'NO COMPASSO DE UM NOVO TEMPO' - EDSON SOARES

31 dezembro 2008 |


Ao abrir a janela e deixar invadir sua casa a presença de um novo ano, exige um elemento essencial: esperança. De que adiantaria receber um ‘novo tempo’ sem expectativas? Não ter metas, projetos ou desejos para encarar uma nova fase, não é típico de quem vive e, sim, de quem ‘vegeta’; já perdeu o encanto pela existência, a rotina ‘nossa de cada dia’: acordar (cedo ou tarde), trabalhar, cuidar da família, receber pelo trabalho (muito ou pouco), pagar algumas contas e deixar as demais para o próximo mês, ir ao supermercado e, de vez em quando, à loja, enfim, manter a ‘máquina’ funcionando. A vida só tem graça se for assim. Quem não se movimenta, enferruja.
Só em saber que está chegando uma nova etapa, já se prevê (e por certo vão acontecer) dificuldades, combates, guerras, ‘tsunamis’ do cotidiano. Justamente por isso a esperança deve estar gravada no peito como um emblema. Aliás, mais que um emblema porque este fica do peito para fora: a esperança deve estar do peito para dentro. Sempre acesa, consegue mobilizar o dono do coração onde ela está residindo, transpor barreiras, enfrentar acusações, saltar sobre as montanhas e não ser derrotado em momento algum. Quando ouvir um ‘não’ ou algum projeto falhar, jamais vai significar ‘derrota’ e, sim, mais um espaço para aprendizagem. Essa é a graça da vida. Assim, viver vale a pena.
Quando, em meio à caminhada, der ‘topadas’ aqui ou ali, não é a qualidade do seu calçado que vai determinar o futuro do ‘seu dedão’, mas a sua forma de encarar as situações provocadas por cada pedra ou objeto que vão servir de empecilhos na sua estrada.
Mais do que no ano passado, acredite em você. Gere inteligência, criatividade. Reconheça que é um ser que pensa e, assim, pode mudar as situações à sua volta. Exalte o bem, o amor, o companheirismo, a compreensão, a aceitação, a amizade. Acima de tudo, confie em Deus: entregue a Ele os seus propósitos, peça direção, orientação. Dessa forma, a ‘bagagem’ fica mais leve.
Caso o desânimo queira se aproximar, chame a ‘dona esperança’ para expulsá-lo, mesmo à distância. Ele pode ser um sério inimigo que vai impedir grandes conquistas. Então, precisa estar distante, morar num lugar onde ninguém alcance. Além de tudo isso, mostre que você é o melhor em tudo: em casa, no mercado de trabalho e em todos os campos de sua atuação. Sem rivalidade, inveja, falsidade e violência, você ajuda a ‘turma do bem’ construir um mundo bem melhor. Se inclua neste projeto. Esta é uma ótima receita para começar o ano.

Exagero na academia... Que melancolia!

30 dezembro 2008 |


“Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa”, já advertia o personagem Paulo Cintura, da “Escolinha do Professor Raimundo”. Mas, preocupados em deixar o corpo adequado ao que a moda exige, muitos são capazes de sacrificar a própria estrutura. Com isso, acaba exagerando nos exercícios físicos e prejudicando a saúde. De acordo com o professor de Educação Física e personal trainer da Academia American Club, em Rio Bonito (RJ), Guilherme Solano, um dos objetivos da academia é “reduzir o percentual de gordura, hipertrofia a musculatura, reduzir o estresse mental e melhorar a estética corporal”. Mesmo assim, existem aqueles que confundem todo o processo.
O professor destaca que devido a vários fatores de risco de doenças, como hipertensão, problemas respiratórios, sedentarismo, problemas nos ossos, nos músculos e na articulação, para alguém freqüentar a academia deve primeiro consultar a um médico. “Com todo profissionalismo, nós trabalhamos aqui na academia só com laudo médico”.
Segundo Guilherme, o exagero nos exercícios é chamado de Overtreining e quer dizer excesso de treinamento, entrando em fadiga muscular e o tempo certo, por dia, para realizar os exercícios depende de cada caso, varia de uma a uma hora e meia.

ALUNO GARANTE QUE GANHOU MAIS RESISTÊNCIA

Resultado de seu trabalho, seu aluno, o militar de reserva, Damásio Lúcio da Silva, 57 anos, freqüenta a academia há sete meses. “Faço academia para saúde do meu corpo, sinto prazer nessa academia, me relaciono bem com as pessoas daqui e a educação física é um incentivo maior para a saúde, para a pessoa ter uma vida mais longa, uma velhice com saúde e isso é tudo”, justificou.
O aluno garante que, com a atividade, seu corpo ganhou mais resistência. “Eu estava mais gordo, a barriga estava grande e está diminuindo agora. Eu não conseguia fazer 100 abdominais, agora faço 2.200 e os outros exercícios faço tudo corretamente, o professor sabe disso. Eu procuro fazer de acordo com o que ele manda. Por isso, estou bem de saúde, graças a Deus”, relatou.

EXAGEROS PODEM GERAR PROBLEMAS NA HÉRNIA DE DISCO

A fisioterapeuta Diana Gonçalves Fonseca já recebeu, em seu consultório, pacientes que tiveram complicações. “Tive pacientes que exageraram com carga em alguns aparelhos de musculação e adquiriram hérnia de disco. Em um caso, foi até especificamente a lombar. Não foi um desafio porque hérnia de disco na vida da gente é quase uma patologia corriqueira, hoje. Mas, é uma coisa que o paciente vai ter que conviver a vida toda. Além disso, pode ter tendinite, problemas de postura, às vezes, por trabalhar grupos musculares inadequadamente, pode prejudicar a postura ao invés de melhorar”, contou.
Para amenizar o sofrimento do paciente, a fisioterapeuta fez o seguinte: orientou em educação de posturas que, provavelmente, mais tarde ele poderá voltar à atividade física com limitações, não como antes.
Para quem sofreu tais problemas como conseqüência, Diana dá um aconselhamento. “Moderação. Uma prevenção com alongamento com professores formados, profissionais qualificados e nada de exagero. Sempre dentro do seu limite, não aquela coisa que você está sentindo muita dor, não está suportando a carga e diz “não, eu tenho que colocar mais, eu tenho que vencer,...”. Sim, musculação você está sempre vencendo a cada dia, mas de forma gradativa e não de forma brusca”, enfatizou.

***Na foto em destaque, o aluno da Academia American Club, em Rio Bonito (RJ), Damásio Lúcio da Silva

Foto: Edson Soares

FESTELONA premia 'Picadeiro da Alegria' com melhor Figurino

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O I FESTELONA (Festival de Teatro da Lona Cultural João Bosco) premiou o espetáculo 'Picadeiro da Alegria' com melhor Figurino nesse mês (Dezembro). Devido ao sucesso, o público poderá conferir, mais uma temporada da peça em janeiro de 2009, na SEDE DA CIA DE TEATRO CONTEMPORÂNEO, em Botafogo (RJ), a partir do dia 10.

UM PALHAÇO DE RUA E SUA MISSÃO: ESPALHAR ALEGRIA

O texto "Picadeiro da Alegria" conta a história de "Zapt" - um palhaço de rua que tinha como objetivo espalhar a alegria por todos os cantos do planeta e a todas as pessoas.
A história começa com Zapt já idoso chegando no galpão abandonado onde tudo começou e relembrando dos bons e velhos tempos, da época em que conheceu Teco e Clara, duas crianças de rua que roubavam comida para não passarem fome e por isso eram perseguidas pelo poderoso empresário e dono do Circo do Horror, o sr. Cazar. O ambicioso empresário queria a todo custo colocar os dois jovens para fora da cidade, pois o público estava com medo de ir ao circo devido aos roubos.
Zapt logo arrumou inimizade com Cazar e com o Policial da cidade que era manipulado pelo poderoso dono do circo. Zapt criou o "Picadeiro da Alegria" junto com Teco e Clara. A inimizade aumentou ainda mais quando a filha de Cazar, a bondosa Sara resolveu ajudar os dois irmãos e ainda se apaixonou por Zapt, o maior rival de seu pai.
O "Picadeiro da Alegria" é uma história de aventura, comédia e tem como pano de fundo um grande romance.

Ficha Técnica
Texto e Direção: André Luiz Rocha
Elenco: Adriane Mendes; André Luiz Rocha; Alessandro Valéryo; Jairo Santos;Tatiana Freitas; Leonardo Moreira
Operadora de Aúdio: Nathália Fernandes
Operador de Luz: Guilherme Bush
Produção Executiva: Alessandro Valéryo e André Luiz Rocha
Realização: CIA de Atores Os Notáveis

TEATRO I SEDE DA CIA DE TEATRO CONTEMPORÂNEO
Rua Conde de Irajá, 253 - Botafogo
Tel: 2537 - 5204 / 9306 - 5398
Sábado e domingo às 17:30 horas
Ingresso: R$ 20,00(inteira)
Desconto de 50% para idosos e estudantes (mediante a apresentação da carteirinha)

Classificação etária Livre
Apoio: Casa Cruz

Foto: Divulgação

Ivete Sangalo: uma explosão de alegria e energia baiana

28 dezembro 2008 |


Entrevistada: Ivete Sangalo.
Ocupação: Cantora.

CULTURA VIVA: O que significa, para você, o dom de cantar?
IVETE SANGALO: Uma dádiva de Deus, hoje sei que vim à terra para levar alegria às pessoas, eu me amarro em estar no palco,ele é a fonte de minha energia.

C.V.: O que seu coração diz quando um público de milhões de fãs canta num só coral suas músicas?
I.S.: Me sinto a pessoa mais realizada do mundo, é a maior recompensa de todo meu trabalho, meus fãs são a maior riqueza que conquistei em toda minha carreira.

C.V.: Tem algum sonho seu que ainda não se realizou?
I.S.: Acho que só está faltando o de ser mãe, que ainda vou realizar, pois os outros já realizei todos....

IVETE SANGALO E MARACANÃ... TUDO A VER!

