Marcelo Rosa faz da sua história uma arte viva na Comunicação

29 julho 2025 |

 


Ele faz história na Comunicação. Por onde passou, no mercado de trabalho, deixou marcas de um profissional dedicado e que, hoje, mesmo atuante com bom êxito em tudo o que faz, colhe os frutos de uma história recheada de grandes batalhas e inesquecíveis conquistas. Este gênio é o jornalista Marcelo Rosa, atuante no estado do Espírito Santo.

 

Hoje, o comunicador, que também tem formação como professor e mestre de cerimônia, conversou com o CULTURA VIVA e detalhou, um pouco, da sua trajetória para o mundo ouvir. Ele ainda vai muito longe!

 

Acompanhe!

 

CULTURA VIVA: Para completar seus estudos foi necessário contar com o apoio de amigos. Como foi aquele momento?

MARCELO ROSA: Entre 1979 e 1989, um tradicional empresário (hoje falecido), amigo da minha família, também de Linhares, norte do Espírito Santo, era quem, a cada início de ano, custeava o uniforme e o material escolar para que eu pudesse frequentar os, então, primeiro e segundo graus, atualmente ensinos fundamental e médio. Não consigo imaginar a minha carreira sem essa fundamental contribuição pela qual sou eternamente grato.

 

C.V.: Se mesmo para profissionais com mais idade ingressar no mercado da Comunicação é muito complicado, imagine para um adolescente com apenas 17 anos. Que contribuição aquela fase teve na sua bagagem?

M.R.: Na verdade, o meu ingresso no jornalismo aliou necessidade e oportunidade. Com o precoce casamento do meu irmão mais velho, aos 19 anos, fui forçado por ele a assumir o sustento da minha mãe e da irmã mais nova, além do meu, é claro. E foi exatamente o meu irmão quem um dia, no horário de almoço, chegou em casa com um exemplar de um recém-lançado jornal, em Linhares, com anúncio para contratação imediata de repórter. Como na escola, eu me destacava nas redações, tomei coragem e estive na redação do jornal, onde acabei contratado pelo editor-chefe e proprietário da publicação quinzenal. Esse fato abriu caminho para a minha trajetória, de mais de 30 anos, também no radialismo, no telejornalismo, na assessoria de imprensa e, mais recentemente, no webjornalismo e nas mídias sociais. A referida contratação, sem sombra de dúvida, não só foi preponderante para fortalecer o meu interesse pelo jornalismo, como enriqueceu o meu aprendizado constante na área.


 

C.V.: O senhor foi um dos primeiros pretos a atuar como repórter no estado do Espírito Santo. Sofreu preconceitos, na época?

M.R.: Sempre gostei de enfrentar desafios. O primeiro convite para atuar como repórter de TV, foi em 1998, pela TV Vitória, então afiliada da extinta Rede Manchete, como reflexo da minha atuação na rádio CBN, de Vitória. Muito mais do que me preocupar com qualquer aspecto relacionado à cor da minha pele, aproveitei a chance para desenvolver o meu trabalho, da melhor maneira, a ponto de ignorar qualquer tipo de preconceito racial.

 

C.V.: Qual foi a sua primeira formação: Letras ou Jornalismo? A escolha foi proposital?

M.R.: Cursei Letras-Português, entre 1993/02 e 1997/02, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde, por três anos, anteriores, prestei vestibular para Comunicação Social, mas sem sucesso. No começo da faculdade, a intenção era tentar transferência de curso, mas, em pouco tempo, percebi ainda mais o diferencial que essa formação poderia provocar na minha carreira. Entre 2001 e 2004, mais por questão de realização pessoal do que exigência do mercado, cursei jornalismo na Faesa, em Vitória.

 

C.V.: Hoje com mais de 30 anos de profissão, ao olhar para trás, o que vem à sua mente?

M.R.: Tenho orgulho da minha história profissional, das tantas histórias que acompanhei, relatei, enfim, do meu legado. Mas, se pudesse voltar no tempo, certamente, apostaria bem mais cedo no digital, para onde o jornalismo segue a passos extremamente largos, o tempo todo.

 


C.V.: Como tem sido trabalhar como Social Media, no momento? Muitos desafios?

M.R.: Atuar como social mídia exige aprendizado constante e olhos e ouvidos abertos, sobretudo, à Inteligência Artificial. É uma atividade desafiadora, sim, já que, nesse caso, imagem e linguagem são utilizadas, exclusivamente, com o intuito de conversão em vendas, faturamento.

 

C.V.: Atuando como repórter freelancer, atualmente, faria alguma queixa?

M.R.: As atuações como repórter freelancer são pontuais e, geralmente, solicitadas por pessoas/empresas que já conhecem o meu trabalho. Como qualquer negociação que se preze, o que se espera é que a entrega, de ambos os lados, se dê de forma mais satisfatória possível.


 

C.V.: Para um mestre de cerimônia, teoricamente, há serviço toda semana e isso leva a crer que o mercado seja promissor. Isso procede?

M.R.: Eventos sociais/corporativos ocorrem, o tempo todo, o que justifica a crescente ascensão do mercado de mestre de cerimônias, sim. Na outra ponta, contudo, com muitos profissionais de comunicação abrindo mão de empresas privadas para atuar por conta própria, a oferta de apresentadores desses eventos também cresce. O que define a contratação, na maioria das vezes, é a qualidade do serviço, bem como o network com empresários, agências de publicidade, cerimonialistas e afins.


 

C.V.: Em seus vídeos no Instagram o senhor dá altas dicas de Língua Portuguesa. Isso reflete uma preocupação sua com erros de Português da população ou tem outro motivo?

M.R.: Utilizo as redes sociais, sobretudo o Instagram, para dar orientações sobre Língua Portuguesa, num primeiro momento, como defensor da linguagem formal, exigida em concursos públicos, por exemplo. Além disso, aproveito o pouco que sei para compartilhar com o outro. Conhecimento deve ser dividido sempre.

 

C.V.: Quais são as redes sociais?

M.R.:  Instagram: @marcelorosamultimidia e Facebook MR Multimídia.

 

Fotos: Arquivo pessoal de Marcelo Rosa

 


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