Jéssica e Sânzia em Portugal

01 maio 2013 |

 
Duas riobonitenses em Portugal. Esse fato aconteceu recentemente, quando Jéssica Carvalho, 21 anos, e Sânzia Rodrigues, 24 anos, aproveitaram a chance de fazer um intercâmbio. Jéssica, filha de Antônio Carlos e Célia Maria, estuda Farmácia, e Sânzia, filha de Laert e Ivana, estuda Serviço Social, ambas na Universidade Federal Fluminense (UFF). Para elas a iniciativa era um sonho. Passamos por uma seleção de alunos da UFF para conseguirmos uma bolsa de estudos. Ficamos muito apreensivas durante as etapas, afinal, era um sonho que estava bem perto de ser realizado e isso mexe bastante com a gente. O resultado final saiu quase às vésperas de quando deveríamos partir. Foram meses bem tensos, mas, no final, tudo deu certo e a alegria é indescritível! Fomos para Lisboa no dia 11 de setembro de 2012... Uma data bem marcante!”, exclama Sânzia, sorrindo.
Estar distante da família por seis meses não foi fácil e Sânzia atesta isso. “Achei o início mais difícil. A adaptação ao um novo lugar, a um novo clima, novas pessoas, mas depois, apesar da saudade aumentar, você vai se acostumando, criando vínculos, uma rotina e começa a se sentir em casa. É uma mistura de alegria e curiosidade com apreensão em relação ao que está por vir. O momento mais difícil foi passar o Natal longe da família”, confessa.
 
 
LÍNGUA NATIVA
Como funciona o curso em Portugal e se houve alguma dificuldade em lidar com a Língua nativa, Sânzia diz que, em seu caso, o curso foi bem diferente: o Serviço Social trabalha conforme a realidade de cada país. “Conversando com muitos intercambistas (que lá são chamados de ‘Erasmus’) podemos perceber que a maioria sentiu diferença nos conteúdos, como eles são trabalhados, na relação professor-aluno ou até mesmo entre os estudantes. Não que seja melhor ou pior, é da maneira deles. Voltamos com a certeza de que ainda temos um bom ensino público no nosso país. O português de Portugal é um pouco diferente, mas conseguimos entender bem”, conta.
Sobre o contato com os estrangeiros, Jéssica declara que os portugueses, em sua maioria, não são muito comunicativos. “Na faculdade, de início, senti dificuldade para fazer amigos, mas, com o decorrer do semestre, pude conhecer pessoas adoráveis que estavam sempre dispostas a me ajudar. Percebi que os idosos são mais simpáticos e falantes que os mais jovens”, relata.
LEMBRANÇAS

Distante das famílias e dos amigos restou a saudade. “Lembrei muito dos meus amigos daqui, dos nossos encontros de fim de semana. Senti muita falta disso”, revela Jéssica.
Com a experiência que obtiveram, o futuro segue novos caminhos. “Com certeza o crescimento pessoal vale muito a pena e isso também fortalece o lado profissional no que diz respeito a uma maior segurança e no ‘olhar’, que fica bem mais amplo. Isso é que levamos para o nosso futuro.”, diz Sânzia.

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