Tiba Camargos... Um missionário que avança via TV

23 novembro 2014 |


Um missionário há frente de um desafio que deu certo. Esse é o Tiba Camargos – ator e diretor do seriado “Intervenção” da TV Canção Nova, em São Paulo –, formado em Filosofia, mas escreve uma história na emissora e na Comunicação. Há nove anos começou na publicidade como diretor de criação, fez dublagem e manipulação de fantoches, assim como personagens em rádio, apresentou por seis anos um quadro humorístico no Programa “PHN”, apresentou o programa “Vitrine Canção Nova” e, hoje, é diretor geral e ator do seriado “Intervenção”. Uma história que tende a crescer cada vez mais.

Muito divertido e simpático, Camargos tem uma forma específica de encarar seu ofício. “Como missionário na Canção Nova não encaro como uma profissão o que faço, tenho como uma missão confiada a mim. Fui remanejado para o setor de Dramaturgia por causa da necessidade da TV naquele momento e me senti muito encaixado fazendo esse trabalho de diretor, dirigindo os atores, atuando e contribuindo com os roteiros”, conta.

Camargos deu entrevista exclusiva para o CULTURA VIVA. Acompanhe!

CULTURA VIVA: Qual a proposta maior do “Intervenção”? 
TIBA CAMARGOS: Nossa proposta sempre foi a evangelização, levar os valores do evangelho e semeá-los nesse mundo cada vez mais carente de referências, acreditamos firmemente que o evangelho tem muito a contribuir, mais do que muitos imaginam.

C.V.: Desde quando existe o programa “Intervenção” na TV Canção Nova? Desde seu início já sofreu mudanças? 
T.C.: O seriado Intervenção existe desde 3 de Janeiro de 2011, mas sofreu alterações relevantes ao longo desse tempo, hoje possui um formato totalmente diferente do formato inicial, migramos para “pegada” humorística e leve; crescemos muito em qualidade, hoje gravamos tudo em HD, temos estúdios próprios e uma equipe bem maior.


C.V.: E o elenco? Como é trabalhar com aquele pessoal tão animado?
T.C.: O elenco é um caso curioso, ninguém é ator profissional, todos são voluntários, acho que por isso a alegria da equipe se destaca. É bom trabalhar com quem faz porque gosta e não porque só querem ganhar dinheiro com isso. Tenho, para mim, que esse é um dos segredos de sermos uma equipe tão coesa e unida, o clima nas gravações dão o toque da fraternidade cristã e do objetivo comum a todos, o de levar Jesus Cristo.

C.V.: Tem ideia de como anda a audiência do “Intervenção”? Isso te preocupa, enquanto Diretor? 
T.C.: Por incrível que pareça nunca nos preocupamos com a audiência, preocupamos em fazer sempre o melhor para que a mensagem chegue até as pessoas, isso pode parecer uma frase de efeito, mas acredite, não é. Se uma pessoa tiver a sua vida mudada de alguma forma através dos episódios, isso já seria o “sucesso” que almejamos. Sabemos que na grade da TV o Intervenção tem uma audiência de destaque, mas isso não é o mais importante para nós, ficamos felizes por isso, claro, mas ficamos ainda mais quando recebemos os testemunhos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pelo programa.


C.V.: O ano já está no fim. Quais as novidades do “Intervenção para o ano que vem? 
T.C.: Para o ano que vem temos novidades, não podemos revelar os detalhes, mas o certo é que vamos ousar ainda mais no formato, a equipe está muito animada e com vontade de ousar, vamos pegar toda essa vontade e usar para o crescimento do produto final.

C.V.: O trabalho desenvolvido pela TV Canção Nova é totalmente dedicado à Evangelização e, com isso, abençoa muitas vidas. Você sempre foi envolvido com trabalhos de Evangelismo? 
T.C.: Tenho 13 anos de vida missionária na Canção Nova, mas desde os 15 anos de idade sou engajado nos trabalhos de evangelização. Posso dizer que evangelizar já passou de ser aquilo que faço para ser aquilo que diz de quem sou.

C.V.: Em sua opinião, Governos e empresários poderiam incentivar mais o trabalho cristão, no Brasil? 
T.C.: O que as pessoas precisam entender é que quando você promove um trabalho que leva os valores cristãos você está salvaguardando a dignidade da pessoa; os valores cristãos sempre elevam a dignidade da pessoa, protegem seus valores, as torna melhores em todos os aspectos, hoje, geralmente, investem em trabalhos cristãos os que acreditam de fato num mundo melhor. Jesus também não teve apoio de grandes organizações, ao contrário, mas sua mensagem atingiu o mundo todo. Isso nos ensina que a força da própria mensagem tem capacidade de revolucionar.

C.V.: A televisão é uma forte arma para falar de Jesus. Como se sente ao ter ciência de sua responsabilidade para com o público? 
T.C.: É uma responsabilidade sim, mas uma responsabilidade muito boa, uma vez que eu conto com uma equipe empenhada em evangelizar, não estou sozinho nessa jornada. Isso me tranquiliza, somos uma família. Eu, particularmente, tenho claro meu objetivo, não posso fazer tudo e nem ser tudo, faço o pouco mas acredito.


C.V.: A começar com as crianças e a juventude, você acredita que a TV ainda tem poder de influência sobre eles ou as novas tecnologias já ocuparam essa lacuna? 
T.C.: A TV ainda tem um papel significativo e por ser tão influente ela porta também um grande dever moral. Nós que temos meios tão poderosos nas mãos não podemos fugir da responsabilidade de usá-los para o bem, quem não faz isso se esquiva de uma obrigação inerente ao “poder” que possui.

C.V.: Que recado de fim de ano você deixa para seu público? 
T.C.: O que desejo a você é um despertar, despertar para as coisas que valem a pena. Vejo muitos se perdendo e se gastando por objetivos irrelevantes, ao mesmo tempo em que não percebem que existem motivos pelos quais vale a pena até dar a própria vida. A grande aventura é descobrir esses motivos.

Fotos: Arquivo pessoal de Tiba Camargos


0 comentários: