No Dia do Professor, 'Estação Livre' leva ao ar edição especial na TV Cultura

14 outubro 2021 |

 


Nesta sexta-feira (15/10), o Estação Livre celebra o Dia do Professor com um programa sobre Educação. A edição, apresentada por Cris Guterres, recebe o professor de história na Uneafro e ativista Douglas Belchior e Ednéia Gonçalves, educadora e socióloga. Na TV Cultura, o programa vai ao ar a partir das 22h

A edição faz um panorama contundente do setor educacional e aborda as consequências da pandemia, que prejudicou a aprendizagem e ainda causou um aumento da evasão escolar. Além disso, a metodologia e a figura do Patrono da Educação Brasileira, Paulo Freire, são apresentadas ao longo do programa.



Reportagens



Estação Livre abre o programa com uma reportagem sobre o educador Paulo Freire. O Patrono da Educação Brasileira é reconhecido mundialmente por sua metodologia própria de alfabetização. Figura de importância na história do país, ele acreditava na educação como ferramenta de mudança social e o programa aborda a sua persona.

Além disso, a edição conta a história de Thiago Torres, o garoto de periferia que entrou para uma das melhores universidades do país e é um sucesso nas redes. Ele tem muito a dizer pra quem acha que nunca vai chegar lá.

O programa também aborda a importância do rap como ferramenta pedagógica e educacional. Não é por acaso que o álbum "Sobrevivendo no Inferno", dos Racionais MC 'S, se tornou leitura obrigatória no vestibular da UNICAMP. Assim como o rap, o funk tem se mostrado mais do que um estilo musical da moda. O projeto Funkeiros Cults, de um jovem periférico de Manaus, compartilha memes e comentários sobre livros nas redes sociais.

Ainda no Estação, por meio de alunos de coletivos, é discutida a presença do racismo em ambientes acadêmicos. Em reportagem, o programa aborda o crescimento de cursinhos pré-vestibulares voltados aos alunos de baixa renda e como movimentos sociais impulsionam a proliferação destes modelos

Por fim, o educador, antropólogo e folclorista Tião Rocha faz um depoimento para o programa, corroborando sua tese de que Educação se faz em qualquer lugar, e a estudante Ana Beatriz Teixeira dá um depoimento sobre a importância das ações afirmativas para o ingresso de negros e indígenas nas universidades

 

Foto: Larissa da Silva Marques

 


 


A cantora Zabelê traz uma novíssima roupagem para "Preta Pretinha" - clássico da discografia do grupo Novos Baianos, que ganhou um videoclipe postado na página oficial do Youtube da cantora com a colaboração de Carlinhos Brown. Presente no álbum "Acabou Chorare" (1972) - considerado pela revista Rolling Stone como o maior disco brasileiro de todos os tempos, a música de Moraes Moreira e Luiz Galvão é o maior sucesso comercial do conjunto.

Escolher essa canção como a primeira de trabalho do seu terceiro álbum solo, ainda sem nome divulgado, foi a forma como Zabelê quis homenagear o grupo tropicalista, no qual seus pais foram integrantes, os renomados músicos Baby do Brasil e Pepeu Gomes. "Pra mim está sendo uma grande honra e realização gravar ‘Preta pretinha’, além de ser uma grande responsabilidade. Mas, mais do que tudo, ela mexe com meu coração, sentimento e memória. Eu resolvi fazer uma nova versão ao meu estilo, com um jeito mais moderno e atual. É uma música que nunca vai sair de moda, obviamente, mas eu a fiz com outro arranjo", relata a cantora.

Com intenção de aproximar a obra para a sua personalidade - trazendo de volta elementos pop do SNZ, girl band que a lançou para o mercado em 1997, junto com suas irmãs Sarah Sheeva e Nãna Shara, a cantora convidou o cantor, compositor e multi-instrumentista Carlinhos Brown para o dueto. "Eu sabia que ele teria o mesmo sentimento e amor que eu tive em cantar. Nós não conseguimos nos encontrar em estúdio por causa da COVID e tudo mais, mas nos encontramos para gravar o videoclipe. Foi um trabalho em conjunto entre eu, ele e o produtor Wagner Fulco. A gente conseguiu criar uma sinergia musical muito boa", comemora Zabelê.

