Uma extensão do lar. Um
lugar acolhedor que abraça famílias que, dentre seus entes, há alguém que tenha
diagnóstico de síndromes que, muitas vezes, elas não estejam preparadas para
lidar com a situação e, como uma parceira de verdade, a Casa Atípica, em Niterói (RJ), abraça a causa e conduz a todos rumo à uma vida melhor, mais
consciente e feliz. Como o mundo precisa de iniciativas assim!
Para entendermos melhor a
funcionalidade da instituição, a idealizadora da Casa e funcionária pública, Emanuele Rocha, 45 anos, concedeu
entrevista exclusiva ao CULTURTA VIVA hoje
e explica a excelência deste lugar regado pelo mor e pela aceitação.
Acompanhe!
CULTURA VIVA: A Casa Atípica surgiu a partir do momento
em que a senhora descobriu que um de seus filhos foi diagnosticado com autismo.
Como foi encarar ambas as realidades, no início?
EMANUELE ROCHA: O autismo chegou na minha vida quando, aos 2 anos, um dos meus gêmeos, o Antonio Jorge, foi diagnosticado com TEA. Em meio ao que chamamos de “luto do filho perfeito”, eu comecei a participar das dificuldades de outras famílias e percebi que eu precisava mais ajudar do que ser ajudada. Sendo assim, em 2022, resolvi assumir a responsabilidade da organização social que, desde 1996, pertence à minha família, reformulando para tentar atender todas as deficiências, doenças e síndromes raras.
C.V.: Em linhas gerais, quais os serviços que a Casa Atípica presta? Ela tem apoiadores e parceiros?
E.R.: A casa Atípica tenta dirimir a necessidade da família atípica de forma geral: na parte terapêutica, na geração de rendas, na informação, no assistencialismo, além da orientação jurídica e previdenciária.
C.V.: Como é feito o primeiro atendimento na instituição? A família já é envolvida no contato inicial?
E.R.: O primeiro contato com a família é realizado pela equipe de assistentes sociais. A ficha social, que é preenchida na ocasião da entrevista, contém todas as informações tidas como necessárias para que a família atípica tenha, na casa Atípica, a resolução de todas as demandas, sendo elas sociais, financeiras, jurídicas, médicas, terapêuticas, etc.
C.V.: Promover a inclusão social ainda é um desafio numa sociedade tão preconceituosa. Que estratégia a Casa Atípica usa para ter bom êxito neste quesito?
E.R.: A casa Atípica acredita que a informação gera inclusão. Na maioria das vezes, o preconceito vem da falta de conhecimento. Dessa forma, as redes sociais e as mobilizações presenciais são nossas ferramentas para abordar assuntos que possam fazer crescer na sociedade esse fim do preconceito.
C.V.: A Instituição
atinge qual região?
E.R.:
A
casa Atípica e a Casa Rara (eixo voltado às pessoas com doenças e síndromes
raras) têm sede em Niterói. Porém, atendemos todos sem restrições, temos
pessoas de São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, em nossos cadastros de assistidos.
C.V.: O local é
aberto em todos os dias? São realizados eventos também para pacientes e
frequentadores?
E.R.:
O
horário de funcionamento é comercial, mas com previsão de aumentarmos o horário
com a demanda de atendimento. Os eventos internos e externos são voltados ao
público, em geral, já que se pensamos em inclusão, não podemos excluir nenhuma
pessoa, sendo ela com ou sem deficiência.
C.V.: O que a Casa
prepara para seus usuários no novo ano?
E.R.:
A
casa Atípica chegou para ser o Lar das pessoas com Deficiência e, com isso, a
atualização dos nossos serviços será sempre em consonância com as necessidades
apresentadas. Aonde pudermos alcançar, nossa equipe estará lá!
C.V.: Quais são as
suas redes sociais?
E.R.:
Instagram
e Facebook @casa.atipica.
Fotos: Arquivo Pessoal de Emanuele Rocha
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