Houve um tempo em que
as imagens apresentadas pela vida me geravam ilusões. Eram digeridas como
esperança para um futuro onde tudo daria certo, mais que certo. Cada peça era
cuidadosamente separada e montada em minha mente. Nada falharia. Eu
conseguiria. E o Tempo... Ah, esse tal de Tempo foi passando... Sem reservas
nem polpações, me direcionou para resultados diferentes, chegada a reações
inesperadas de quem me gerava confiança e me despertava fascínio pela sabedoria
e suposta amizade.
É triste confessar que o futuro não foi o esperado. Os
momentos e fatos atuais não foram os imaginados. Parecem figurados pelas
circunstâncias que certo vento me levou e me agrediu, violentou. Tudo isso teve
um lado bom: vivo com os pés no chão sem ter medo de decolar. E, quando parto,
sei bem onde tudo vai dar. Não existem mais máscaras, tudo é claro, é óbvio,
ninguém mais me engana. Detenho o controle das situações. Se algum invasor
tentar se aproximar, tenho armamento, sei guerrear... Com a verdade, a
sinceridade e a realidade, banhadas na justiça.
Não tiveram pena de mim nem consideraram meus
sentimentos. Para eles, meus sonhos eram descartáveis... Passariam.
Enganaram-se. Ainda escondo uma arma que me mantém de pé e que insiste em me
provocar novos sonhos, novos desejos, regras inovadoras, estratégias
vencedoras... Sem ferir ninguém: não vou repetir o modelo ingrato que me deram
como exemplo. Serei exclusivo, do meu jeito... E verão, assim, quem venceu no
fim da história. Aliás, fim não, começo de um novo tempo. Daí, ressurge esse moço
Tempo, não tem jeito.
Meu segredo para ainda estar aqui é simplesmente a Fé. O
que seria de mim sem ela? Foi a única que restou.
2 comentários:
Você como sempre surpreendendo!! Parabéns querido amigo!!
Márcia Viviani
Esse é o meu mano! Lindooo!!
Bjs,
Elaine Soares
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