A cantora Ivete Sangalo viveu um grande desafio em sua carreira no dia 16 de dezembro de 2006: fazer um megashow no Maracanã. Preocupada, a artista tinha noção da responsabilidade e, hoje, em exclusividade para o “Cultura Viva”, ela conta como passou pela experiência, depois do sucesso de expectativa e público. Ela merece!

CULTURA VIVA: O que passou pela sua cabeça quando viu o Maracanã lotado só para prestigiá-la?
IVETE SANGALO: Fiquei na expectativa do lugar cheio de gente fazendo música e fazendo daquele dia um dia único. Bateu muita emoção todos os dias que antecederam a
festa, mas no dia do show, me senti quase que levitando de tanta emoção, só sabe e sente quem vive isso.

C.V.: Como foi a experiência de encarar vários desafios em uma só noite: gravar um CD e um DVD Ao Vivo, no Maracanã? Sentiu o peso da responsabilidade? Em algum momento você imaginou que algo poderia dar errado?
I.S.: Não só sonhei, como parte desses sonhos se realizaram no dia 16 de dezembro de 2006. Faço sempre uma grande oração de agradecimento, de fé e de construção de boas coisas, nada ia dar errado...

C.V.: Qual o balanço que você faz, agora, que o evento aconteceu com sucesso além das expectativas?
I.S.: O DVD ficou lindo, uma marca de qualidade para o business do Brasil. Vamos em frente que sempre vem mais idéias e mais desejos. Quero música, quero aprender mais sobre ela e viver intensamente por ela. Como diria Gilberto Gil... “ela eu vivo tempo todo com ela....”.

C.V.: Esse sucesso todo em sua carreira a torna mais vaidosa? Como você encara a fama?
I.S.: Acredito no que faço e falo. Não podemos achar que tudo que é dito tem de ser absorvido sempre de forma positiva. Sou artista e é preciso ter este equilíbrio. Aceitar as coisas boas e as que divergem do que você acha.

C.V.: Lançar um novo produto no mercado, hoje, não é um pouco arriscado?
I.S.: Se você acredita em seu potencial e tem fãs, como tenho, nada é impossível.

C.V.: As pessoas gostam muito de te ver na televisão. O projeto do “Estação Globo” não poderia se estender para o ano todo?
I.S.: Sobre TV fico cada dia mais atraída. É uma delícia ter o povo brasileiro tão pertinho, todos ao mesmo tempo. Mas, no momento, a minha prioridade é cantar.

C.V.: Como surgem as suas canções?
I.S.: As músicas pintam em minha cabeça de uma hora para outra, às vezes brincando no palco elas surgem...

Foto: Divulgação

Doce revelação dos últimos tempos da música baiana vive momento 'singular' na carreia

27 dezembro 2008 |


Em meio à nova geração de cantores baianos, surge uma menina muito animada e talentosa. Nascida no dia 10 de julho de 1980, em São Gonçalo, àquela que seria a promessa de uma grande artista no futuro, foi criada em Salvador, na Bahia. Sua aparição na grande mídia se dá acompanhada de rapazes na banda Babado Novo, que durou até o início deste ano. Tempo necessário para a vida decidir que a bela Cláudia Leitte já estava na hora de seguir carreira solo, mesmo acompanhada pelos amigos do grupo anterior. Para marcar o momento “singular”, a gravação de seu primeiro DVD foi realizado na Praia de Copacabana, em fevereiro, para centenas de pessoas. E, mesmo com a agenda apertada, Claudinha dá atenção especial ao “Cultura Viva”. Isso que é ser gente da melhor qualidade, né não?

CULTURA VIVA: Claudinha, como você avalia a passagem pelo Babado Novo?

CLÁUDIA LEITTE: O Babado Novo foi a realização de um sonho, um projeto que saiu do coração de cada integrante. Foi e sempre será parte integrante da minha vida. Fizemos uma história muito bonita e tenho muito orgulho de ter feito parte dessa família, que hoje me acompanha nessa nova fase.

C.V.: Durante todo o tempo em que esteve no grupo, dá para contar uma de suas principais recordações?

C.L.: Eu sempre digo que uma das coisas que mais me orgulho de ter é boa memória. Não costumo esquecer as pessoas, nem fatos importantes. Ralamos muito no começo. Eram dois, até três shows num dia. Já ficamos hospedados em pousada que não tinha nem fechadura na porta do quarto. Eu colocava uma cadeira atrás para fechar a porta. Lembro de um dos primeiros shows que foi cancelado por falta de público e lembro de um em Recife, onde eram esperadas 16.000 pessoas e apareceram mais de 50.000. Chegamos até aqui sem sentir as dores da caminhada. Uma das coisas mais importantes foi o olhar vitorioso de cada um dos integrantes da banda. Todos nós tínhamos sonhos e estávamos dispostos a realizá-los com dignidade e muita força. Hoje me orgulho de ver que, apesar de as coisas serem muito diferentes, esse olhar não mudou.

C.V.: De tudo o que vivenciou no “Babado”, deu para tirar muitas lições de vida? As experiências te amadureceram?

C.L.: Eu me tornei uma mulher dentro desses últimos cinco, seis anos. Quando comecei no Babado tinha 20 anos, era apenas uma sonhadora. Hoje continuo sonhando, mas falo de perspectivas e de projetos com a mesma rapidez que sonho e não dou um passo sem analisar minuciosamente a situação. Amadureci bastante.

C.V.:Agora, chegou o momento da carreira solo. A novidade te assusta? Teme alguma coisa?

C.L.: Não. Primeiro porque tenho Deus acima de tudo. Segundo, sempre digo que não costumo correr riscos. Corro para o abraço! (risos). Eu aposto naquilo que acredito, portanto, vou continuar sendo ousada. Não quero dizer que estou sempre certa, mas sim que de alguma forma, sempre dá certo, mesmo que eu erre, entende? Sempre cantei Led Zeppelin, Djavan, Legião e um monte de outras coisas que pareciam diferentes para um show de música baiana, mas que para mim eram corriqueiras, pois me provocavam emoções e ao meu público também. Não tenho motivos para temer.

C.V.: Dá para revelar porque tomou a atitude de seguir carreira solo? Qual foi a opinião inicial de sua família?

C.L.: Foi uma decisão maturada e cuidadosamente estudada. Passei um ano evoluindo, analisando cada ponto dessa decisão. Importante para mim era manter o grupo unido e trabalhando ao meu lado. Essa base é fundamental para qualquer cantor que se lança a um desafio desse porte. E, graças a Deus, consegui isso. Daí em diante foi só marcar a data e encarar o desafio, com o apoio da minha família, dos meus fãs e de Deus.

C.V.: E o megashow na Praia de Copacabana? Existem palavras para expressar a emoção? O que você tem a dizer ao seu público que compareceu ao evento?

C.L.: Foi uma das coisas mais lindas do mundo. Foi extraordinário! A começar pelo público que superou todas as nossas previsões. Da nossa parte rolou superação. Amor. Sim, talvez muitos não saibam, mas vivemos momentos loucos naquele palco de Copacabana. Contudo, foi maravilhoso, como o Rio de Janeiro. A compreensão do público me surpreendeu. O respeito e o carinho para comigo mais ainda. Não consegui nem dormir só de pensar no amor que recebi da massa vibrante que cantava num só coro. Foi o momento mais importante de reconhecimento do meu trabalho.

C.V.: Tem mais novidades da Claudia Leite para este ano?

C.L.: Sempre! Até porque o babado agora é novíssimo. (risos). A principal novidade é o lançamento do meu primeiro DVD solo. Afora isso, estamos com show novo, repertório massa, e a cada apresentação estamos agregando novidades que deixam ainda mais bonito o meu trabalho. Além disso, tenho recebido convites maravilhosos, como por exemplo, o de gravar e encerrar, o DVD de Padre Marcelo Rossi, com a música Jesus Cristo, de Roberto Carlos. A gravação foi no dia 21 de abril para um público de mais de um milhão de pessoas. Estou muito honrada, ansiosa e emocionada com a oportunidade. Posso adiantar que vem muito mais por aí.

C.V.: Você é uma artista que sempre fala de Deus em público. Isso é um ótimo exemplo para a juventude. Que mensagem você deixa para os jovens que vivem antenados em tudo, menos em Deus?

C.L.: A juventude precisa mesmo de ótimos exemplos e eu sei quanto o papel do artista é importante para seus fãs. Tenho conceitos bem definidos e sei que tudo que acontece na minha vida é obra de Deus. Odeio a futilidade e acho que o artista deve ter consciência de sua responsabilidade como ídolo de uma massa, principalmente de jovens para dar um exemplo. Digo não às drogas, à bebedeira e tenho Deus sempre comigo. O Senhor guia os meus passos e quem a Ele não se volta para agradecer, um dia irá se voltar para pedir ou suplicar.

Foto: Thiago Teixeira

"ESPERANÇA" - EDSON SOARES

25 dezembro 2008 |


No princípio
A ilusão de um menino
Decorava sua infância com o que a tela oferecia
Sonhava com seus ídolos noite e dia

O tempo passou
O menino começou a encarar a vida
Dura, complicada, cruel
Sem orientação, provou do fel

Grandes oportunidades bateram à sua porta
Algumas aceitas e vivenciadas
Luzes, câmera, ação!
Outras descartadas... Quanta decepção!

Sua natureza
Sempre sensível dedicou carinho a todos
Sem exceção
Nunca teve orgulho quando precisou pedir perdão

A desilusão
Tentou destruir sua singela natureza
Massacrada pela rejeição e pelo tormento
Jamais negou favor em algum momento

Do nada
Depois da tempestade
Surge uma esperança
Algo novo revelou uma porta para o homem-criança

Se ao adentrar
Ainda ocorrer decepções ou frustrações,
Já estará experiente
E saberá lidar com a solidão de forma consciente

O ganho
Dessa existência-novela
Traz para a tela da vida
Quem se permite viver a realidade sofrida

Contudo
A esperança brota como boa semente
E, como seu coração é terra boa,
A partir de então não vai mais se permitir chorar à toa

Foto: Letícia Soares

‘QUEM TEM UM SONHO NÃO DANÇA...’

