A
música como forma de embalar a vida e tratar questões que norteiam o cotidiano.
Essa é a missão da Musicoterapeuta Kenia Bianor, 36 anos, do Rio de
Janeiro. Ao se apaixonar pela profissão, encarou as dificuldades, na
formação, mas sempre acreditou no foco que já tinha. Traçou seu objetivo e
seguiu.
Atualmente,
uma exímia profissional no ramo, Kenia ampliou seu trabalho e, além, deste
ofício, também atua como Psicomotricista, especialista em Transtorno do
Espectro Autista (TEA), Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), Análise do
Comportamento Aplicada (ABA) e Terapeuta Benenzon. Uma bagagem e tanto.
Hoje,
ela conversou com o CULTURA VIVA e detalhou como funciona seu trabalho.
Acompanhe!
CULTURA
VIVA: Atuar
na Musicoterapia sempre foi um desejo profissional?
KENIA
BIANOR: Desde quando eu
descobri a existência da Musicoterapia, em 2005, já sabia que queria. Fiquei
encantada e apaixonada desde então!
C.V.: Quais as maiores dificuldades
que encontrou durante a formação? Como as superou?
K.B.: Confesso que foi bem natural, apesar de
intenso. Não vi como dificuldades. Morava longe e tinha que estar todos os dias
no Centro da Cidade porque as aulas eram todos os dias pela manhã e, à tarde, os
estágios. Eu tinha muito desejo de estar ali. Então, fiz o que tinha que ser
feito.
C.V.: Em síntese, de que trata a
Musicoterapia?
K.B.: Resumindo bem, Musicoterapia é o uso da
música e seus elementos com objetivos clínicos realizado por um Musicoterapeuta
devidamente qualificado, levando em consideração todos os aspectos do sujeito,
assim como sua vida e história sonoro musical.
C.V.: Qualquer pessoa, de qualquer
idade pode fazer o tratamento?
K.B.: Qualquer pessoa. Não é a idade que
define e, sim, a demanda. O objetivo específico é individualizado para cada um.
C.V.: Quais os principais cuidados
que o musicoterapeuta deve ter ao trabalhar com um paciente?
K.B.: Todos. Uma boa formação inicial em
Musicoterapia e continuada faz toda diferença, levando em consideração a
iatrogenia da música.
C.V.: E são necessários cuidados
também por parte do paciente referente ao alcance de voz, cordas vocais,
respiração?
K.B.: O paciente não, necessariamente,
precisa ter conhecimento musical para receber tratamento de Musicoterapia. O
Musicoterapeuta, sim. Mas, cada paciente é único. Cabe ao Musicoterapeuta
avaliar e organizar seus objetivos e condutas clínicas com cada um
individualmente.
C.V.: No início do tratamento há uma
regra geral que norteia todo o procedimento?
K.B.: Não. Repito: Cabe ao Musicoterapeuta
avaliar e organizar seus objetivos e condutas clínicas com cada um
individualmente.
C.V.: Existe um tempo específico para
este tratamento? Varia de caso para caso? K.B.: Varia.
C.V.: Como Especialista em
Transtorno do Espectro Autista (TEA) como tem sido o cotidiano?
Desafiador?
K.B.: Trabalho com TEA desde os estágios em
Musicoterapia, em 2006. Cada pessoa é de uma maneira e tem histórias de vida
completamente distintas. No geral, consigo fluir bem com as famílias e demais
terapeutas. Prefiro focar nos potenciais e objetivos do que ficar olhando para
as dificuldades.
C.V.: Como a Musicoterapia pode ser
útil para estes pacientes? Quais são os principais resultados que tem visto, de
forma em geral?
K.B.: Repito: varia. Cada sujeito é
individual e possui seus desafios e potencialidades. Cabe ao Musicoterapeuta
avaliar e definir o caminho a ser percorrido junto com o paciente, família e
demais pessoas que compõem essa rede.
C.V.: Quais são as suas redes
sociais?
K.B.: Instagram @keniabianor.musicoterapia.
Foto:
Arquivo pessoal de Kenia Bianor
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