Um missionário há frente de um desafio que
deu certo. Esse é o Tiba Camargos
– ator e diretor do seriado “Intervenção”
da TV Canção Nova, em São Paulo –, formado em Filosofia,
mas escreve uma história na emissora e na Comunicação. Há nove anos começou na
publicidade como diretor de criação, fez dublagem e manipulação de fantoches, assim
como personagens em rádio, apresentou por seis anos um quadro humorístico no
Programa “PHN”, apresentou o programa “Vitrine Canção Nova” e, hoje, é
diretor geral e ator do seriado “Intervenção”. Uma história que tende a crescer
cada vez mais.
Muito divertido e simpático, Camargos tem uma forma
específica de encarar seu ofício. “Como missionário na Canção Nova não encaro
como uma profissão o que faço, tenho como uma missão confiada a mim. Fui
remanejado para o setor de Dramaturgia por causa da necessidade da TV naquele
momento e me senti muito encaixado fazendo esse trabalho de diretor, dirigindo
os atores, atuando e contribuindo com os roteiros”, conta.
Camargos deu entrevista exclusiva para o CULTURA
VIVA. Acompanhe!
CULTURA
VIVA: Qual a proposta maior do “Intervenção”?
TIBA
CAMARGOS: Nossa
proposta sempre foi a evangelização, levar os valores do evangelho e semeá-los
nesse mundo cada vez mais carente de referências, acreditamos firmemente que o
evangelho tem muito a contribuir, mais do que muitos imaginam.
C.V.:
Desde quando existe o programa “Intervenção” na TV Canção Nova? Desde seu
início já sofreu mudanças?
T.C.: O seriado Intervenção existe desde 3 de Janeiro de
2011, mas sofreu alterações relevantes ao longo desse tempo, hoje possui um
formato totalmente diferente do formato inicial, migramos para “pegada”
humorística e leve; crescemos muito em qualidade, hoje gravamos tudo
em HD, temos estúdios próprios e uma equipe bem maior.
C.V.:
E o elenco? Como é trabalhar com aquele pessoal tão animado?
T.C.: O elenco é um
caso curioso, ninguém é ator profissional, todos são voluntários, acho que por
isso a alegria da equipe se destaca. É bom trabalhar com quem faz porque gosta
e não porque só querem ganhar dinheiro com isso. Tenho, para mim, que esse é um
dos segredos de sermos uma equipe tão coesa e unida, o clima nas gravações dão
o toque da fraternidade cristã e do objetivo comum a todos, o de levar Jesus
Cristo.
C.V.:
Tem ideia de como anda a audiência do “Intervenção”? Isso te preocupa, enquanto
Diretor?
T.C.: Por incrível que pareça nunca nos preocupamos com
a audiência, preocupamos em fazer sempre o melhor para que a mensagem chegue
até as pessoas, isso pode parecer uma frase de efeito, mas acredite, não é. Se
uma pessoa tiver a sua vida mudada de alguma forma através dos episódios, isso
já seria o “sucesso” que almejamos. Sabemos que na grade da TV o Intervenção
tem uma audiência de destaque, mas isso não é o mais importante para nós,
ficamos felizes por isso, claro, mas ficamos ainda mais quando recebemos os
testemunhos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pelo programa.
C.V.:
O ano já está no fim. Quais as novidades do “Intervenção para o ano que vem?
T.C.: Para o ano que
vem temos novidades, não podemos revelar os detalhes, mas o certo é que vamos
ousar ainda mais no formato, a equipe está muito animada e com vontade de ousar,
vamos pegar toda essa vontade e usar para o crescimento do produto final.
C.V.:
O trabalho desenvolvido pela TV Canção Nova é totalmente dedicado à
Evangelização e, com isso, abençoa muitas vidas. Você sempre foi envolvido com
trabalhos de Evangelismo?
T.C.: Tenho 13 anos de
vida missionária na Canção Nova, mas desde os 15 anos de idade sou engajado nos
trabalhos de evangelização. Posso dizer que evangelizar já passou de ser aquilo
que faço para ser aquilo que diz de quem sou.
C.V.:
Em sua opinião, Governos e empresários poderiam incentivar mais o trabalho
cristão, no Brasil?
T.C.: O que as pessoas
precisam entender é que quando você promove um trabalho que leva os valores
cristãos você está salvaguardando a dignidade da pessoa; os valores cristãos
sempre elevam a dignidade da pessoa, protegem seus valores, as torna melhores
em todos os aspectos, hoje, geralmente, investem em trabalhos cristãos os que
acreditam de fato num mundo melhor. Jesus também não teve apoio de grandes organizações,
ao contrário, mas sua mensagem atingiu o mundo todo. Isso nos ensina que a
força da própria mensagem tem capacidade de revolucionar.
C.V.:
A televisão é uma forte arma para falar de Jesus. Como se sente ao ter ciência
de sua responsabilidade para com o público?
T.C.: É uma
responsabilidade sim, mas uma responsabilidade muito boa, uma vez que eu conto
com uma equipe empenhada em evangelizar, não estou sozinho nessa jornada. Isso
me tranquiliza, somos uma família. Eu, particularmente, tenho claro meu
objetivo, não posso fazer tudo e nem ser tudo, faço o pouco mas acredito.
C.V.:
A começar com as crianças e a juventude, você acredita que a TV ainda tem poder
de influência sobre eles ou as novas tecnologias já ocuparam essa lacuna?
T.C.: A TV ainda tem um
papel significativo e por ser tão influente ela porta também um grande dever
moral. Nós que temos meios tão poderosos nas mãos não podemos fugir da
responsabilidade de usá-los para o bem, quem não faz isso se esquiva de uma
obrigação inerente ao “poder” que possui.
C.V.:
Que recado de fim de ano você deixa para seu público?
T.C.: O que desejo a
você é um despertar, despertar para as coisas que valem a pena. Vejo muitos se
perdendo e se gastando por objetivos irrelevantes, ao mesmo tempo em que não
percebem que existem motivos pelos quais vale a pena até dar a própria vida. A
grande aventura é descobrir esses motivos.
Fotos: Arquivo pessoal de Tiba Camargos
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