Ele diz também que exames de sangue que sairiam em 20 dias estão demorando 180 dias
O ator e escritor Kazu Barroz, de 37 anos, que é o garoto propaganda da campanha de conscientização sobre o uso do coquetel para paciente com Aids, denuncia que está tendo dificuldades para conseguir a medicação. “A única coisa que me mantém vivo ainda é a medicação. E se não tem a medicação eu volto àquele início dos anos 90, esperando a morte para daqui a seis meses, três meses...”, diz.
Barroz vive há 20 anos com o vírus e disse que não consegue os medicamentos de última geração para seu tratamento. O Ministério da Saúde esclareceu que eles ainda não estão disponíveis porque estão em fase de testes. Mesmo assim, o ator afirma que está com dificuldades para conseguir os velhos. “Todo ano é a mesma coisa, é você não ter a garantia de ter seu tratamento, o medicamento. Não ter garantia de que daqui a três, quatro meses estará vivo...”, reclama.
Além disso ele diz que o estado não tem kits e os exames que demorariam 20 dias para ficar prontos só saem depois de 180 dias. “Não tem kit no Estado. Eles estão recolhendo nosso sangue e congelando, e o resultado está saindo em 180 dias”, pontua.
Segundo Barroz, quando esses resultados chegam, eles já estão defasados. O psicanalista George Gouveia acrescenta que os médicos precisam dos dados o mais rápido possível. “Eu preciso dos resultados na hora”, destaca.
Os números da Aids continuam crescendo no Brasil, até 2009 foram notificados mais de 180 mil casos e todos os anos surgem outros 5.000. O psicanalista denuncia que o atendimento para esses novos pacientes também está prejudicado e as pessoas têm que esperar em média 60 dias para fazer a primeira consulta.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que a distribuição dos kits está normalizada e que não há registro de falta ou racionamento de medicamentos.
Assista ao vídeo em que Cazu Barroz fala sobre o assunto:
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Foto: Divulgação
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