é referência quando o assunto é limpeza. Não
poderíamos ficar de fora de um projeto tão nobre, quanto o de conservar essas
obras de arte, que são parte da nossa história”, conta Gustavo Amaral, diretor
de marketing da Bombril.
Obras beneficiadas na quarta edição
Além de prolongar a vida destas obras de arte, o projeto chama a atenção
para a existência da arte no dia a dia de pelo menos 4 milhões de pessoas que
transitam pelo Metrô de São Paulo diariamente. “Essa ação é um presente que
oferecemos à São Paulo”, diz o diretor da Infoarte.
Na quarta edição do projeto, quatro obras localizadas em estações de grande
circulação da capital paulista serão beneficiadas.
· Estação Sé - “Sem Título”, 1978, mural de
55 módulos de acrílica sobre concreto, medindo ao todo 33 metros de
comprimento, produzido em 1978 pela ilustradora Renina Katz.
· Estação Sé - “Fiesta”, 1986, painel de 10
metros de largura no qual o pintor paulista Waldemar Zaidler retrata duas
pessoas em um momento de celebração.
· Estação Anhangabaú - “In Vitro”, 1999-2020,
instalação do artista plástico carioca Mário Fraga que reúne 42 vitrais e 18
espelhos coloridos.
· Estação República - “Momento Antropofágico com
Oswald de Andrade”, 1990, do pintor e escultor paulista Antonio Peticov, painel
de 16 metros que retrata o poeta e ensaísta Oswald de Andrade.
As obras de arte beneficiadas nesta edição passarão
por trabalhos como higienização, recuperação de superfícies e cores, retirada
de manchas e polimento. Até julho, cada trabalho receberá cuidados específicos,
feitos de acordo com o estado de preservação, e ao final do processo também
será aplicada uma camada protetora, que prolonga o período de proteção, e
facilita limpezas futuras.
A conservação e restauração no Metrô de São Paulo envolve muito planejamento e
um forte esquema de logística devido às grandes dimensões das obras, à
preocupação de executar os trabalhos em horários que não prejudiquem a
circulação dos passageiros e ao cuidado para descartar os resíduos de maneira
sustentável.
Sobre Conservação de Obras de Arte em Espaços Públicos na cidade de São
Paulo
Idealizado em 2018,
pelo produtor Eduardo Lara, diretor da Infoarte, o projeto completa neste ano o
resgate de 80 obras de arte de espaços públicos da capital paulista. A
iniciativa tem patrocínio da Bombril, apoio do ProAC e
da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Estado de São
Paulo.
Entre as principais obras de arte conservadas estão Abertura (1970),
escultura em aço de Amilcar de Castro; Emblema de São Paulo (1979),
de Rubem Valentim, O Voo, de Caciporé
Torres e ainda uma obra de extrema importância para a capital: o Marco
Zero da cidade, prisma hexagonal revestido de mármore e bronze, idealizado
por Jean Gabriel Villin e Américo Neto e
instalado no centro geográfico de São Paulo. Esta última, passou duas vezes
pelo processo de conservação por conta de um acidente que ocorreu na Praça
antes do aniversário de 465 anos de São Paulo, em 2019.
No Parque Trianon, na Avenida Paulista, foram
conservadas três emblemáticas esculturas: Fauno (1944),
de Victor Brecheret; Anhanguera (1935), de Luís
Brizzolara; e Busto de Joaquim Eugenio de Lima (1952), de Roque
de Mingo.
O projeto também recuperou em 2019 30 obras do Jardim de Esculturas do
MAM São Paulo, no Parque Ibirapuera, um dos principais acervos
brasileiros expostos a céu aberto. São monumentos projetados por importantes
nomes da cena contemporânea do País, com obras como Aranha (1981),
de Emanoel Araújo; Carranca (1978), de Amilcar
de Castro; Sete ondas - uma escultura planetária (1995),
de Amelia Toledo; Cantoneiras (1975), de Franz
Weissmann; e Corrimão (1996), de Ana Maria Tavares.
Sobre a Bombril
A Bombril é uma
empresa brasileira, que nasceu com um produto revolucionário, soube conquistar
a confiança do mercado, com 76 anos de atividade na indústria de higiene e
limpeza. Detentora de 16 marcas, dentre elas Limpol, Mon Bijou, Sapólio Radium,
Kalipto, Pinho Bril, Força Azul e Bom Bril, tornou o seu principal produto, a
lã de aço, sinônimo de categoria e líder absoluta no mercado brasileiro. O
portfólio possui cerca de 240 “SKUs”, contam com posições muito relevantes de
mercado e carregam valores que simbolizam respeito pelo consumidor, excelente
relação qualidade/preço e grande versatilidade. Com mais de 2.300 colaboradores
distribuídos em 3 fábricas localizadas em São Bernardo do Campo (SP), Abreu e
Lima (PE) e em Sete Lagoas (MG), a marca está presente em praticamente 100% dos
lares brasileiros, além de exportar seus produtos para vários países.
***Na Foto em destaque, a Obra Fiesta de Waldemar
Zaidler (1986)
Foto: InfoArte
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