Nos
dias 31 de julho e 1º de agosto, a Cinemateca Brasileira promove a 1ª Oficina
de projeção de filmes em película e formatos digitais, ministrado pelo
Projecionista Sênior da instituição, Alexandro Nascimento Genaro. O
oferecimento da oficina integra o projeto “Modernização dos espaços de
exibição”, contemplado pela Lei Paulo Gustavo (Nº 07/2023), pela Secretaria da
Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.
As
duas aulas, com público-alvo profissionais da área, serão ministradas das
16h às 20h, totalizando uma carga horária total de 8 horas, e dividirão
aspectos teóricos e práticos. Serão abordados o histórico da evolução dos
projetores, as características de som e imagem, e a identificação de possíveis
problemas com os equipamentos.
A
primeira aula trará um enfoque maior nos formatos analógicos. Dentre os temas
discutidos estão: as velocidades da projeção (frame por segundo), as janelas de
projeção, emendas na película, o carregamento dos projetores, e consertos de
emergência nos materiais fílmicos.
A
segunda aula será dedicada aos formatos digitais e serão apresentados temas
como: o que são arquivos digitais, o que é DCP, codecs, janelas de projeção,
equipamentos necessários e players.
A
oficina faz parte de uma série de ações do projeto de modernização dos espaços
de exibição da Cinemateca Brasileira. O projeto adquiriu, para as sessões na
área externa, um novo projeto com resolução 4K e equipamentos de acessibilidade
em Libras e audiodescrição para pessoas com deficiências visual e auditiva.
Além da oficina, as ações contemplam sessões gratuitas com acessibilidade, ao
longo do ano, em parceria com instituições e associações para inclusão de
pessoas com deficiência, além de festivais, mostras e distribuidoras.
A
participação na oficina é gratuita e será emitido certificado para aqueles que
participarem das duas aulas. Para participar, é preciso se inscrever por meio
de formulário online.
SOBRE
O MINISTRANTE
Alexandro
Nascimento Genaro
Operador
cinematográfico há 30 anos, tem conhecimento em técnicas de preservação e
conservação de películas cinematográficas, manutenção de projetores, criação de
DCPs, legendagem eletrônica e programação Java e Python. Coordena e ministra
cursos e workshops para projecionistas do estado de São Paulo pela Fundação
Joaquim Nabuco em Pernambuco e Fórum Nacional dos Trabalhadores em Empresas
Exibidoras Cinematográficas. Atualmente trabalha como projecionista sênior da
Cinemateca Brasileira, onde já participou de diversas atividades relevantes no
calendário da cidade, como: Festival Internacional de Curtas Metragens de São
Paulo, Mostra Internacional de Cinema, Festival É Tudo Verdade, Jornada
Brasileira do Cinema Silencioso, Semana ABC, Virada Cultural, Festival Anima
Mundi, Sessão Averroes, Home Movie Day, Mostra de Cinema e Direitos Humanos,
Fórum da Cultura Digital Brasileira, dentre muitas outras. Ao longo de três
décadas, atuou como projecionista do Espaço Itaú de Cinema, CineSesc e Alvorada
Cinemas. Trabalha há 15 anos na Cinemateca Brasileira, onde é responsável pela
manutenção, comando técnico das salas de cinema, treinamento da equipe
especializada e pela garantia da qualidade dos eventos e das projeções em 35mm,
16mm e diversos tipos de projeções digitais (DCP, .mov, mp4, ProRes entre
outros).
SOBRE
O PROJETO MODERNIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DE EXIBIÇÃO DA CINEMATECA
Aprovado
por edital da Lei Paulo Gustavo, pela Secretaria da Cultura, Economia e
Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, o projeto “Modernização
dos Espaços de Exibição”, adquiriu recentemente novos equipamentos para
modernização e adaptação para pessoas com deficiências auditiva e visual nas
sessões ao ar livre da área externa da instituição. O investimento foi de R$
800 mil e incluiu a compra de um novo projetor a lase, com resolução de imagem
4K, e 10 kits de acessibilidade audiovisual. Os equipamentos vão permitir a
exibição de filmes em formato DCP (Digital Cinema Package) e com acessibilidade
em Libras e Audiodescrição. O projeto prevê ainda uma série de sessões
acessíveis ao ar livre no segundo semestre, em parceria com instituições e
associações para inclusão de pessoas com deficiência, além de festivais,
mostras e distribuidoras. Também estão na programação ações formativas, como
duas oficinas de projeção gratuitas.
CINEMATECA
BRASILEIRA
A
Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro
pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada
em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se
Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador,
conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua
missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura
cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da
Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como
Organização Social.
O
acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto
acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção,
difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio
informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas
coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do
acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis
no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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