24 dezembro 2008 |


Como já advertia o poeta Cazuza, “o tempo não pára”. Por isso, sua carreira, repleta de glórias e conquistas, não foi sepultada com sua morte, há 18 anos. Através de sua mãe Lucinha Araújo, a Sociedade Viva Cazuza - instituição de saúde localizada em Laranjeiras, no Rio de Janeiro - prova que o sucesso do artista ainda está de pé: crianças e adultos portadores do vírus HIV recebem atendimento, medicamento e orientações preciosas na luta pela sobrevivência. Como uma guerreira, Lucinha dedica seu tempo à manutenção da Sociedade e confessa: “quando não venho aqui, meu dia não fica completo”.

CULTURA VIVA: Lucinha, quando surgiu a idéia de criar a Sociedade Viva Cazuza?
LUCINHA ARAÚJO: A idéia surgiu quando um grupo de artistas fez uma homenagem ao Cazuza logo depois da morte dele, na Apoteose. Fizeram um show chamado “Viva Cazuza – Faça parte desse show”. A gente cobrou ingresso e eu encaminhei o valor arrecadado para um hospital que tratava de crianças com AIDS. Quando fui entregar o cheque, eles me disseram: “a gente não quer só o seu dinheiro, a gente quer você trabalhando aqui”. Lá eu conheci alguns médicos e eles me ajudaram a fundar a Sociedade Viva Cazuza juridicamente e tudo. Fiquei dois anos trabalhando lá, mas sempre com idéia de montar uma casa para abrigar as crianças. Nesses dois anos eu não tirava isso da cabeça porque lá no hospital era muito complicado, era uma instituição federal, tinha mais cacique do que índio. Como eu não sou índio nem cacique, queria ter o meu negócio, eu não gosto que ninguém mande em mim, já estou muito velha, fui procurar o prefeito Cesar Maia, que estava recém-eleito. Pedi um local e ele me cedeu esse por 10 anos, em Laranjeiras. Agora, já ocupo aqui há 15. Fiz as reformas todas com o dinheiro do Cazuza. Usei os direitos autorais dele esses anos todos. Ele tem direito de 70 anos de direitos autorais, depois cai para o Governo. Até 70 anos eu posso usar. Então, eu resolvi juntar um grupo de médicos para me ajudar e foi uma coisa boa na minha vida ter feito isso, primeiro porque eu adoro criança e segundo que, ao invés de eu ir para um analista... Você imagina: perder seu filho único, no auge da beleza, juventude, famoso, de uma doença incurável, que até hoje, aliás, não tem cura, é mortal... Então, foi muito duro para mim. Eu achei que o trabalho foi muito melhor do que eu ter ido para um analista. A minha vontade era sentar num divã de analista, chorar até morrer, mas isso não ia trazer meu filho de volta.

C.V.: A senhora o mantém vivo através da Sociedade.
L.A.: Exatamente. Eu fico pensando: precisou meu filho morrer para essas crianças viverem. Isso não é um consolo, mas, pelo menos, é uma justificativa.

C.V.: Como é feita a distribuição das tarefas na Sociedade?
L.A.: Aqui nós temos três projetos sendo desenvolvidos: o primeiro é a Casa de Apoio Pediátrico, onde moram, hoje, 20 crianças. Já passaram mais de 70 por aqui. As crianças moram em regime de internato, freqüentam as escolas do bairro, têm medicamentos, médicos, assistentes, enfim, elas têm tudo o que uma criança de classe média tem: programas culturais e etc. Esse é o projeto que eu mais gosto, que eu me dedico mais. O segundo é com pacientes adultos: a gente atende a 150 pacientes por mês, mas eles não moram aqui. A gente ensina tomar os remédios porque muitos não sabem ler nem escrever e ganham uma cesta básica mensalmente. O terceiro é via internet: nós temos o site e tem um link que se chama “Pergunte ao especialista”. Nós temos 12 médicos de plantão respondendo a qualquer pergunta sobre a AIDS. Para você ter uma idéia, a gente responde a mais de 5.000 perguntas mensais e isso é para todos os países de Língua Portuguesa.

C.V.: Como as vítimas ou os pais podem obter apoio de vocês? O que é necessário fazer?
L.A.: São indicados por assistentes sociais de hospitais. Atendemos aqui o pessoal do Instituto São Sebastião, outro da Lagoa e alguns que vêm bater aqui na porta e a gente faz um levantamento para ver se precisa mesmo, se é HIV, etc. Eles, para receberem o auxílio, têm que provar que estão se tratando: tem que trazer as consultas, as marcações de consultas, ... Eu tenho uma agente de saúde e uma assistente social fazendo isso toda semana.

C.V.: A Sociedade tem apoio dos Governos municipal, estadual e federal ou recebe doações de voluntários?
L.A.: Do estadual eu nunca tive ajuda nenhuma. Agora, do municipal, essa casa é do município do Rio de Janeiro e o Cesar Maia, que nem me conhecia, eu fui lá pedir, ele, na mesma hora, abriu as portas e paga a conta de luz para mim. Toda vez que eu peço: “olha, preciso de alguma coisa...” Procuro não abusar, mas toda vez quando eu tenho algum problema para resolver, eu peço e ele resolve para mim, via e-mail, eu nem preciso ir lá incomodá-lo. Eu até conto que a mulher dele é a madrinha daqui porque ela fez força para que ele me desse essa casa. Agora, ajuda federal a gente tem no sentido de: o Brasil é um dos poucos países do mundo que distribui medicamentos para a AIDS gratuitamente, a gente está nessa lista. Mas, temos que comprar o resto porque, para as infecções oportunistas, gastamos muito dinheiro também. Então, além dos direitos autorais do Cazuza, fazemos eventos, promovemos leilões, festas, jogos e nós temos um deputado que faz uma emenda parlamentar para a gente, anualmente, de uns cinco anos para cá e isso nos ajudou muito, apesar de ser um dinheiro difícil: você tem que fazer projeto, é um dinheiro amarrado, só pode comprar isso e aquilo, não pode pagar pessoal e a gente não trabalha com voluntários, mas de qualquer maneira nos ajuda muito.

C.V.: Como é para a senhora, hoje, ver fãs e instituições, como gravadoras e editoras de livros, ainda mantendo a carreira do Cazuza?
L.A.: É uma coisa que me dá prazer. Eu achei que o filme novamente trouxe o Cazuza para essas crianças que não eram nascidas quando ele morreu. Eu recebo e-mails de meninos de 12, 13 anos, que foram ver o filme e adoraram.

C.V.: Como foi sentar e assistir a história de seu filho contada no filme “Cazuza – O tempo não pára”? Dá para descrever esse momento?
L.A.: Meu marido viu uma vez só. Eu procurei me armar da seguinte maneira: isso é um filme, o Daniel de Oliveira não é o Cazuza, a Marieta Severo não sou eu, isso é uma ficção, ... Eu já vi o filme mais de 30 vezes. Não vou te dizer que tiro de letra: eu choro e tudo, mas eu sofri menos. Eu procurei fazer isso para não sofrer. Mas, eu achei que esse filme ficou até pequeno para contar a vida do Cazuza. Não conta tudo porque 90 minutos é muito pouco para contar uma vida tão intensa como foi a dele. Eu acho que daria, até, uma minissérie. Fica aí em aberto: quem sabe a TV Globo não quer fazer uma minissérie... A experiência de vida foi muito rica e eu acho que todo mundo tem que conhecer um pouco o Cazuza. Eu achei que o filme ajudou bastante. O livro “Só as Mães são Felizes”, que eu mesma escrevi, abriu tudo e o filme é baseado no livro.

C.V.: Que mensagem a senhora pode dar às mães que hoje enfrentam a mesma situação que a senhora viveu?
L.A.: Eu quero dar duas mensagens. Uma é citando o Cazuza: “quem tem um sonho não dança” e a cura não pode estar longe. Então, a gente tem que acreditar nesse sonho. E a outra é que não abandonem seus filhos porque um vidro de AZT faz tanto efeito quanto o carinho de uma mãe.

Foto: Christina Moreira

'Ping Pong' com... Mara Maravilha

23 dezembro 2008 |


Entrevistada: Mara Maravilha.
Ocupação: Cantora e apresentadora de TV.

O que significa o dom de cantar para você?
- É um presente de Deus. Louvar a Ele é um privilégio!

Dá para traduzir a palavra “felicidade”?
- Felicidade é você estar em paz, estar calmo e ter a consciência de tudo o que você tem na sua vida. Às vezes, a pessoa sofre sonhando em querer ter isso e aquilo e acaba não enxergando tudo o que tem.

Uma pessoa que te serve de exemplo?
- Jesus, unicamente.

Um sonho que ainda não foi realizado?
- Ter filhos.

Um projeto para este ano ainda?
- Que eu continue evoluindo tudo aquilo que eu comecei: a Turma da Marinha Maravilha, os meus personagens infantis, a minha grife de camisetas, a minha carreira de cantora, minhas lojas, minha fábrica.

Mania?
- Eu acho que não tenho nenhuma mania.

Uma conquista?
- Estar aqui.

Momento mais marcante?
- Quando a minha mãe conseguiu se recuperar dos seus problemas de saúde que ela enfrentou no último ano.

Prato preferido?
- Gosto muito de comer. Gosto de churrasco, bacalhau, doces, comida japonesa, ...

Frase da sua vida?
- Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam e servem a Deus.

Foto: capa do CD Mara Maravilha - "Romântica"

E ‘tudo mudou’ para... Sarah Sheeva

21 dezembro 2008 |


Jovem, bonita e talentosa. Três quesitos necessários para fazer sucesso, hoje, no meio artístico. Porém, muita gente que já provou da fama, prefere seguir novos caminhos em que não sejam tão idolatradas e sintam-se mais naturais, mais gente. Foi, justamente, o que aconteceu com Sarah Sheeva. No auge da carreira, integrante do grupo SNZ com suas irmãs Nana Shara e Zabelê, conta que teve um real encontro com Jesus e, a partir de então, dedica sua vida e carreira ao Ministério Geração Sal da Terra, com músicas gospel e mensagens de fé aos jovens. Dona de uma bela voz, lançou o CD “Tudo mudou”, que segue o mesmo estilo do SNZ e revela sua nova fase de vida. Filha de um casal-marco na cultura musical brasileira, Pepeu Gomes e Baby do Brasil, Sarah abre o jogo, exclusivamente, para o “Cultura Viva”.

CULTURA VIVA: Como foi sua infância convivendo com os pais, que eram famosos? Isso te afetou em alguma coisa?
SARAH SHEEVA: Minha infância foi boa, mas naquela época havia um excessivo assédio dos fãs e da mídia em cima dos meus pais, isso me afetou um pouco porque me deu uma certa “aversão” à fama. Eu não queria trabalhar com música por causa disso, achava que o artista não tinha liberdade. Me tornei desenhista de moda e trabalhei no comércio de 1995 a 1996. Mas, a partir de 96 comecei a cantar nos shows de minha mãe, juntamente com minhas irmãs, depois em 98 eu e minhas irmãs criamos o “SNZ”.

C.v.: Quais as recordações que você tem do grupo SNZ?
S.S.: As boas recordações que tenho são as minhas irmãs porque nós sempre nos divertimos juntas... Elas são maravilhosas, engraçadas e muito talentosas... Tenho saudades de trabalhar com elas... Mas, não tenho outras boas recordações... Na verdade, eu não suportava mais trabalhar com música “mundana”, queria fazer uma música que levasse uma mensagem transformadora para vida das pessoas. Eu também não agüentava mais ser “estrela”, tem muita idolatria envolvida, muito fanatismo... Eu não agüento. No final das contas, cheguei à conclusão de que a fama “aprisiona”; quando se vive dela e para ela, ela te aprisiona. Não quero viver da fama, quero viver por um ideal maior que isso, e que a fama seja apenas uma conseqüência, e não uma necessidade.

C.V.: E os fãs da época, você ainda tem contato?
S.S.: Tenho contato com alguns fãs que continuaram acompanhando o meu trabalho. Mas, acredito que muitos fãs não me acompanharam porque não ficaram nem sabendo o que estou fazendo agora, isso porque o meu trabalho gospel não foi muito divulgado logo de início. Muitos me ligam ou me enviam e-mails perguntando onde encontrar o CD... Em breve, acredito que estará disponível em todas as lojas do ramo Gospel.

C.V: Qual o significado da palavra “fama” para você, hoje?
S.S.: Ser famoso não significa ser feliz, nem ser admirado. Aliás, uma pessoa pode ter fama, e essa fama pode ser uma “má” fama... Muitas pessoas têm fama simplesmente porque seu estilo de vida atrai a publicidade e cria polêmica, porém, isso não quer dizer que o que essas pessoas fazem está certo, isso não quer dizer que elas estão ajudando outras pessoas. Se a fama tem o poder de influenciar, deveríamos dar credibilidade à fama dos que influenciam positivamente, e que ajudam a melhorar a vida das pessoas. É isso que desejo fazer com a fama que adquiri: usá-la para divulgar a mensagem do Evangelho de Cristo sobre todas as nações.

Foto: Divulgação.

Pepeu Gomes aqui!

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Entrevistado: Pepeu Gomes.
Ocupação: Cantor e guitarrista.

CULTURA VIVA: O que representa, para você, fazer o solo de uma música na guitarra?
PEPEU GOMES: O solo, na verdade, é a parte mais importante da música porque eu não sou somente um intérprete, sou um solista e sou um guitarrista. Geralmente, as minhas canções têm a literatura, a letra, a mensagem e tem a parte musical que culmina no solo. Então, o solo é tão importante no meu trabalho quanto à poesia.

C.V.: De seu sucesso nos anos 80, de que você mais tem saudade?
P.G.: Na verdade, eu não tenho saudade de muita coisa porque eu não vivo muito de flash-back. Acho que os anos 80 tem importância até hoje por ter sido os “anos 80”. No entanto, tem muita coisa voltando a imitar os anos 80, mas eu não tenho saudade de nada: eu acho que, muito pelo contrário, hoje, a gente tem muito mais liberdade do que em 80 porque a gente tinha a ditadura e o regime que a gente vivia, no Brasil, era muito pesado. Hoje não existe censura, nenhum tipo de discriminação musical e poética. Eu acho muito melhor.

C.V.: Como você avalia sua carreira hoje?
P.G.: Na verdade, eu me considero um artista consciente porque depois de 30 anos de carreira, você sabe aonde chegou e aonde pode chegar, quer dizer, o que você fez e o que você pode fazer ainda. A música continua viva na minha vida, na minha alma, no meu objetivo de vida. Para mim, estou continuando. Não estou preocupado com o tempo, estou preocupado em deixar obras de boa qualidade para que sirva de referência para os novos artistas.

Foto: Edson Soares.

Administrador de Empresas desenvolve talento pela arte literária e fotográfica

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O Administrador de Empresas José Araújo, 55 anos, traz uma bagagem de 30 anos de trabalho “duro e constante” – como ele mesmo diz – em instituições financeiras e jurídicas em São Paulo, intercalados com sua paixão pela literatura e pela fotografia que, além de ser o que realmente gosto de fazer, completa: “elas são minha válvula de escape devido ao stress do dia a dia”. Por isso, o administrador se tornou escritor e fotógrafo. Uma paixão que revelou mais um talento no profissional. E, focado nesse assunto, Araújo conta para o “Cultura Viva” como desenvolve seus trabalhos literários e fotográficos. Acompanhe!

CULTURA VIVA: Qual a sua maior preocupação quando vai preparar um livro?
JOSÉ ARAÚJO: Na verdade, tudo que escrevo é com o intuito de levar o leitor à reflexão sobre nós mesmos e tudo o que há à nossa volta. Em meus textos eu falo de sensações e sentimentos humanos, pois são assuntos que tocam a todos de alguma forma. É um fato interessante porque, ao ler meus textos, o leitor sente-se como se eu estivesse falando dele mesmo e, na minha opinião, isto acontece porque de alguma forma somos todos iguais. Muitos de meus contos têm a ver comigo e com as pessoas que passam pela minha vida, e posso afirmar que em todos aqueles que já conheci durante minha caminhada, de alguma forma, em algum grau, eu sempre enxerguei a mim mesmo. Então, a minha maior preocupação ao escrever é fornecer em meus contos, um conteúdo que possa, de alguma forma, tocar o coração do leitor para fazê-lo refletir, principalmente sobre nossas atitudes para com nossos semelhantes e para conosco também. Alguns dizem que em determinados momentos, sentem-se como se estivessem se olhando num espelho, vendo a sua própria imagem. Se eu conseguir tocar de forma positiva o coração do leitor, nem que seja um leve toque, já me sinto realizado, me dou por feliz.

C.V.: Como seus livros surgem?
J.A.: Simples. A inspiração vem naturalmente com o que acontece no cotidiano de nossas vidas. Basta observar o tempo, suas mudanças, o vento, o sol, o mar, a lua ou uma noite estrelada. Existe uma infinidade de coisas que nos rodeiam e que estão dentro de nós mesmos que me inspiram na criação de um conto.

C.V.: São premeditados ou a idéia vem, você joga para o papel e depois trabalha melhor a questão?
J.A.: Não são premeditados. Estas ocasiões são raras. A “idéia” vem num estalo. Sento-me em frente ao meu companheiro de trabalho, começo a digitar e quando termino, nem eu mesmo acredito que fui eu quem escreveu. Tudo vem numa seqüência que às vezes me espanta, mas sinto um bem-estar imenso quando estou nesta fase de “transe”, usando meus dedos e o teclado de meu companheiro (o computador) para expressar aquilo que no fundo, no fundo, está guardado dentro de meu coração.

C.V.: Seus livros retratam ficção ou realidade?
J.A.: Apesar de eu usar muito a associação de seres mitológicos, animais e até objetos para passar ao leitor, aquilo que tenho a intenção de dizer em cada linha de meus textos e até mesmo nas entrelinhas, há muito mais realidade do que propriamente ficção.

C.V.: Contos – sua especialidade – tratam do cotidiano?
J.A.: Sim. Pelo menos os que eu escrevo tratam do cotidiano, tratam da mente, do coração, do amor, dos sentimentos humanos e dele mesmo, em cada sentença.

C.V.: Como analisa o mercado literário no Brasil?
J.A.: Em ascensão. Há décadas atrás ele estava estagnado. Os livros eram de difícil acesso à maioria da população, mas hoje, com a era digital, com preços mais acessíveis, é comum ver-se leitores em todo canto. No metrô, ônibus, bancos de praças, nas áreas de lazer dos Shoppings Center, enfim, em todo lugar, até na internet , onde hoje se encontram coisas muito boas para ser ler, e de graça. É um mercado altamente promissor, mas para o escritor nacional ainda é um tanto difícil conseguir publicação e publicidade porque ainda há prioridade para os Best Sellers internacionais.

C.V.: O brasileiro tem sede pela leitura?
J.A.: Posso dizer que sim. Hoje me dia são poucos os que dizem que não gostam de ler. Conheço muitos que lêem um livro por semana, às vezes, até mais. Isto é possível de se comprovar, basta perguntar para um qualquer, dentre milhares que são usuários do metrô de São Paulo que lêem dia após dia, indo e voltando do trabalho. Na Feira do Livro realizada no Pavilhão do Anhembi em São Paulo, houve praticamente uma corrida ao ouro. A quantidade de visitantes da feira superou todas as expectativas e de longe! Para eu que estive lá autografando o livro onde foi publicado um de meus contos, foi uma grande alegria porque havia leitores de todas as idades e o interesse deles era real. Eles estavam lá porque queriam ter a oportunidade de adquirir bons materiais para ler.

C.V.: Governo e sociedade apóiam iniciativas literárias?
J.A.: O governo faz a sua parte e poderia fazer muito mais, mas a sociedade deveria dar mais valor e importância aos eventos literários, ao incentivo aos jovens. São ainda poucos os que vão ao lançamento de livro, a uma noite de autógrafos.

C.V.: Como um pai ou uma mãe podem perceber que seu filho tem dotes para ser um escritor, no futuro?
J.A.: É difícil dizer algo de concreto nesta sua questão. Um escritor pode surgir de seu esconderijo interno desde a mais tenra infância ou até mesmo na terceira idade. Escrever é um estado de espírito. É um estado de alma. Para mim, não é uma questão de ter ou não dotes para tal.