Após o convite de participar da canção, Brown afirma ter buscado modos de também ressignificar a obra, oferecendo novos caminhos. "Muito bom fazer parte de tudo isso. Estar atento a tudo que traz e rememora os Novos Baianos é uma forma de me renovar. Agora essa renovação vem através de Zabelê, que para comemorar todo esse movimento da nossa história musical e seu berço ancestral com Pepeu e Baby, gravou ‘Preta Pretinha’ e me chamou pra cantar junto. Um convite inegável e que muito me honra", declara o músico.

Para reforçar a equipe de criação musical da canção, Zabelê escolheu o produtor e diretor artístico Wagner Fulco, que já produziu diversos nomes como Elton John, Alanis Morissette, Bob Dylan, Guns N’ Roses, Ricky Martin, Luciano Pavarotti, Snoop Dog, entre outros artistas. Radicado há mais de 20 anos nos Estados Unidos, Fulco também é o produtor do novo álbum da cantora e adorou a ideia de trazer um som mais pop para o projeto.

"Pessoalmente, eu realmente gostava do lado eletrônico e dançante da época em que ela cantava no grupo SNZ. Por isso, eu sugeri que ela fizesse uma homenagem aos pais dela, mas com uma outra roupagem. Nós ficamos surpresos com a disponibilidade do Carlinhos para participar da música. O rap inédito que ele trouxe para a canção ficou maravilhoso", afirma o produtor.

O processo de gravação do videoclipe contou com a direção remota de Felipe Bretas, que estava em Londres durante as filmagens, mas afirma que o desafio foi superado com sucesso. "Quando recebi o convite da Zabelê, aceitei com o maior prazer, pois ‘Preta Pretinha’ sempre fez parte da minha vida. Embora um pouco atípica, a criação do projeto contou com a ajuda da tecnologia para nos comunicarmos e deu muito certo. A estética resultou em um material audiovisual retrô, elegante, charmoso, minimalista, mas com riqueza de detalhes. A parte do rap do Carlinhos trouxe inspiração para uma edição bastante contemporânea", relata o diretor.

Em sua versão original, "Preta Pretinha" é cantada pelo músico Moraes Moreira, que faleceu no ano passado. Para encerrar os créditos finais do videoclipe, a memória do cantor é celebrada com uma mensagem especial e caricatura feita especialmente para o projeto audiovisual. "As pessoas descobriram muitas coisas através do som dos Novos Baianos, com influência do rock e da guitarra baiana, trazendo também a veia pop. Eles tinham um misto disso tudo, da brasilidade com o MPB, a bossa nova através do João Gilberto, junto com o rock vindo dos arranjos do meu pai. Ou seja, era a guitarra do meu pai com o violão do Moraes. Uma verdadeira salada musical brasileira", avalia Zabelê.

A responsabilidade de repensar um dos maiores clássicos da MPB representa para Zabelê "uma oportunidade de levar a mensagem de que nós precisamos lembrar sempre da nossa história, das nossas raízes, da nossa formação. Estar sempre lembrando, isso é muito importante para nosso Brasil na formação de novas gerações. Para que certos movimentos não morram e para que nós possamos evoluir por meio deles, através do som, das músicas, dos ritmos".

Previsto para ser lançado ainda este ano, o novo álbum de Zabelê sucede o disco homônimo "Zabelê" (2015). "Eu falo com muito amor e gratidão a minha história musical, tudo que pude e tive privilégio de receber dos meus pais, fico realmente muito feliz em poder estar sendo essa pessoa, e espero cumprir com excelência e levar ao público todas essas canções que são marcantes na minha vida. E quero que quem não conheça, agora possa conhecer", conclui.

