Ele
faz história na Comunicação. Por onde passou, no mercado de trabalho, deixou
marcas de um profissional dedicado e que, hoje, mesmo atuante com bom êxito em
tudo o que faz, colhe os frutos de uma história recheada de grandes batalhas e
inesquecíveis conquistas. Este gênio é o jornalista Marcelo Rosa, atuante
no estado do Espírito Santo.
Hoje,
o comunicador, que também tem formação como professor e mestre de cerimônia,
conversou com o CULTURA VIVA e detalhou, um pouco, da sua trajetória
para o mundo ouvir. Ele ainda vai muito longe!
Acompanhe!
CULTURA
VIVA: Para completar
seus estudos foi necessário contar com o apoio de amigos. Como foi aquele
momento?
MARCELO
ROSA: Entre 1979 e
1989, um tradicional empresário (hoje falecido), amigo da minha família, também
de Linhares, norte do Espírito Santo, era quem, a cada início de ano, custeava
o uniforme e o material escolar para que eu pudesse frequentar os, então,
primeiro e segundo graus, atualmente ensinos fundamental e médio. Não consigo
imaginar a minha carreira sem essa fundamental contribuição pela qual sou
eternamente grato.
C.V.: Se
mesmo para profissionais com mais idade ingressar no mercado da Comunicação é
muito complicado, imagine para um adolescente com apenas 17 anos. Que
contribuição aquela fase teve na sua bagagem?
M.R.: Na verdade, o meu ingresso no jornalismo
aliou necessidade e oportunidade. Com o precoce casamento do meu irmão mais
velho, aos 19 anos, fui forçado por ele a assumir o sustento da minha mãe e da
irmã mais nova, além do meu, é claro. E foi exatamente o meu irmão quem um dia,
no horário de almoço, chegou em casa com um exemplar de um recém-lançado
jornal, em Linhares, com anúncio para contratação imediata de repórter. Como na
escola, eu me destacava nas redações, tomei coragem e estive na redação do
jornal, onde acabei contratado pelo editor-chefe e proprietário da publicação
quinzenal. Esse fato abriu caminho para a minha trajetória, de mais de 30 anos,
também no radialismo, no telejornalismo, na assessoria de imprensa e, mais
recentemente, no webjornalismo e nas mídias sociais. A referida contratação,
sem sombra de dúvida, não só foi preponderante para fortalecer o meu interesse
pelo jornalismo, como enriqueceu o meu aprendizado constante na área.
C.V.: O senhor
foi um dos primeiros pretos a atuar como repórter no estado do Espírito Santo.
Sofreu preconceitos, na época?
M.R.:
Sempre gostei de
enfrentar desafios. O primeiro convite para atuar como repórter de TV, foi em
1998, pela TV Vitória, então afiliada da extinta Rede Manchete, como reflexo da
minha atuação na rádio CBN, de Vitória. Muito mais do que me preocupar com
qualquer aspecto relacionado à cor da minha pele, aproveitei a chance para
desenvolver o meu trabalho, da melhor maneira, a ponto de ignorar qualquer tipo
de preconceito racial.
C.V.: Qual
foi a sua primeira formação: Letras ou Jornalismo? A escolha foi
proposital?
M.R.:
Cursei
Letras-Português, entre 1993/02 e 1997/02, na Universidade
Federal do Espírito Santo (Ufes), onde, por três anos, anteriores, prestei
vestibular para Comunicação Social, mas sem sucesso. No começo da faculdade, a
intenção era tentar transferência de curso, mas, em pouco tempo, percebi ainda
mais o diferencial que essa formação poderia provocar na minha carreira. Entre
2001 e 2004, mais por questão de realização pessoal do que exigência do
mercado, cursei jornalismo na Faesa, em Vitória.
C.V.: Hoje
com mais de 30 anos de profissão, ao olhar para trás, o que vem à sua mente?
M.R.:
Tenho orgulho da minha
história profissional, das tantas histórias que acompanhei, relatei, enfim, do
meu legado. Mas, se pudesse voltar no tempo, certamente, apostaria bem mais
cedo no digital, para onde o jornalismo segue a passos extremamente largos, o
tempo todo.
C.V.: Como
tem sido trabalhar como Social Media, no momento? Muitos desafios?
M.R.:
Atuar como social mídia
exige aprendizado constante e olhos e ouvidos abertos, sobretudo, à
Inteligência Artificial. É uma atividade desafiadora, sim, já que, nesse caso,
imagem e linguagem são utilizadas, exclusivamente, com o intuito de conversão
em vendas, faturamento.
C.V.: Atuando
como repórter freelancer, atualmente, faria alguma queixa?
M.R.:
As atuações como
repórter freelancer são pontuais e, geralmente, solicitadas por
pessoas/empresas que já conhecem o meu trabalho. Como qualquer negociação que
se preze, o que se espera é que a entrega, de ambos os lados, se dê de forma
mais satisfatória possível.
C.V.: Para
um mestre de cerimônia, teoricamente, há serviço toda semana e isso leva a crer
que o mercado seja promissor. Isso procede?
M.R.:
Eventos
sociais/corporativos ocorrem, o tempo todo, o que justifica a crescente
ascensão do mercado de mestre de cerimônias, sim. Na outra ponta, contudo, com
muitos profissionais de comunicação abrindo mão de empresas privadas para atuar
por conta própria, a oferta de apresentadores desses eventos também cresce. O
que define a contratação, na maioria das vezes, é a qualidade do serviço, bem
como o network com empresários, agências de publicidade, cerimonialistas e
afins.
C.V.: Em
seus vídeos no Instagram o senhor dá altas dicas de Língua
Portuguesa. Isso reflete uma preocupação sua com erros de Português da
população ou tem outro motivo?
M.R.:
Utilizo as redes
sociais, sobretudo o Instagram, para dar orientações sobre Língua Portuguesa,
num primeiro momento, como defensor da linguagem formal, exigida em concursos
públicos, por exemplo. Além disso, aproveito o pouco que sei para compartilhar
com o outro. Conhecimento deve ser dividido sempre.
C.V.: Quais
são as redes sociais?
M.R.:
Instagram:
@marcelorosamultimidia e Facebook MR Multimídia.
Fotos:
Arquivo pessoal de Marcelo Rosa
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