C.V.: Além de escrever, você também tem paixão por Fotografias. Quando surgiu esse desejo ardente?
J.A.: Bem, a paixão por fotografias começou muito cedo. Eu adorava ver os fotógrafos Lambe-Lambe do Parque da Luz em São Paulo. Um dia, eu pedi uma câmera de presente e ganhei. Eu era ainda pequenino, mas aprendi a fotografar com os olhos do coração.

C.V.: Há temas ou ângulos específicos para suas lentes?
J.A.: Não. Não há temas ou ângulos específicos para minhas lentes. Quando saio numa jornada fotográfica, deixo acontecer. Os olhos transmitem ao cérebro as imagens que encontro, mas quem as focaliza e fotografa é meu coração.

C.V.: No seu caso, texto e foto se complementam?
J.A.: Não posso dizer nem que sim, nem que não. Há momentos em que utilizo uma foto para ilustrar um determinado conto, mas em outros, não vejo esta necessidade, apenas publico as fotos com meus textos como uma maneira de divulgá-las também. Procuro fazer o leitor fechar os olhos e imaginar os cenários e personagens de minhas humildes criações do jeito que lhes vier à mente.

C.V.: Photoshop. A ilusão colabora ou atrapalha a imaginação?
J.A.: Hoje em dia, nenhum fotógrafo vive mais sem o Photoshop. Quando se trabalha com fotografias, é comum corrermos o risco de perder a imagem do ano por um pequeno defeito no enquadramento, na focagem, na luminosidade e então, a gente corrige o defeito e faz a imaginação colaborar para a ilusão de realidade.

C.V.: Em quais sites seus trabalhos em textos e em fotos podem ser observados pelo público?
J.A.: Você pode ler meus contos no site http://imagens-e-reflexoes.blogspot.com/ e minhas fotografias estão expostas no http://www.olhares.com/artesjaraujo

Foto: Arquivo pessoal de José Araújo

POEMA DE NATAL

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PAI, FELIZ NATAL!

Tantos anos já se passaram
Que nem sei quantos
Mas a dor da saudade,
Esta nunca passa
Pai, você... Perdão... O senhor, nunca passará
E enquanto um sopro de vida
Em mim houver, tua presença
Será uma constância em meu existir!
Esta tua filha saudosa, pai,
Ainda chora quando pensa no quanto fomos amigos
Quando lembra do senhor
A fazer brincadeiras ou
Aconselhando, corrigindo com amor, mas severo...
Pai, é estranho saber que não
Estás mais aqui quando tudo
Me diz que o senhor não partiu;
Que o triste e decisivo adeus
Aqui na terra, nunca existiu...
Pai amado, venero com ardor
Tua memória, guardo dentro
Do meu peito tuas belas lições
De amor, humildade, perseverança e crença no “porvir” que vindo
Já não mais te encontrou...
Só a mim; agora, mais desiludida, sofrida, saudosa e chorosa
Sem esperança; (esta também já se foi de caridosa)...
Pai, está chegando o Natal...
Mais um sem o senhor que tão bem sabia reproduzir esta data para nós...
Pai, está doendo tanto, tanto que com os olhos
Marejados e o coração partido
Nem consigo ler o que escrevo.
Uma grande névoa povoa o meu rosto já cansado;
É mais um Natal sem o senhor ao meu lado
O senhor está com Deus, que de ti precisou;
Festejam juntos contigo outros pais agora, e eu aqui, sozinha
Com ninguém posso festejar...
Porém, mesmo triste, reconheço minha mesquinhez, queria tê-lo ainda comigo!
Viver sem a quem se ama é um grande castigo...
Pai, ainda nos encontraremos uma vez e, quando isto acontecer, que felicidade e alegria!
Festejaremos, então, juntos o Natal de Jesus
Que renascendo, nos traz também
Nova vida; então, tudo que hoje sinto
Será lembrança banal; e eu lhe direi
Sorrindo feliz:
__ Pai, Feliz Natal!

Jerandianna Figueiredo
Poetisa

Foto: Edson Soares

PAULO COELHO NO 'CULTURA VIVA'

20 dezembro 2008 |


O escritor Paulo Coelho e sua equipe de trabalho enviou um e-mail para o jornalista Edson Soares desejando felicitações. "Feliz Natal e um Ano Novo com muitas realizações são meus sinceros desejos. Como maneira de agradecer o apoio recebido em 2008, estou enviando o conto de Natal que escrevi para as colunas que tenho em diversos jornais do mundo a exemplo dos anos anteriores. Um grande abraço, Paulo Coelho", finalizou.

Confira:

A música que vinha da casa

Como sempre fazia na véspera de Natal, o rei convidou o primeiro ministro para um passeio. Gostava de ver como enfeitavam as ruas – mas para evitar que os súditos exagerassem nos gastos com o objetivo de agradá-lo, os dois sempre se disfarçavam com roupas de comerciantes que vinham de terras distantes.

Caminharam pelo centro, admirando as guirlandas de luz, os pinheiros, as velas acesas nos degraus das casas, as barracas que vendiam presentes, os homens, mulheres e crianças que saiam apressados para juntar-se a seus parentes e celebrarem aquela noite em torno de uma mesa farta.

No caminho de volta, passaram pelo bairro mais pobre; ali o ambiente era completamente distinto. Nada de luzes, velas, ou o cheiro gostoso de comida pronta para ser servida. Não se via quase ninguém na rua, e como fazia todos os anos, o rei comentou com o ministro que precisava prestar mais atenção aos pobres do seu reino. O ministro acenou positivamente com a cabeça, sabendo que em breve o assunto estaria de novo esquecido, enterrado na burocracia cotidiana, aprovação de orçamentos, discussões com emissários estrangeiros.

De repente, notaram que de uma das casas mais pobres vinha o som de uma música. O barraco mal construído, com várias frestas entre as madeiras apodrecidas, permitia que vissem o que se passava lá dentro, e era uma cena completamente absurda: um velho em uma cadeira de rodas que parecia chorar, uma jovem completamente careca que dançava, e um rapaz de olhar triste que tocava um tamborim e cantava uma canção do folclore popular.

- Vou ver o que está acontecendo – disse o rei.

Bateu à porta. O jovem interrompeu a música e veio atender.

- Somos mercadores em busca de um lugar para dormir. Escutamos a música, vimos que ainda estão acordados, e gostaria de saber se podemos passar a noite aqui.

- Os senhores encontrarão abrigo em algum hotel da cidade. Infelizmente não podemos ajudá-los; apesar da música, esta casa está cheia de tristeza e sofrimento.

- E podemos saber por que?

- Por minha causa – era o velho na cadeira de rodas que falava. – Durante toda a minha vida, procurei educar meu filho para que aprendesse caligrafia, de modo a ser um dos escribas do palácio. Entretanto, os anos se passavam e as novas inscrições para o cargo jamais foram abertas. Até que esta noite tive um sonho estúpido: um anjo aparecia e me pedia para que comprasse uma taça de prata, já que o rei iria me visitar, beber um pouco, e conseguir emprego para o meu filho.

“A presença do anjo era tão convincente que resolvi seguir o que dizia. Como não temos dinheiro, minha nora foi hoje de manhã até o mercado, vendeu seus cabelos, e compramos esta taça que está ai na frente. Agora eles tentam me alegrar, cantando e dançando porque é Natal, mas é inútil”.

O rei viu a taça de prata, pediu que servissem um pouco de água porque estava com sede, e antes de partir, comentou com a família:

- Que coincidência! Hoje mesmo estivemos com o primeiro ministro, e ele nos disse que as inscrições seriam abertas na semana que vem.

O velho acenou com a cabeça, sem acreditar muito no que ouvia, e despediu-se dos estrangeiros. Mas no dia seguinte, uma proclamação real foi lida por todas as ruas da cidade; procuravam um novo escriba para a corte. Na data marcada, o salão de audiências estava cheio de gente, ansiosa para competir por tão cobiçado cargo. O primeiro ministro entrou, pediu que todos preparassem seus blocos e canetas:

- Eis o tema da dissertação: por que um velho homem chora, uma mulher careca dança, e um rapaz triste canta?

Um murmúrio de espanto percorreu toda a sala: ninguém sabia contar uma história como essa! Exceto um jovem com roupas humildes, em um dos cantos da sala, que abriu um largo sorriso e começou a escrever.

(baseado em um conto indiano)

Foto: Internet

QUEM INDICA O QUÊ - GISELE BÜNDCHEN

14 dezembro 2008 |


QUEM? Gisele Bündchen.
OCUPAÇÃO: Modelo.
INDICA O QUÊ? O livro “O Enigma da mudança - Mudar é romper”, do autor Valdir R. Bündchen e Jacob Petry.
SUA OPINIÃO: Um livro de fácil leitura, com mensagens interessantes sobre a vida. Inclusive, tem uma frase que gosto bastante: “...embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

Foto: Márcio Mercante.


Ela é a estrela das manhãs na Rede Globo... Por muitos anos transformou algumas donas-de-casa em verdadeiras “chefs de cozinha”... O talento, a simplicidade e a forma carinhosa como abraça o público a destaca entre as demais apresentadoras... Ana Maria Braga: uma mulher de fibra e uma profissional incrível. Por isso e muito mais, ela também vem participar da história do nosso “Cultura Viva”. Valeu, Ana, pelo carinho!


CULTURA VIVA: Ana, você teve alguma dificuldade para fazer um programa ao vivo, num horário tão cedo, como o "Mais Você", no início? A que alega sua resposta?
ANA MARIA: Confesso que a adaptação logo no início não foi das mais fáceis. Acordar diariamente às 5h da manhã é um pouco complicado. Mas hoje estou superadaptada. Aqui no Rio então fica mais fácil, porque não faz aquelas manhãs tão frias como em São Paulo.

C.V.: De todas as receitas que já ensinou no programa, qual a que mais te marcou, por alguns motivos específicos?
A.M.: Infelizmente não tenho uma receita preferida, a cada programa apresentamos receitas incríveis e deliciosas. A cada programa descubro um novo sabor, uma nova fórmula enfim a alquimia da gastronomia me permite conhecer os sabores do mundo nas receitas mais diferentes e saborosas que as pessoas criam.