FICHA TÉCNICA

Preta Pretinha

Autor: Luiz Galvão e Moraes Moreira

Vocal: Zabelê

Part. Especial: Carlinhos Brown

Congas, Timbales , Agogôs, Djembe e Timbau: Carlinhos Brown

Guitarra, Percussão, Bateria, Teclado, Baixo - Wagner Fulco

Bacurinha, Surdo Meio e Timbau - Thiago Pugas

Backing Vocal: Zabelê

Arranjo: Wagner Fulco

Produtor: Wagner Fulco

Arranjo Vocal: Zabelê

LETRA

MORAES MOREIRA / LUIZ GALVÃO

Zabelê:

Enquanto eu corria

Assim eu ia

Lhe chamar

Enquanto corria a barca

Eu ia lhe chamar

Enquanto corria a barca

Por minha cabeça não passava,

Só somente só

Assim vou lhe chamar

Assim você vai ser

Só somente só

Assim vou lhe chamar

Assim você vai ser

Laiá laia laialaia la laialaia

Preta, preta, pretinha

Preta, preta, pretinha

Preta, preta, pretinha

Preta, preta, pretinha

Carlinhos Brown:

Preta, preta,preta pretinha, da pele imaculada, bronzeada igual a minha

Preta, preta, da minha cor, toda micigenada coração igual ao amor

Enquanto corre a barca mão na mão não se desata eu num remo e tu do outro

Prontos para atravessar chegaremos do outro lado, por isso vim lhe chamar

Eu ia lhe chamar (Enquanto corria a barca)

Eu ia lhe chamar (Enquanto corria a barca)

Por minha cabeça não passava, não

Só somente só

Assim vou lhe chamar

Assim você vai ser

Preta me permita lhe chamar de sol

Sol, somente sol

Assim vou lhe chamar

Assim você vai ser

Eu ia lhe chamar (Enquanto corria a barca)

Pra a gente atravessar (Enquanto corria a barca)

Da ilha pro farol (Enquanto corria a barca)

E te chamar de sol (Enquanto corria a barca)

Abre a porta e a janela e vem ver o sol nascer

Sou aquele namorado que você voltou pra ver

Eu sou um pássaro

Que vivo avoando

Vivo avoando

Sem nunca mais parar

Ai ai ai ai saudade

Não venha me matar

Ai ai ai ai saudade

Não venha me matar

Ai ai saudade

Não venha me matar

Eu ia lhe chamar

Enquanto corria a barca

Pra a gente atravessar

Enquanto corria a barca

Da ilha pro farol

Enquanto corria a barca

E te chamar de sol

Enquanto corria a barca

 

Foto: Divulgação


 


A música tem o poder de nos localizar no tempo. No final dos anos 60 os hippies eram os que ditavam o que deveria ser escutado. Nos anos 80, em oposição ao movimento hippie, o punk apoiava a individualidade e a independência. O grunge surge nos anos 90 com influências do punk rock, heavy metal, hardcore e rock psicodélico. Uma mistura de quase tudo que já havia acontecido no mundo da música nos últimos tempos. Nos anos 2000 o pop tomou força e os videoclipes, premiações, shows inesquecíveis e coreografias de sucesso marcaram uma geração inteira de fãs. De olho no comportamento dos jovens atuais, a Deezer ranqueou os artistas mais ouvidos pelos teens com menos de 18 anos que, assim como jovens de antigamente, utilizam a música como meio de expressão para representar suas angústias, ideias, visões de mundo.

A cantora, compositora e atriz norte-americana, Olivia Rodrigo, ficou em primeiro lugar com mais streams nos últimos seis meses. Olivia ficou conhecida por seus papéis como Paige Olvera na série Bizaardvark, do Disney Channel, e Nini Salazar-Roberts na série High School Musical: The Musical: The Series, da Disney. Sua música "Good 4 u" também figura na primeira posição entre as mais tocadas na plataforma. As canções "Traitor" e "Deja vu" também seguem entre as top 5 do streaming.

7 Minutoz segue em segundo lugar com mais acessos. Eles estão entre os nomes mais procurados quando se fala de rap geek no Brasil. A música "Rap da Akatsuki", por exemplo, foi criada para falar sobre os vilões de Naruto.

O terceiro lugar dos artistas mais escutados no Brasil é de Ariana Grande! Ela faz parte da leva de cantoras provenientes dos canais de TV infantis e era Cat Valentine, da série Victorious, do canal por assinatura Nickelodeon. Billie Eilish, Mainstreet, BTS ficam no quarto, quinto e sexto lugar, respectivamente.

Um dos principais termômetros para medir quais músicas estão bombando neste momento, na Deezer é a porcentagem de streams e, entre abril e setembro deste ano, Lil Nas X ficou na segunda posição com sua MONTERO (Call Me By Your Name), que recentemente lançou o álbum "MONTERO", que proporcionou ao artista um crescimento de 185% no número de streamings na Deezer depois do lançamento.

