Jornalista empreendedor no comando da 'Folha da Terra'

10 fevereiro 2009 |


O diretor do jornal “Folha da Terra”, o jornalista Alfonso Martinez, está à frente de um veículo de comunicação honroso que, passo-a-passo, construiu seu espaço no mercado. Factual, trata de assuntos de Rio Bonito e mais seis municípios. Sua publicação semanal informa através de matérias e artigos preparados por uma equipe de repórteres, colunistas e fotógrafos experientes, o que gerou credibilidade ao produto. Como profissionais de última geração, desenvolvem, a cada semana, um trabalho-modelo para outras empresas do ramo.
A nossa homenagem nesse mês vai para este empreendedor que, acima de tudo, é um grande amigo do “Cultura Viva”... Alfonso Martinez.

CULTURA VIVA: Alfonso, como iniciou sua carreira no Jornalismo?
ALFONSO MARTINEZ: Iniciei como estagiário no jornal “Folha Fluminense”, do ex-prefeito Moraes Filho, o Bidinho, se não me engano em 1982. Trabalhei e aprendi muito com o jornalista Carlos Silva, meu padrinho na profissão. Mais tarde, atuei na Rádio Contemporânea AM, nos jornais “Tribuna Fluminense” e “Serramar”, até fundar a “Folha da Terra”.

C.V.: Qual foi o maior desafio que enfrentou no início da carreira?
A.M.: O maior desafio que acredito ser também ainda hoje o desafio dos jovens profissionais que se entregam ao jornalismo foi conseguir recursos para manter a “Folha”, jornal que fundei em 1994, com a ajuda do jornalista e amigo Antonio César.

C.V.: Desde quando inaugurou a “Folha da Terra”, qual foi o dado mais marcante?
A.M.: Os acontecimentos mais marcantes que a “Folha” cobriu foram o acidente com um trem carregado com combustível (em 1997, se não me falha a memória), que afetou o abastecimento de água da cidade por cerca de 10 dias e atraiu a atenção da “grande imprensa”, e a queda de um avião no Morro de São João, entre Rio Bonito e Saquarema, que matou cerca de 20 pessoas, em 2006.

C.V.: Na sua opinião, os riobonitenses tem “espírito político” e farão boas escolhas em outubro, nas urnas?
A.M.: Infelizmente, muitos riobonitenses, assim como a maior parte dos brasileiros, ainda votam por favores, por um saco de cimento, uma cesta básica, etc. Como fiz a “Lei do Gerson”, o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo, certo? Mas, na verdade, é ele quem sai perdendo quando vota errado, quando vende o seu voto. É preciso exercer o seu direito de cidadão e votar consciente, procurando o candidato mais ético, transparente, com compromissos reais com a população e a melhoria da sua qualidade de vida.

C.V.: Que dica você daria para que Rio Bonito tivesse mais opção cultural, principalmente nos fins-de-semana?
A.M.: Em termos de cultura, falta quase tudo para essa maravilhosa cidade. Só não falta o mais importante: gente com talento, capacidade e criatividade. Não adianta ficar esperando o poder público fazer, porque a cultura sempre esteve em último plano, sempre! Na minha época, tínhamos os grupos “Arribando Riba”, “Palmas Prá Vida”, “Art & Manha”, todos voltados para as atividades culturais e sem fins lucrativos. Nós organizávamos os eventos (poesia, música, exposições, etc.) e o poder público só entrava com a infra-estrutura (som, premiação). Acho que os jovens deveriam assumir essa responsabilidade de promover a cultura, sem ficar culpando o poder público, quem sabe até ocupando esse espaço na política riobonitense. Taí uma idéia legal.

Foto: Arquivo pessoal de Alfonso Martinez

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