C.V.: Como uma das principais apresentadoras do “Criança Esperança”, dá para traduzir o que sente ao comandar uma festa tão linda e séria, simultaneamente?
A.M.:Sinto me uma pessoa privilegiada e agradeço a Rede Globo por me convidar para colaborar com o Criança Esperança todos este anos. Poder ajudar, cedendo a imagem, é muito gratificante.

C.V.: O “Mais Você” agora, trouxe algo interessante: um quadro romântico. Por que preferiu destacar a questão no programa? Como tem sido a receptividade do público com a novidade?
A.M.: A receptividade do público às novidades do programa tem sido muito boa. Com a vinda para o Rio de Janeiro, o Mais Você ganhou mais dinâmica e agora tem um estúdio próprio, onde pode investir em games e receber convidados. Estamos sempre em busca de novidades e prova disso são os diferentes quadros que já apresentamos como " Agora Vai!", "Me Garanto" e "Guerra dos Bebês". Criamos os games-realities pensando no público jovem que nos acompanha e a repercussão tem sido tão boa que daremos continuidade a este formato, com a estréia do "Super Chef", prevista para setembro. O "Agora Vai!”, busca mostrar a personalidade e o estilo de vida dos candidatos, para que a pessoa saiba identificar se realmente o outro combina com ela. Não é apenas o físico que conta, apesar da química fazer diferença. Mostramos o quarto dos candidatos, sem falar qual deles é o dono, fazemos uma conversa com a sogra e possibilitamos, assim, que a pessoa conheça mais a fundo como é a vida do participante. O quadro vai além do bate-papo, há um movimento muito interessante e divertido no quadro.

C.V.: O novo quadro do programa tem ajudado casais? Já existem manifestações dos telespectadores no tocante a isso?
O que acho mais interessante no quadro Agora Vai é a busca verdadeira para encontrar uma pessoa especial. A Catarina e a Marianna, assim como outras participantes, queriam mesmo se envolver e me procuraram várias vezes para confessar suas dúvidas e suas certezas. Esse envolvimento é bem bacana. A vontade de ter alguém vai crescendo com o passar da semana, ninguém quer ficar sozinho. O importante é não ter vergonha de ser feliz.

Foto: Divulgação.
***Entrevista publicada na edição nº 22 (Setembro/2008) do jornal "Cultura Viva"

Desde os tempos de Hipócrates... Massagem... Para que te quero?

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Nos dias corridos e estressantes em que vivemos, a massagem pode aliviar as tensões do trabalho e as pressões domésticas. O ser humano é tão sensível que o simples ponto de contato pode lhe devolver o equilíbrio para encarar a vida, de acordo com o massoterapeuta Adalberto Soares, 45 anos. “A Massagem é uma técnica natural, restabelecedora do equilíbrio físico e psíquico. Estimulando a circulação sanguínea e linfática, proporciona relaxamento, oxigenação e nutrição das células, além de desintoxicar o organismo e descarregar as tensões”, informou.
Num tracejo histórico, Adalberto ensina que a palavra “massagem” é de origem grega e significa “amassar”. Sua história é tão antiga quanto à do homem. Na pré-história, a medicina tribal era feita com o emprego das mãos pelos pajés. A literatura chinesa registra que a massagem era usada como método curativo desde 3.000 a.C. passando por várias fases até a atualidade. Na Idade Média, superstições religiosas e as guerras inibiram sua utilização nas Instituições de Saúde Européias, relegando sua prática a pessoas leigas, pois até então era normalmente ensinada por médicos e fazia parte dos tratamentos em Instituições de Saúde, gozando de total credibilidade. Hipócrates, pai da medicina, fez uso de suas propriedades terapêuticas. “O excesso de propaganda enganosa, a formação não tão qualificada, outras irregularidades e até mesmo a chegada de aparelhos elétricos, como massageadores vibratórios, contribuíram para seu declínio. Após a Primeira Grande Guerra, já no século XX, retorna com um pouco de prestígio. Pesquisas, estudos e trabalhos significativos, no decorrer deste século, contribuíram de forma significativa por seu desenvolvimento. Hoje, já no século XXI, a Massagem está invadindo praias, spas, clínicas e empresas, sendo considerada uma das cinco áreas mais populares da medicina natural ou complementar. A capacitação profissional abrirá um grande campo de trabalho, com outros profissionais, visando a saúde do ser humano, bem como de outros animais”, avaliou.
Dentre os principais tipos de massagens, a mais tradicional é a Sueca, segundo o especialista. “Funciona, basicamente, com seis manobras: Deslizamento, Fricção, Amassamento, Percussão, Vibração e Movimentação. Além disso, se divide em Terapêutica, Desportiva, Relaxante e Estética/Modeladora”, detalhou.
Porém, a mais procurada, hoje, seja a Drenagem Linfática. O massoterapeuta explica que esta auxilia na circulação de retorno e na drenagem de líquidos. “É nessa massagem, principalmente, que as pessoas procuram o milagre de sua recuperação estética. Milagres estes, às vezes, apregoado por ‘profissionais’”.
Quanto ao custo, Adalberto diz que a massagem para quem deseja fazê-la regularmente, tem valor relativo, depende da freqüência e do local (Zonas Sul, Norte, etc.), e a faixa etária é um caso a analisar. “A criança só poderá receber massagem se houver prescrição médica, e os adultos, também, em casos terapêuticos. A Massagem Relaxante, em adultos, é livre, desde que o profissional esteja atento e faça uma anamnese, ou seja, procure informações ou históricos dos antecedentes de uma doença, o que deve ser feito sempre”, orientou.
Ele alerta que existem casos de doenças ou locais onde ocorrem dores, regularmente, em que os médicos indicam a massagem, inclusive, alguns também se beneficiam com seus efeitos, recebendo massagens regularmente. A queixa mais freqüente é a tensão na região cervical, conforme o massoterapeuta.
Atualmente, Adalberto Soares atende seus pacientes em domicílio. Basta agendar um horário pelo telefone (21) 8808-7368.

Foto: Edson Soares

E O NATAL CHEGOU! - EDSON SOARES

12 dezembro 2008 |


Mais um ano se finda e, antes de seu término, comemoramos o Natal. É maravilhoso perceber a harmonia que invade o coração das pessoas nessa época. Mesmo as mais insensíveis se tornam amenas, pacientes, amorosas. Os corações endurecidos amolecem através de um simples sorriso. O orgulho e o egoísmo cedem espaço para o compartilhamento, e o que foi único durante o ano todo, passa a ser comum, sem reservas nem barreiras... Fronteiras não existem: jogam por terra os muros que separam as divisas e todos falam uma só língua, a língua da paz, e entoam uma só canção com um só refrão... “Feliz Natal!”. Pena que é só por uma semana, um ou dois dias, mas pelo menos, prova que todo ser humano é vulnerável às questões essenciais da vida que são importantes para preservação da boa convivência.
Nesse momento, os cristãos celebram o aniversário de Jesus – o Rei dos reis e Senhor dos senhores – a Ele a honra, a glória e o louvor! Entregam a Ele o domínio e o controle de suas vidas; pedem por si, pelos seus e pelo mundo – não há singularismo, tudo apela para o pluralismo. Que coisa boa!
Faça um Natal diferente: preserve esse bom costume. E, a fim de atingir outros, perdure esses bons sentimentos por todos os dias do ano vindouro. Quem sabe, assim, mais pessoas percebam suas atitudes e gestos pacíficos e tentem copiar. Vai lá se isso contagia o planeta... Já pensou? No ano que vem, teremos o Natal dos Natais e as manchetes dos jornais anunciarão: “A terra mantém atitudes de paz e de fé que já pratica costumeiramente”. Esse é um sonho possível de se viver, basta o homem querer.

ARTE ORIENTAL EM EXPOSIÇÃO NO MUSEU HISTÓRICO NACIONAL

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Em cartaz até novembro de 2009, no Museu Histórico Nacional, a exposição "A Sedução do Oriente: A arte asiática na coleção do MHN”, marcando a realização de uma grande mostra anual com acervo da própria instituição, com o objetivo de dinamizar as coleções em reserva técnica e propiciar ao público a oportunidade de apreciar relevantes conjuntos de peças que servem de fonte de estudos e induzem à reflexão sobre a nossa história.

A exposição “A Sedução do Oriente: A arte asiática na coleção do MHN”, que estará aberta ao público até novembro de 2009, reúne peças provenientes de diversas regiões – China, Japão, Coréia, Índia e até mesmo da antiga Pérsia (atual Irã) – que, de inegável valor estético e histórico, expressam o fascínio e a curiosidade que as civilizações do Oriente exercem sobre o Brasil desde o período colonial.

A exposição está dividida em módulos temáticos, a saber: arte (esculturas, pinturas e gravuras); religião (esculturas religiosas, vasos e incensários de templos); indumentária e acessórios (trajes, jóias,leques, quimonos etc); numismática; armaria e objetos de interiores (serviços de mesa, peças decorativas).

Destaque para a coleção de vestimentas, entre as quais o traje formal de corte (chaofu) do Imperador da China, além de acessórios curiosos, como o par de sapatos em seda preta e branca, bordado a fios de ouro e prata, usado pelas damas chinesas de alta classe social, que tinham os pés deformados na infância, e exemplares do "Netsukê" em marfim, peça muito rara usada para prender objetos ao cinto do quimono.

Interessante, ainda, o originalíssimo serviço de mesa que pertenceu ao Barão de Massambará, Marcelino de Avelar e Almeida, composto de 154 peças, cada uma com decoração própria ligada a temas da vida em ambientes de jardins palacianos. Outro objeto de destaque é o tabuleiro de xadrez em madeira laqueada que pertenceu ao Imperador D. Pedro I, cujas peças em marfim natural têm características européias, enquanto as pintadas em vermelho, orientais. Outras peças que merecem atenção são a ventarola de chifre rendilhado, mostrando uma figura do teatro de marionetes javanês; o panneau bordado em algodão e seda, representando Fênix - símbolo da imperatriz chinesa - a máscara de personagem feminina do teatro NOH (Japão feudal) - e o travesseiro-apoio em madeira laqueada e cetim, usado pela gueixa japonesa, cuja cabeleira elaborada não podia desmanchar-se ao dormir. Entre os objetos religiosos, uma escultura do Buda Amida, imerso em profunda meditação.

