Ela
nasceu para mediar pessoas e direcioná-las aos caminhos que têm como pano de
fundo o conhecimento e a expectativa de um futuro melhor, diferente do que
seria provável para alguns. Ou seja, a pedagoga Elaine Cristina Wenderoscky Telles,
48 anos, moradora de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro,
ao longo de sua vida profissional, recebeu missões de proporcionar a seus
alunos melhores momentos e oportunidades que tornam a vida melhor e mais leve,
sempre com o apoio e o aval das famílias envolvidas. Sem dúvidas, ela merece um
prêmio pelas tarefas que vem cumprindo!
Hoje, Elaine, pós-graduada em Neuropsicologia e Problemas de Aprendizagem e pós- graduanda em Psicopedagogia, atua como Mediadora de Inclusão Escolar na Escola Municipal Luciana Santana Coutinho, em Saquarema (RJ), contou um pouco da sua experiência ao CULTURA VIVA.
Acompanhe!
CULTURA
VIVA: Há
quanto tempo atua no magistério? Sempre foi um desejo profissional?
ELAINE
CRISTINA WENDEROSCKY: Sou
formada desde 2013. Porém, atuo no magistério há cinco anos, sendo dois anos na
inclusão. Nem sempre foi um desejo profissional, mas foi se desenvolvendo
quando trabalhei em um projeto educacional pelo Governo do Estado do Rio.
C.V.: Há cerca de dois anos, você
participou de um projeto educacional em Belford Roxo, na Baixada Fluminense,
pelo Governo do Estado do Rio, e a iniciativa obteve bom êxito. De que tratava
a iniciativa, especificamente?
E.C.W.: Era um projeto chamado Cenários da População
em Situação de Vulnerabilidade Social no estado do Rio de Janeiro que tinha
como intuito observar as necessidades das crianças que se encontravam nessa
situação e encaminhá-las para especialistas. Isso era realizado a partir de
passeios culturais em pontos turísticos do Rio, como Pão de Açucar, Cristo
Redentor e Museu do Amanhã, entre outros.
C.V.: Como foi participar desta
experiência?
E.C.W.: Foi uma experiência muito boa que
contribuiu com meu desejo de trabalhar com a inclusão pedagógica, pois
presenciei a carência de muitas crianças e a falta de um acolhimento
adequado.
C.V.: Qual foi sua função dentro da
equipe e o que considera como maior experiência adquirida?
E.C.W.: A princípio iniciei como recreadora
social. Porém, após quatro meses fui convidada a ser líder de equipe,
responsável pela liderança de oito pessoas do grupo: dois motoristas e seis
recreadores sociais. Uma das minhas maiores experiências foi ter que mediar a
organização de uma outra equipe que estava tendo muitos conflitos. Então,
fiquei responsável pela administração de duas equipes, mas que no final se
saíram bem e até obtiveram destaque.
C.V.: Atualmente, atua como mediadora
de alunos, no município de Saquarema, na Região dos Lagos. Que bagagem tem
dentro da área de inclusão?
E.C.W.: No início do meu trabalho na área da
inclusão fui professora de Atividades Pedagógicas Domiciliar (APD) de um aluno
com paralisia cerebral. Foi um trabalho difícil devido às limitações do meu
aluno. Mas, no decorrer de dois meses começamos a obter bons resultados ao
ponto do aluno corresponder a vários estímulos que antes não fazia. Atualmente,
trabalho como mediadora de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA). No
início, ele não interagia socialmente e tinha dificuldade na comunicação verbal.
Porém, após seis meses o aluno apresentou avanços significativos, não só na
área pedagógica, como também na interação social e na comunicação verbal.
C.V.: Como tem sido esta fase em
Saquarema?
E.C.W.: Tem sido uma fase muito boa, com
grandes experiências e aprendizados.
C.V.: Qual o cotidiano do seu
trabalho?
E.C.W.: O trabalho com meu aluno é realizado de
forma lúdica, auxiliando-o nas atividades propostas pela professora regente.
Dessa forma, entro com a intervenção pedagógica para facilitar e potencializar
o processo de aprendizagem, visando uma boa adaptação em sala de aula e um bom
aprendizado dentro de suas possibilidades.
C.V.: Você faz algum tipo de reciclagem? Como funciona?
E.C.W.: Atualmente, concluí o curso
“Metodologia CDRA (Classificação Digital para Reenquadramento de Aprendizagem”,
mas tenho muitos outros, como “Dificuldades de Aprendizagem” e “Desenvolvimento
neuropsicomotor infantil”. Os cursos são realizados através de plataformas
online e alguns de forma presencial.
C.V.: Em sua opinião, o trabalho de
inclusão nas escolas tem sido suficiente ou a demanda precisa de mais
ferramentas?
E.C.W.: Acredito que a demanda é muito grande e
ainda há lugares que não atendem essa necessidade.
C.V.: Quais são as suas redes
sociais?
E.C.W.: Tenho somente o Instagram pessoal
@elainemduda2.
Fotos:
Arquivo Pessoal de Elaine Cristina Wenderoscky
Parabéns ao jornal Cultura viva,por mostrar os trabalhos de profissionais brilhantes isso ao meu ver dará mais e mais satisfação e saber que estaram sempre no caminho certo com seus trabalhos,não para os vangloriar, mais sim em saber que,através deles estaram tendo forças para seguirem enfrente num trabalho ardo,porém satisfatório .
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