EGO... SUPEREGO!

22 agosto 2009 |


Manifestar o querer. Satisfazer necessidades. Saciar o corpo. Estas três frases representam o nosso “Ego”, de acordo com o livro “O Corpo Fala”, escrito por Pierre Weil e Roland Tompakow, nos anos 70. Baseados nas análises de Freud, eles chamam de “Ego animal” a necessidade humana de comer, beber, defecar, urinar e ter relações sexuais. Tais atitudes “procuram garantir a nossa sobrevivência pessoal e da espécie”. Porém, culpam a sociedade por contrapor estes impulsos, bloqueando-os. Como exemplo, para o bebê mamar, há o horário certo; as necessidades fisiológicas devem ser feitas em certos locais; relacionamento sexual somente “com certas pessoas e em certas condições conhecidas de todos”. As regras do meio impedem a pessoa ser livre para decidir ou atuar de forma natural, espontânea, impondo seu próprio limite. Daí, o raciocínio de cada um daria os entraves... Sem pressão ou obrigatoriedade.

Se não cumprirmos os ditames sociais, somos deslocados do grupo e passamos a viver à margem. Como ninguém consegue viver só... Até mesmo quem é solteiro se relaciona com outras pessoas no mundo exterior à sua residência... “Cada vez que um impulso não é imediatamente satisfeito, a energia a ele destinada se acumula no músculo que lhe impede a descarga, provocando uma tensão muscular”, como se comprime a bexiga, enquanto se procura um banheiro desocupado, desesperadamente.

Por outra via, Freud considera “Superego” os agentes repressores que provocam adiamento dessas descargas, que são os pais. Mediante a educação que se recebe em casa, já na fase em que se adquire maturidade e consciência das melhores atitudes comportamentais, algo sinaliza no interior ao informar os procedimentos ditos “corretos”. “Esta voz interior, que se torna inconsciente, é o que Freud chamou de Superego”.

O livro, de maneira muito clara, explica todas as formas de comportamento humano e evidencia o porquê de um deslizar de pé ou o jeito que se gesticula. Num texto cômico e com figuras hilariantes, se compreende bastante o animal que somos.

A cada passo na vida, descobrimos novas formas de atuação no palco da vida. Em cada ato, uma inclinação... O “Ego” em ação!... Mais adiante, a voz intrínseca que fala mansamente, mia, grita, às vezes, dizendo: “Pare!... Atenção!... Perigo!”. Isso prova que o ser humano é complicado porque, em sua questão de sobrevivência, os deveres vêm envoltos de complicação, sempre obrigando. Em certos casos, a agressividade impera. Isso gera tensão muscular, enfermidades, estresse... Frutos da culpabilidade.

Contudo, não se pode esquecer: há liberdade na imaginação para voar e viver o que o “meio” não permite. Nesse ambiente, não há imposições...

Já ia me esquecendo... Ainda assim, há uma regra... Ser feliz... Puramente feliz!

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