A exposição ficará aberta ao público até novembro de 2009.

A arte asiática, segundo o curador da exposição, o museólogo Jorge Cordeiro:

Durante o período colonial, e até meados do século XX, foi grande o fascínio que as civilizações asiáticas exerceram no Brasil, refletindo uma tendência que já existia na Europa. A filosofia, as artes, as religiões, enfim, toda a vasta e milenar cultura oriental sempre foi motivo de curiosidade e de especulação, em que pesem as diferenças abissais entre o Ocidente moderno e o Oriente tradicional. Seja o gosto pelo inusitado e pelo surpreendente, que está na origem da curiosidade humana, seja pela inegável beleza das peças orientais, o fato é que a elite brasileira se mostrou verdadeiramente deslumbrada pela expressão oriental. E não só pelo que procedia diretamente daqueles países longínquos, mas também pelos artigos oriundos da Europa, e que se enquadravam na filiação artística denominada chinoiserie - interpretação ocidental dos estilos chineses trazidos pelos viajantes europeus. Se, por um lado, deu-se, a partir do século XIX, uma relativa ocidentalização do Oriente, com o ônus da invasão do consumo de massa, por outro, abriu-se para o Ocidente, um maior aprofundamento da compreensão do pensamento oriental. Acontecimento que influenciou tanto a conduta individual como a comunidade acadêmica a aprofundar-se nos estudos orientais. No Brasil contemporâneo, esta influência ainda é comprovadamente significativa, sobretudo nos campos da gastronomia, da arquitetura e das artes plásticas.


Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Âncora s/n Centro
Próximo à Praça XV
www.museuhistoriconacional.com.br
mhn02@visualnet.com.br
Telefone: 21-25509220

Aberto ao público de 3º a 6º feira, das 10h às 17h30 e aos sábados, domingos e feriados (exceto Natal, Ano Novo, Carnaval e dias de eleições), das 14h às 18h. Não abrimos ao público nas segundas feiras, mesmo que seja feriado.

Ingresso para exposições do Museu Histórico Nacional:
R$ 6,00 (seis reais)
Estão isentos de pagamento (mediante comprovação): crianças até cinco anos de idade; sócios do ICOM-International Council of Museum; funcionários do IPHAN; alunos e professores das escolas públicas federais, estaduais e municipais; brasileiros maiores de 65 anos; guias de turismo e estudantes de museologia. Alunos agendados da rede particular de ensino e brasileiros maiores de 60 anos e menores de 65 anos pagam a metade do valor. Aos domingos, a entrada é franca.

NO ENTANTO:

Para visitar a exposição internacional e temporária "Corpo Humano: Real e Fascinante", aberta ao público de 27 de setembro a 14 de dezembro de 2008, é necessário adquirir ingresso diferenciado nos seguintes valores: R$ 40,00 e R$ 20,00 (estudantes e terceira idade). Esse ingresso dá direito de visitar as demais exposições em cartaz. Mais informações pelo telefone 40031212 ou no site www.ingressorapido.com.br Não há gratuidade para essa exposição, nem mesmo no domingo.

Durante o período da exposição "Corpo Humano: Real e Fascinante" , o Museu Histórico Nacional estará aberto excepcionalmente de terca a domingo, das 10h às 18h. Última entrada para a exposição às 17h15m. Agendamento para grupos escolares através do telefone 11-3883-9090 ou do e-mail atendimento@divertecultural.com.br


Legenda da foto:

De 14 de novembro a 1 de novembro de 2009 :
Exposição "Sedução do Oriente: A Arte asiática do Museu Histórico Nacional"

Barco a remo
Em madeira, marfim e madrepérola, Japão, século XVIII.
Estatueta representando um barco com dois remadores.
Foto: Paulo Sheuenstuhl

Consultor em Educação analisa atual momento no Brasil

11 dezembro 2008 |


O consultor Ricado Aldana, 37 anos, considera a Educação como a chave para o desenvolvimento e a melhoria de vida. Especialista na área de Educação, acredita que nem governo nem sociedade tem a Educação como prioridade. Segundo ele, em uma recente pesquisa, o Ibope identificou que Educação é a quinta preocupação do brasileiro, atrás de Segurança, Saúde, Emprego e Corrupção. “Na verdade, a Educação é a base para resolvermos todos os outros problemas, e apenas quando dermos a ela a devida atenção, o Brasil vai deixar de ser o país do futuro para ser o país no presente”, enfatiza.
Em entrevista ao “Cultura Viva”, Aldana fala sobre Analfabetismo, Sistema Universitário, dentre outros assuntos relacionados. Confira!

CULTURA VIVA: Com relação ao Analfabetismo, você conseguiria dar, pelo menos, uma dica que de repente poderia ser viável para sua erradicação?
RICARDO ALDANA: Estímulo e apoio aos milhares de projetos de grupos, ONGs, escolas e da sociedade civil nesse sentido. É um trabalho de formiguinha, mas que vem apresentando resultados.

C.V.: O brasileiro valoriza a leitura?
R.A.: Não, se compararmos com nossos vizinhos, como Chile, Argentina e até mesmo Cuba. Mas, muito disso é por conta da renda da grande massa.

C.V.: Se compararmos o Brasil com nossos vizinhos Argentina, Chile e Uruguai, o país perde em algum quesito no campo “Educação”?
R.A.: Nossas realidades sociais são bastante distintas. Enquanto nesses países a formação predominante européia sempre valorizou a Educação, no Brasil sempre enfrentamos as dificuldades na valorização da mesma. Só que temos que observar que nunca é tarde para começar. A Coréia, a China e até mesmo o Vietnan estão nos mostrando que se pode dar grandes saltos de desenvolvimento quando se valoriza a Educação.

C.V.: Sistema Universitário. Você concorda com o vestibular? O considera honesto? E a cota para negros em universidades, não enxerga como preconceito?
R.A.: A idéia do vestibular é importante, pois é necessário se avaliar a capacidade que uma pessoa tem para enfrentar uma universidade, mas o Enem tem mostrado que existem alternativas viáveis para acesso à universidade. Quanto às cotas, creio que precisemos analisar a questão mais detalhadamente. Por um lado, vejo com preocupação a segregação de qualquer coisa que seja em função da raça, seja ela qual for. Acho que em primeiro lugar o estado deveria oferecer educação básica de qualidade para colocar todos, negros, brancos, ídios, asiáticos em condição de igualdade, não só para o vestibular, mas para a vida. Quanto aos talentos, me preocupa mais a condição social do que a cor. Melhor do que cotas para negros, acho que o Governo deveria investir em bolsas de estudo e ajuda de custo para alunos sem recursos financeiros, seja de que raça eles fossem.

C.V.: Qual a sua maior atuação na área educaional no momento?
R.A.: Atualmente, meu foco tem se concetrado em educação corporativa: treinamento em projetos específicos para empresas ou organizações. Percebemos que nosso sistema educacional não forma para o mercado de trabalho, e o déficit de competências é imenso. Muitas empresas e organizações têm investido pesado para treinar seus profissionais a fim de reduzir essas deficiências, e nisso reside a maior parte do meu tempo hoje, além da pesquisa.

C.V.: Em seu Blog http://www.ra1.com.br/blog, discute assuntos de importância nacional e a forma como conduz seus textos informa, alerta, adverte e convida o leitor (internauta) à reflexão dos assuntos. Há uma estratégia específica para isso? Sinceramente, qual sua maior intenção, quando analisa um fato?
R.A.: Provocar (risos). Eu adoro provocar. Acho que Educação é mais do que ensinar, é antes formar seres críticos, capazes de pensar suas condições e implementar as mudanças necessárias. No meu blog eu misturo assuntos diferentes como música, filmes, livros, política, esporte e economia para mostrar para o leitor médio que não importa quem ele é, ele tem que pensar, refletir e agir para a vida. Se meu blog conseguir ajudar o Zé Pedreiro a pensar sobre a crise econômica mundial e como isso afeta a vida dele, vitória!

