Em dia com a Economia

12 junho 2009 |


Prezada amiga,
Prezado amigo,

Tenho três notícias: uma boa, outra ruim e uma terceira que, infelizmente, é péssima. Primeiro a boa: finalmente o Banco Central parece estar acertando o passo na direção dos juros menores. Tanto que, pela primeira vez desde o final de 2003, início do governo Lula, a taxa de 9,25% ao ano ficou abaixo dos dois dígitos. Elogiei a decisão do Banco Central e espero novas reduções para que o brasileiro deixe de pagar as maiores taxas de juros do planeta, como vinha acontecendo há tanto tempo.
A má notícia é que o Produto Interno Bruto (a soma dos bens e serviços produzidos no país mais conhecido pela sigla PIB) caiu 1,8% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. São seis meses seguidos de retração forte, uma vez que no último trimestre de 2008 o PIB já havia registrado queda de 3,6%.
A péssima notícia é que os investimentos produtivos caíram 12,6% no primeiro trimestre, mais que os 9,8% do quarto trimestre. Em vez de buscar as causas deste tombo na economia tão prejudicial a todos nós, o governo insiste que o pior já passou e que a recuperação está garantida. Trata-se de avaliação extremamente política dos fatos, para conservar a popularidade do presidente da República. A realidade, para nossa tristeza, não é assim. O emprego na indústria despencou e os investimentos produtivos ainda não voltaram.
Não devemos, portanto, cair no conto do discurso político eleitoral do governo. A verdade é que estamos em meio a um mundo que enfrenta a pior recessão desde os anos 80. Tanto que crescimento da economia de quase todos os países deverá ser negativo neste ano. No Brasil, se o PIB de 2009 terminar com crescimento zero, já será considerado um resultado positivo. As dificuldades, porém, não me desanimam. Muito pelo contrário. Confio em dias melhores.
Acredito que vamos avançar se o governo continuar reduzindo os juros, se acelerar de verdade os investimentos, se der prioridade a uma política permanente de redução de impostos e, principalmente, se não brincar com a política fiscal (passando a controlar as despesas de pessoal e de custeio que cresceram muito nos primeiros meses do ano). Tenho certeza que se essas correções forem feitas poderemos crescer bem mais que a média mundial e garantir a criação dos empregos e a garantia da renda para todos os brasileiros.

É isso, feliz Dia dos Namorados para os queridos filiados e as queridas filiadas.

Um forte abraço,

Rodrigo Maia

*Rodrigo Maia é Deputado Federal

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