A Galeria Virgilio inaugura dia 17 de novembro, quarta feira, a partir das 20hs as exposições de Fernando Vilela e Flávia Betinato
Fernando Vilela apresenta nesta exposição individual TROMBETAS TSUNAMI três novos trabalhos.
Ao entrar na exposição uma série de fotografias mescladas com xilogravuras descortina um novo olhar para a cidade. “Captando fotograficamente a presença vertiginosa de enormes massas urbanas (viadutos, pontes, empenas), Fernando imprime essas imagens em grande formato sobre papel japonês e grava superfícies negras sobre elas, criando regiões de sobreposição em que a relação entre opacidade e transparência se mostra, paradoxalmente, muito delicada”, afirma Guilherme Wisnik que assina o texto do folder da mostra.
Na instalação gráfico-escultórica TROMBETAS, primeiro piso, “grandes xilogravuras saltam surpreendentemente das paredes em vigas de madeira pintadas de preto que invadem o ambiente, nublando a distinção entre plano e espaço”, comenta Wisnik.
No 3º piso térreo a instalação gráfico-sonora TSUNAMI constitui-se de uma enorme xilogravura que ocupa as quatro paredes da sala. Sensores ativam sons no espaço em resposta aos movimentos do espectador.
Na abertura da exposição os músicos Ivan Vilela e Mauricio Pereira farão uma performance eletroacústica inaugurando a primeira grande onda da obra TSUNAMI.
Flavia Bertinato
Em sua segunda exposição individual, a artista Flávia Bertinato assume o papel de assassina e expõe a auto – denúncia. ” Boa noite, cinderela” ,nome de um golpe que acarreta interesses diversos depois de uma dose de um drink de bebida alcóolica e droga, aqui corresponde ao assalto do excesso de vaidade , o talento para a retórica , o cinismo, a disponibilidade de correr risco e por aí vai. A artista fotografou durante dois anos e apresentará no primeiro andar da Galeria Virgílio cerca de 30 imagens selecionadas de um montante de pessoas deitadas em sofás,chão, camas, tapetes e jardim.Rafael Coutinho, Francisco Alambert, Xiri, Theo Craveiro Angelica Mantuan, entre outros, são pessoas sem nomes dentro do trabalho e que foram fotografados individualmente. Tratam se de pessoas diversas amigos, artistas, críticos, psicólogos, modelos, professores universitários, e outros sem beira e sem eira, que se fazem notável por uma particularidade X .
As fotos são premeditadas como um crime, parafraseando Ferreira Gullar 1. Em geral, a artista trabalhou na casa de cada participante por que desejou as informações dos objetos pessoais para a construção de uma moldura psicológica. As imagens são capturadas em filme 35 mm em consequência da especificidade colorística e saturação da imagem.
A matriz de interesse temático da artista incorpora temas diluídos entre o gênero retrato,identidade, relações amorosas e balizas empregadas no ato da percepção tratando das metodologias adotadas pelo olhar para as situações triviais as quais somos submetidos cotidianamente e o deslocamento deste exercício para a produção artística.
A artista migra entre suportes diferentes como vídeo, escultura e pinturas. Suas séries de fotografias não são entendidas especificamente enquanto um desdobramento linear de uma narrativa. O emprego de uma matriz formal possibilita o exercício comparativo sublinhando um procedimento de produção artística, a repetição, como possibilidade de compreensão da particularidade na heterogeneidade. O conceito de identidade é mote em seus trabalhos recentes e as fotografias tomam de empréstimo a composição clichê de retrato para a documentação pessoal e, em passos retrospectos, a combinação pictórica entre figura e fundo das pinturas sob o estilo retratos palacianos.
Flávia Bertinato (1980) é mineira e, em São Paulo reside e inicia sua trajetória artística nos principais endereços de arte contemporânea, entre eles, Centro Cultural São Paulo e Centro Universitário Maria Antônia, além das participações em feiras de arte como o SPArte e a mostra Paralela. Seus trabalhos estão em coleções particulares e museus .Bacharel em artes plásticas pela Universidade do Estado de São Paulo, a artista desde então tem interesse pela inquietação constante de seu próprio trabalho passando por grupos de discussões e acompanhamento de projetos sob orientação de Paulo Monteiro,José Resende e Carmela Gross.Atualmente prepara , também, uma exposição na Fundação Rômulo Maiorana , Belém , em razão do edital Arte Pará onde apresentará um roteiro ilustrado de um curta metragem de sua autoria.
Abertura 17 de novembro às 20h
Exposição de 17 de novembro a 11 de dezembro de 2010
Visitação: segunda a sexta das 10 `as 19hs, sábado das 10 às 17hs
Local :galeria Virgilio
Endereço: Rua Virgilio de Carvalho Pinto, 426,
CEP 05415-20, Pinheiros,São Paulo-SP
Tel. 11 30612999
artevirgilio@uol.com.br
www.galeriavirgilio.com.br
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