Diretor de cinema brasileiro tem carreira premiada no exterior

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Para quem sempre teve “queda” pelo mundo das artes, o diretor de cinema Adriano Carlos, 26 anos, iniciou bem a carreira. Se tornou profissional com trabalho reconhecido em 2004, quando estreou o musical infantil “Ali onde Judas perdeu as botas”, na cidade de Boston, em Massachusetts (Estados Unidos), com texto e direção de Edel Holz.
Na verdade, sua primeira produção foi em 2006 com co-direção do cineasta italiano Michelangelo Antonione no curta “Amore Amore” - um drama baseado na vida de um dos maiores pintores renascentistas, Leonardo da Vinci. “O filme conta toda a trajetória de sua vida, bem como também os conflitos e amores acometidos da época. O curta procura mostrar, ainda, a simplicidade e a criatividade de Da Vinci no quesito ‘Multiplicidade de Talentos’”, explica.
Sua trajetória se desdobra em trabalhos dignos de prêmios, como “Tal pai, tal filhas” - uma adaptação baseada na comédia de Shakespeare “Como gostais”. “Trabalhei com grandes atores em Boston. Nosso querido Lucas Constante, também Shariane Hillier, Luis Salém e Stênio Garcia”, detalha.
Como reconhecimento de seu empenho e comprometimento com a produção da arte, Carlos acabou de receber o prêmio “Talento Brasil Gold Star”, como Melhor Roteiro e Fotografia no filme “Eu te amo, meu Brasil”, concedido pelo Banco do Brasil e Rede Globo Internacional. “Uma estória baseada na vida de dois adolesentes filhos de imigrantes, onde ambos lutam pelo amor incondicional pelo Brasil indo contra seus pais, que não permitem tal ‘adoração’ por acreditarem que o país é uma terra que nunca deu frutos e oportunidades aos seus compatriotas. Esse filme traduz o sentimento e mostra o universo deles ao país de origem, Brasil”, conta.
Como especialista, o jovem diretor nunca teve oportundiade de produzir filmes no Brasil. “Amigos meus dizem que é muito sacrificante e, acima de tudo, frustrante”, destaca. “As leis de incentivo estão aí para ajudar o diretor, o produtor... Mas, de que adianta tais leis? Para conseguí-las, você tem de enfrentar uma maratona, puxar um saco grande, se humilhar para conseguir a verba; a não ser que você tenha um Q.I. e pronto: tudo está resolvido. É uma vergonha!”, protesta.
Para ele, o cinema não tem sido tratado como uma Atividade Econômica e, sim, como um Mecenato. “Nada tem sido feito de concreto no sentido de transformar isto numa Atividade Econômica, como já foi antigamente. A Ancine tem pouco poder. Os cineastas precisam de um apoio maior do Governo Brasileiro e acabar de uma vez por todas com favorecimento. Aí, sim, as fronteiras começarão a ser abertas”, analisa.
No tocante à Publicidade, carro-chefe de altas produções, o diretor observa que o empresário brasileiro acredita e investe no mercado cinematográfico. “Muitas produções foram custeadas com apoio de empresas. O empresário brasileiro sabe que disponibilizamos de mentes magníficas e criativas no mundo do cinema brasileiro, como Walter Salles, Hector Babenco, entre muitos outros. Ele sabe que, se a trama for impactante, envolvente de forma a prender a atenção do público, com certeza, renderá bons frutos ao seu nome à sua marca.”
“Mineiro da gema” – como ele mesmo se considera – Carlos, nasceu em Ipatinga (MG) e planeja para o primeiro semestre de 2009 a pré-produção de um longa que dará continuidade ao curta “Eu te amo, meu Brasil”, com cenas mais apuradas, elenco de primeira com belas locações na Ilha de Cape Cód, em Massachusetts. “Tudo gravado em alta definição”, promete. “E, atendendo o convite da atriz Shariane Hillier, eu assino a direção e o roteiro de um programa de TV a partir de março. Será uma opção televisiva com temas variados destinado ao público jovem”, adianta Adriano Carlos com exclusividade para o “Cultura Viva”.

Imigrantes brasileiras na Holanda têm vida retratada em livro

05 dezembro 2008 |


Depois de visitar a Holanda algumas vezes, Luciane Pinho de Almeida ficou bastante intrigada ao observar que o grupo de brasileiras que viviam naquele país aumentava e decidiu investigar a razão disso. O livro Para além das nossas fronteiras: mulheres brasileiras imigrantes na Holanda, lançamento da Editora Unesp, apresenta um retrato sobre o mundo das mulheres que encontraram no país uma nova chance de vida.

A autora traça relações entre a globalização e as correntes migratórias e, por meio de trechos de entrevistas concedidas por brasileiras residentes na Holanda, as explicações por deixar o Brasil aparecem, enquanto o novo cotidiano dessas mulheres vai se revelando. A busca por uma melhor condição de vida é a resposta mais corriqueira entre as entrevistadas quando questionadas sobre o motivo de irem viver na Europa.

A prostituição é abordada no livro, já que há mulheres que são enganadas com a falsa promessa de emprego no exterior. Como na Holanda a profissão é regularizada, o tráfico de mulheres se tornou freqüente e muitas – de diferentes nacionalidades – ao chegarem lá, acabam como escravas sexuais em regime integral.

As dificuldades enfrentadas pelas brasileiras também são relatadas por elas na obra. A barreira do idioma, juntamente com o inverno rigoroso são os principais obstáculos a serem driblados pelas imigrantes. A partir dos sinceros e despojados diálogos apresentados em Para além das nossas fronteiras, não é só o perfil das brasileiras que vai se formando, mas um retrato do que é a sociedade holandesa, suas diferenças e (poucas) semelhanças com o Brasil.
Sobre a autora – Luciane Pinho de Almeida é doutora em Serviço Social pela Unesp e bacharel em Serviço Social e Pedagogia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Desenvolveu diversos trabalhos de pesquisa sobre a questão das migrações internacionais de brasileiros. Hoje é professora nos cursos de Serviço Social e Pedagogia e diretora de Assuntos Comunitários da UCDB.

Título: Para além das nossas fronteiras: mulheres brasileiras imigrantes na Holanda
Autor: Luciane Pinho de Almeida
Número de páginas: 272
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 49
ISBN: 978-85-7139-858-0

Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelo site www.editoraunesp.com.br ou telefone (11) 3242-7171.

Mais de 300 pessoas “Saíram do Sofá” e aderiram a I Caminhada/ Corrida contra o Sedentarismo

03 dezembro 2008 |


Mais de 300 pessoas caminharam e correram contra o Sedentarismo no sábado, dia 22 de novembro, na I Caminhada/ Corrida contra o Sedentarismo. O evento reuniu crianças, adolescentes, idosos, maratonistas e, principalmente iniciantes que aderiram à campanha e participaram com a camiseta da iniciativa, em prol da saúde e qualidade de vida. O percurso de5 quilômetros no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, foi finalizado com uma mesa de frutas. “Todas as expectativas foram superadas. Esperávamos 100 pessoas e recebemos mais de 300. Isso mostra que a população começa realmente a se preocupar com atividade física e que o nosso grande objetivo está sendo alcançado”, diz Patricia Castellar Pirozzi, diretora-executiva da Triathon Academia, organizadora do evento.
Pelo sucesso deste ano, Patricia já tem planos para a II Caminhada/ Corrida contra o Sedentarismo, que acontecerá em 2009! “Temos certeza que essa é a primeira de muitas caminhadas em prol dessa causa que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Como profissionais do setor de saúde só temos a contribuir. Nosso objetivo é a responsabilidade social, demonstrada através da nossa missão e do comportamento ético de toda equipe de colaboradores e professores. Em breve, divulgaremos mais informações e a data do próximo evento”, finaliza.

Artista brasileiro vive fora do país por falta de oportunidade

02 dezembro 2008 |


O ator Lucas Constante, 39 anos, atua na profissão há 23. Começou a fazer teatro com 16 anos, em Sorocaba (SP). “Nasci para ser ator. O ar que respiro quer me ver feliz e atuando”, diz.
No Brasil, deu início à carreira com o espetáculo “Maria Terra Maria”, com a direção de Valdevino Martins que, segundo Constante, é um grande teatrólogo de Sorocaba. “Uma pessoa que adimiro pela garra e pela insistência em fazer teatro dentro de tanta dificuldade que temos”, ressalta. Depois, fez teatro com Mário Persico, Gill de Mello, Benão de Oliveira, Roberto Flores, e Roberto Gill de Camargo, “todos grandes batalhadores e excelentes profissionais”, na análise do ator. Muitos cursos e work-shops deram bagagens para ele. Fez Dança com a bailarina e coreógrafa Janice Vieira. Além de muitas apresentações, monólogos, etc. “O fato que mais marcou minha carreira foi o sofrimento que eu tinha em me manter fazendo o que amo, pois eu chorava muito por não poder viver do meu sonho, viver do que eu amava. Então, isso me marcou, pois era considerado doido ter que fazer teatro só aos finais de semana, mas mesmo assim segui. Os ensaios chegavam a varar a madrugada. Eu tinha sede de só fazer teatro, mas não foi possível”, revela.
Devido às constantes dificuldades em viver do teatro no Brasil, principalmente por não ter fonte de renda para manutenção de suas peças, Constante precisava tomar um novo rumo. Logo, o ator decidiu residir nos Estados Unidos para tentar melhorar sua situação financeira e, no futuro, voltar ao Brasil para viver do seu sonho. “A falta de oportunidade me fez sair do meu país”, desabafa. “Aqui é mais difícil ainda fazer teatro, pois tudo é muito caro, e os brasileiros que vivem aqui não estão ainda educados a ir ao teatro, mas, gracas a Deus, estamos, aos poucos, educando a ida dos mesmos ao teatro, a valorizarem a cultura. Acho que aqui temos um pouco mais de oportunidade, apesar da dificuldade”.
Constante não faz apenas teatro no local, também trabalha de segunda a sexta-feira em outra função, uma vez que ainda não foi possível viver do que tanto ama. “Mas acredito que logo chegará minha vez”, avisa.
O artista tem intenção de voltar a viver no Brasil daqui há 3 ou 4 anos, mas uma proposta, uma oportunidade de trabalho aqui o faria retornar imediatamente. “Gostaria de ser grato ao país que nasci recebendo uma oportunidade de eu mostrar o que sei fazer, o que amo fazer, que é atuar. Peço a Deus todos os dias para que alguém nesse país tão abençoado me enxergue, me dê uma chance, por menor que seja”, confessa.
Nos Estados Unidos, Constante faz teatro, comerciais para TV (Globo e Record), filmes como “Green Grass”, onde participou de vários testes para conseguir o papel (www.greengrassfilm.com), um filme americano onde vive um dos personagens principais, “The Date” - um outro filme americano, e “Sleather” - um longa americano. Entre as peças teatrais que já atuou, estão: “Brega é quem me diz”, com Sidney Magal no elenco, “Um Conto de Natal Brasileiro”, “As Estrelas”, “Cinderela - A estória que sua mãe não contou” e “O Grito de um Bastardo” (monólogo). Participou também do concurso “Talento Brasil”, onde haviam 4.000 inscritos, percorreu todos os estados dos Estados Unidos durante 8 meses e, finalmente, foram escolhidos os finalistas, que são 50 pessoas, e estará na Final no dia 6 de dezembro em Miami com o personagem “Chacrinha”. “Acho que a arte é valorizada por pessoas que tem sensibilidade e bom senso, que priorizam o talento dos artistas. Porém, há uma grande maioria com o poder nas mãos que não dão o valor que a arte merece, dando mais oportunidades a pessoas que tem um rostinho bonito, apenas. O sol nasce para todos”, acredita. “Quem desejar me contratar para TV, cinema, teatro... Estou à disposição, quero ter oportunidade aí no Brasil. Meu e-mail para contato é usaforall@hotmail.com. Alguns trabalhos podem ser vistos no meu orkut “Ator-Lucas Constante”.
O ator deu essa entrevista exlcusiva ao “Cultura Viva” direto de Boston (EUA), por e-mail.