O ESPETÁCULO DA HUMILDADE

05 março 2011 |


Ser humilde é muito mais do que fazer caridade ou portar-se piedosamente nos momentos mais sofridos da vida. Vai além disso. Não é algo que se compra ou se adquire como um objeto qualquer, mas, sim, vem na composição do ser humano. Quem dá mais valor ao ‘material’ e esquece-se que acima da matéria existem sentimentos que merecem respeito, troca, atenção e dedicação, não conhece a humildade. Sua existência é pautada na ganância e na consecução de coisas e mais coisas, nada além de coisas. Tudo perecível.

Mas, quem conhece o caminho estreito da humildade sabe direitinho como encarar as situações do dia-a-dia: se depara com um opositor, logo age com sabedoria e seu comportamento não se iguala, diferencia-se; caso a arrogância ou a avareza tentem, por alguma brecha, entrar na sua história e destruir sua forma natural de viver, encontra, por atitudes humildes, porém estratégicas, uma maneira de lançá-las para bem longe.

Pode uma pessoa muito rica ser humilde? Tem gente que mora num ‘casebre’ e seu coração é altivo, orgulhoso, não aceita certas instâncias, tem que avaliar primeiro, a desconfiança não mora ao lado, é da família. Contrapartida, há pessoas que moram em lindos e luxuosos castelos, mas prezam pela humildade, reconhece o lugar do outro, sabe compreender, aceita com facilidade, não faz questão de ‘coisas que o vento leva’, optam pelo que tem firmeza, nem o rio e a chuva podem carregar, muito menos a fúria do vento. Para serem assim, tão resistentes, só mesmo os sentimentos de um coração sincero que entende que o mundo não é só seu, tem mais espaço, cabe mais gente, afinal ‘o sol brilha para todos’.

Há uma forma de se experimentar a humildade ou mesmo conviver com ela? Se virar o foco e dedicar o precioso tempo para observar atitudes humildes de pessoas de diversas camadas da sociedade, pode-se seguir os exemplos, acompanhar as pegadas, tentar imitar, renunciando o próprio ‘eu’ e incluindo mais o ‘nós’. Os animais, em pouco tempo, adaptam-se na vida e tornam-se independentes, agora, os seres humanos, mesmo adultos, sempre vão precisar de alguém por perto, nem que seja apenas para dizer ‘bom dia!’. Pense nisso.

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