A lista também conta com nomes como Luiza Sonza, Doja Cat, João Gomes e Matuê. Preparados para descobrir os artistas teen que estão em alta e conquistando as paradas de sucesso ao redor do mundo? Não é porque a gente já cresceu que não podemos dar uma conferida no que os jovens estão ouvindo!

Confira a lista com o Top 10:

Top 10 artistas:

• Olivia Rodrigo
• 7 Minutoz
• Ariana Grande
• Billie Eilish
• Mainstreet
• BTS
• Doja Cat
• Xamã
• L7NNON
• Matuê

Top 10 músicas:

• "good 4 u - Olivia Rodrigo"
• "MONTERO (Call Me By Your Name) - Lil Nas X"
• "traitor - Olivia Rodrigo"
• "deja vu - Olivia Rodrigo"
• "Bipolar - Mc Davi, Mc Pedrinho, Mc Don Juan"
• "favorite crime - Olivia Rodrigo"
• "drivers license - Olivia Rodrigo"
• "INDUSTRY BABY - Lil Nas X, Jack Harlow"
• "Vida Louca - Mc Poze do Rodo, Neo Beats, Mainstreet"
• "M4 - Teto, Matuê"



Deezer se une à VMLY&R para realizar ação na Avenida Paulista para lançar o projeto "Memórias da Infância"

 

Projeto conta com regravações de músicas que marcaram a juventude dos anos 90’s e 00’s e ação pretende trazer o clima da época para o cartão postal

Pensando no Dia das Crianças, a Deezer trouxe uma novidade não só para quem está nesse momento da vida, mas também para os adultos de hoje que vivenciaram suas infâncias nos anos 90s e 00s. Buscando proporcionar um sentimento de nostalgia para os millenials, a Deezer vai lançar, no dia 12 de outubro, o projeto exclusivo "Memórias da Infância", que conta com a participação de artistas nacionais e globais para regravar músicas que marcaram suas infâncias e montar uma playlist exclusiva com grandes sucessos, e para tornar essa novidade ainda mais especial, o serviço de streaming se juntou à VMLY&R para realizar uma ação que vai trazer de maneira ainda mais forte esse sentimento.

Durante o feriado do Dia das Crianças (12) acontecerá uma ativação na Avenida Paulista, que estará aberta para a circulação de pessoas, um portal do tempo totalmente ambientado, que levará o público de volta ao final dos anos 90 e início dos anos 2000. Com promoters utilizando peças de roupa e objetos clássicos da época, quem estiver por lá poderá ouvir também em primeira mão a playlist tocar no último volume. A ação acontece das 11h00 às 15h00 em frente ao Shopping Center 3, perto da Rua Augusta, contará com diversas performances musicais e respeitará todos os protocolos de saúde da OMS.

 

Sobre a Deezer 

A Deezer conecta 16 milhões de fãs de música ativos mensalmente de todo o mundo com mais de 73 milhões de faixas. Disponível em 180 países em todo o mundo, a Deezer dá acesso imediato ao mais diverso catálogo de streaming de música em qualquer dispositivo. A Deezer é o único serviço de streaming de música com Flow, uma trilha sonora personalizada com suas músicas mais queridas e novas recomendações baseadas em dados algoritmos e nas sugestões dos nossos editores de música. Baseado em um algoritmo proprietário intuitivo e criado por pessoas que amam música, é o único lugar para ouvir as suas músicas em uma trilha sonora ilimitada com novas descobertas sob medida para você. Deezer está disponível no seu dispositivo preferido, incluindo smartphone, tablet, PC, laptop, sistema de home sound, sistema de áudio multimídia em carros, Smart TV ou console de videogames.

Fazendo a música acontecer desde 2007, a Deezer é uma empresa de capital fechado, com sede em Paris e escritórios em São Paulo, Londres, Berlim, Miami, Dubai e em outros lugares do mundo. Deezer está disponível com download gratuito para iPhone, iPad, Android e Windows ou na web em deezer.com.

