Da Informática para os palcos... Rodrigo Rocha!

27 novembro 2008 |


“Não fui eu que escolhi esta carreira, e sim ela me escolheu”. Esta frase do ator Rodigo Rocha, 26 anos, revela o segredo de seu sucesso. Aos 17, se dedicava por completo à área de Informática, onde fez cursos, lecionou como professor de Informática Básica e chegou a se formar em Bacharel em Informática. Com o passar do tempo, o cotidiano “cibernético” do rapaz foi se tornando estressante demais. Por passar horas frente ao computador, Rocha buscou algo para relaxar. E, como a vida tem seus planos, no meio do caminho, surge uma nova proposta. “Por acaso, andava por uma das ruas próxima à minha casa, e cruzei com um cartaz amarelo chamativo que tinha informações sobre um curso de teatro. Foi aí que comecei a fazer o curso e me apaixonei pela área de artes cênicas. Depois de alguns anos larguei tudo e quando percebi, estava me dedicando por completo nessa área. De inicio, quase ninguém sabia, fazia o curso por prazer próprio. Logo depois que tive minha primeira estréia nos palcos, convidei amigos e familiares para assistir e, desde então, sempre tive o apoio de todos”, detalha.
Preparado para atuar, o ator fez uma oficina de teatro básico. Em seguida, encarou um curso profissional técnico. Toda sua formação, em Curitiba (PR), teve muito esforço: passou por uma banca junto ao SATED do Estado para ter o registro DRT. “Hoje em dia é muito importante para quem quer seguir essa área ter alguma formação, pois cresce absurdamente a concorrência dia após dia. Se o ator não tem um diferencial, acaba mesmo ficando para trás. Precisamos estar sempre nos atualizando, fazendo cursos e buscar sempre novos horizontes em paralelo”, orienta.
Entre os principais trabalhos que já atuou, estão: “Guerra dos Sexos - Um casamento pra lá de Pós Moderno”, onde foi sucesso no Festival de Teatro de Curitiba 2008. “Esse espetáculo teve casa lotada todos os dias, e tivemos que abrir sessão extra. Foi um trabalho muito gratificante onde pude contar com minha amiga-atriz Gil Priandi”, detaca. “Parem o Mundo que eu Quero descer”, “A Vida Após o Casamento”, o musical “Música para Ver, Dança para Ouvir”, dentre outros. Na TV fez alguns episódios de um seriado para um programa local de Curitiba, comerciais e gravou alguns pilotos, como da novela “O Novo Síndico”. No cinema, participou no filme “Corpos Celestes”, além de alguns festivais com diversos curtas.
Sobre a mídia, o jovem atuante, tem sua opinião formada. “Acredito que está melhorando o espaço para as pessoas pouco conhecidas, pois a própria mídia tem buscado caras novas. Antigamente era sempre o mesmo pessoal nas telas dos nossos televisores e cinemas. Mas se pararmos, hoje, na frente de uma TV, veremos que existem diversas pessoas pouco conhecidas. E isso é muito bom para aqueles que buscam o seu espaço. Sempre haverá indicações, seja hoje, ontem e amanhã. Assim também como sempre haverá testes e por aí vai, mas diante de tudo isso, acredito que o momento seja favorável para aqueles que buscam o seu ingresso na mídia”, opina.
Especificamente sobre o teatro, Rocha acredita que “seria mais interessante se as pessoas fossem mais ao teatro ou qualquer outro tipo de cultura”. Ele ressalta que uma peça, em si, leva muitas pessoas ao teatro quando o ator é divulgado na mídia. Se um espetáculo for montado com atores não reconhecidos, é complicada sua valorização. “As pessoas reclamam muito dos preços das bilheterias do teatro, sendo que muitas vezes um lanche em um shopping sai mais caro do que assistir um bom espetáculo. Porém, tudo isso é contraditório, pois nosso público está disposto a pagar qualquer preço para um espetáculo com pessoas famosas. Acho que a consciência cultural do nosso país precisa amadurecer e muito. E não podemos esquecer do grande problema que enfrentamos hoje com as carteirinhas de estudantes falsificadas, onde todos os produtores elevam o preço, pois a grande maioria paga somente meia entrada, e quem não tem esse benefício acaba deixando de ir ou paga um preço absurdo. Isso dificulta sempre a valorização do teatro”, reclama.
O ator garante que o profissional precisa ter sorte, conhecer pessoas certas, estar no lugar certo e na hora certa para que conquiste espaços no mercado. “Tudo isso pode influenciar na sua carreira. O importante é estar aberto a novas oportunidades. Quem faz o que ama com muito carinho, tem grandes chances de ter uma carreira ascendente.”
Para 2009, Rocha busca novos horizontes. “Me desprendi da minha cidade de origem (Curitiba). Atualmente, estou morando em Campinas (SP), onde pretendo fazer cursos e estar me aperfeiçoando. Tenho conhecido pessoas maravilhosas. Já tenho alguns projetos no teatro selecionados para 2009. Acredito que estar em um novo Estado, posso estar abrindo portas e aumentando as opções de trabalho. Quero estar fazendo trabalhos nos palcos, estar ligado a algum trabalho beneficente, acreditando sempre que o próximo ano vai ser melhor que o anterior!”, acredita o jovem.

1 comentários:

Anônimo disse...

Voce vai longe, acompanho vc no teatro. E te adoro quando faz comédia. Sorte aí. Sucesso!

Abraço.