QUANDO VOCÊ SE FOI...

19 fevereiro 2014 |


Meu coração estava em pedaços. Quando a porta fechou, pensei que tudo se renovaria. Novas oportunidades de vida me apresentariam. Idealizei muitas aventuras para minha nova liberdade. A alegria era tanta que cheguei a ultrapassar. Não precisava tanto. Esqueci que, para tudo, há um limite, um tempo-espera. Mas, eu queria tudo e de tudo demasiadamente.
            
Em dado momento, um filme passou pela minha mente. Nessa sessão da vida – o filme da tarde, bem dramático, romântico e também comediante –, pude enxergar você. Senti solidão. Percebi que, em pouquíssimo tempo, tive tanta gente, mas que, no fundo, eram pessoas-fantasmas. Não podiam ficar. Estavam tão atoladas com essa vida e angariadas a tantas outras pessoas e complicações, que até eu dispensava. Emaranhado demais para mim. Chorei com todas as cenas e, quando aparecia você nos episódios, não dava para conter a emoção. Por que tem pessoas que tem o dom de optar por escolhas erradas nessa vida? Que inclinação é essa pelo equívoco?
            
Olho em volta e não te vejo mais. Me angustio. Olho para a mesma porta que você bateu e desejo que você a abra. Mas, onde está você? Com quem pode está agora? A quantas anda seu cotidiano, uma vez que não faço mais parte dele? Me resta um sonho, apenas: te encontrar. Não sei se terei palavras ou se apenas meu olhar vai explicar o sentimento que ainda existe. Não tenho ideia.
            
Para quem perdeu a chance de viver uma linda história de amor e hoje vive às mínguas em relacionamentos conturbados, resta a análise: ainda há vida; sempre há um recomeço... Feliz e pleno de bons momentos. Nunca é tarde para sonhar e viver o sonho. Parar, reconhecer seus defeitos e procurar seguir caminhos saudáveis são formas de facilitar a realização de vivências contidas no coração. No andar das horas tudo pode mudar.


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