 

Foto: Reprodução


MAM São Paulo celebra as culturas da infância em programação educativa de outubro

07 outubro 2021 |

 


Museu de Arte Moderna de São Paulo oferece, ao longo do mês em que é celebrado o Dia das Crianças, uma programação educativa presencial e online dedicada às culturas das infâncias, por meio de diversas práticas que mostram a importância do lúdico e do brincar.

A partir do dia 10 de outubro, o MAM Educativo promove a Semana das Culturas da Infância, voltada às famílias com crianças de todas as idades, mães, pais, avós(ôs), cuidadoras(es), educadoras(es) e professoras(es). Este ano, o evento conta com oficinas, narração de história, brincadeiras e experimentações artísticas conectadas às temáticas do modernismo e das culturas indígenas, suas vivências e ancestralidades na relação infância e comunidade.

Ao longo do mês, uma série de atividades com convidada(o)s e lives com as(os) artistas da exposição Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea segue na agenda da programação do museu, realizadas em parceria entre o MAM e a Fundação Bienal de São Paulo, com apoio da Galeria Jaider Esbell de Arte Indígena Contemporânea. No espaço Marcenaria no MAM, acontece um encontro entre a arte indígena e a madeira como suporte, técnica e linguagem artística.

A agenda de atividades também promove encontros voltados para profissionais da educação e estudantes, principalmente da rede pública. A abordagem é sobre a cultura da infância e sua relação com o MAM, políticas afirmativas em programações culturais e bem-estar e saúde no espaço.

Mais informações e inscrições na agenda do MAM: https://mam.org.br/agenda/

 

Foto: Karina Bacci


Homenagem a Djavan estreia amanhã, às 19h

06 outubro 2021 |

 


Um dos maiores compositores da música brasileira está prestes a ganhar uma homenagem à altura de sua obra. A União Brasileira de Compositores (UBC) apresenta a quinta edição do Prêmio UBC, reverenciando a carreira e a vida de Djavan, dia 07 de outubro, às 19h, em transmissão pelo canal da UBC no YouTube . O programa especial tem shows de Criolo, Diogo Nogueira, Anavitória, Mart’nália, Liniker, Geraldo Azevedo, Giulia Be, Agnes Nunes, Zé Ricardo e Jonathan Ferr interpretando versões inéditas de sucessos do compositor alagoano.

"Fiquei comovido quando soube que receberia o Prêmio UBC. Para mim é mais um incentivo em minha vida artística, para que continue criando e criando. Escrever letras e poesias me deixa em um estado de elevação enorme. Sempre que acabo de fazer uma música, me sinto o homem mais poderoso do mundo. Quando componho, não penso em um tema específico. Começo sem pensar em nada, deixando fluir. Entro no estúdio com melodia e harmonia prontos. É o que me basta para começar tudo, juntar os músicos e desenvolver arranjos. Só depois, com as músicas prontas, que escrevo as letras.
Djavan, em depoimento ao Prêmio UBC 2021

A declaração faz parte de um depoimento inédito de Djavan, dado à Paula Lima, que, além das apresentações de cada artista, fará parte da programação do Prêmio UBC 2021. No bate papo, Djavan fala sobre desde suas primeiras referências musicais, aos 12 anos, em Alagoas, até os bastidores de composições e gravações dos sucessos que marcam sua discografia.

Confira o line-up e quais canções cada artista interpretará:

 

Diogo Nogueira - Flor de lis
Mart’nália - Topázio
Geraldo Azevedo - Retratos da vida
Criolo - Oceano
Anavitória - Açaí
Liniker - Mal de mim
Giulia Be - Te devoro
Agnes Nunes - Amor puro
Jonathan Ferr - Pétala

 

Confira um trecho de Criolo cantando ‘Oceano’ - Prêmio UBC 2021


A União Brasileira de Compositores, maior sociedade de gestão coletiva de direitos autorais do país, criou o Prêmio UBC em 2017. Na estreia, o homenageado foi Gilberto Gil. Nos anos seguintes, Erasmo Carlos, Milton Nascimento e Herbert Vianna receberam a honraria. Agora, o Prêmio do Compositor Brasileiro segue em boas mãos. "Djavan é um artista capaz de transitar por vários estilos musicais e jamais deixar de ser o maravilhoso Djavan, que, com sua magia, conquista a todos, como compositor e como intérprete", afirma Paulo Sérgio Valle, diretor presidente da UBC e compositor de centenas de canções.

Com direção musical de Zé Ricardo, a cerimônia foi previamente gravada diretamente na "Casa UBC", localizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro, respeitando todos os protocolos sanitários contra a Covid-19. Sem perder a essência da premiação, celebrando a obra de Djavan e os grandes sucessos de sua carreira.

Além de colecionar fãs no Brasil e no exterior, Djavan também tem o reconhecimento da indústria musical, especialmente de seus colegas compositores. Diretor da UBC, e homenageado no Prêmio de 2018, Erasmo Carlos conta que é um grande admirador do artista. "Quem foi que disse que um artista não é fã do outro? (risos) Eu sou fã do Djavan! Sua poesia única, cheia de nuances pessoais e improvisos geniais, me fazem refletir sobre a beleza do belo e a natureza do amor de um jeito que eu pareço sair de mim e me esbaldar no imaginário das coisas boas e no encantamento prazeroso da vida. O suingue do meu amigo faz dançar até os mortais mais preguiçosos do universo", afirma o Tremendão.

 

Clique e veja um trecho de Geraldo Azevedo interpretando ‘Retratos da vida’ - Prêmio UBC 2021


Vencedor de dois troféus do Grammy Latino, na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa, Djavan está no topo do ranking dos maiores rendimentos no segmento de Música ao Vivo (bares, restaurantes, hotéis e clubes) entre todos os compositores brasileiros.

Ao mesclar pop, jazz, MPB, blues e sonoridades africanas, Djavan fez da versatilidade a sua marca. O resultado das canções ecléticas do artista - que aprendeu a tocar violão sozinho - são, em grande maioria, músicas sobre a beleza e a vibração da natureza, do amanhecer ao pôr do sol.

Muito além da música, cerimônia refletirá a estética solar de Djavan

Inspirado nas letras do artista, especialmente em "Lilás", o diretor de criação do Prêmio UBC 2021, Ricardo Leite, conta que, apesar de desafiadora, a construção do projeto foi prazerosa. "Djavan transita entre estilos variados. Nosso desafio foi dar forma visual à sua poesia e à sua arte. Ele mesmo nos deu o caminho, com tons e cores que fazem parte das suas lindas canções que iluminam o nosso dia-a-dia’, afirma.

A diretora de arte e cenógrafa Susana Lacevitz, revela detalhes sobre a ambientação do Prêmio. "Dentro da ‘Casa UBC’ é como se estivéssemos sempre vendo a linha do horizonte. Ela vai se transformando com a luz e, no decorrer do show, vamos ter elementos como o nascer e o pôr do sol e o anoitecer. Tudo é gerado em cima da iluminação da linha do horizonte", conta Susana.

303 obras registradas em mais de 45 anos de carreira

Aos 72 anos, Djavan soma 303 composições registradas. Boa parte delas forma o repertório dos 25 álbuns e diversas coletâneas que compõem sua discografia, inaugurada com "A Voz, O Violão, A Música de Djavan", lançado em 1976, pela Som Livre.

Desde então, o talento autoral de Djavan também ganhou as vozes de intérpretes como Gal Costa, Elba Ramalho, Zélia Duncan, João Bosco, Chico Buarque, Caetano Veloso e Ney Matogrosso. Entre os grandes sucessos do compositor estão músicas que entraram no imaginário da cultura popular brasileira como "Oceano", "Sina", "Te Devoro", "Samurai", "Lilás, "Se…", "Azul" e "Meu Bem Querer".

Com um grande homenageado, repleto de estrelas e cuidadosa cenografia, não há dúvidas de que o Prêmio UBC 2021 será uma calorosa festa. Para mais atualizações sobre a celebração, acompanhe as redes sociais da UBC.

 

Sobre a UBC


A União Brasileira de Compositores - UBC é uma associação sem fins lucrativos, dirigida por autores, que tem como objetivo principal a defesa e a promoção dos interesses dos titulares de direitos autorais de músicas e a distribuição dos rendimentos gerados pela utilização das mesmas, bem como o desenvolvimento cultural.

A UBC foi fundada em 1942 por autores e atua até hoje com dinamismo, excelência em tecnologia da informação e transparência, representando mais de 40 mil associados, entre autores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras.

Foto: Divulgação