Pobre de mim achar que o fim de tudo se resume em penas
um levante. Desafios nunca se revelaram sem motivos. E existe uma causa mais
forte: testar o grau de garra e encorajamento de um guerreiro. Quantos já
desistiram só com o susto que tomaram com uma luta que surgiu. Se esperassem
mais um pouquinho... O desfecho poderia ser outro...
Pobre
de mim considerar que olhares de acusação podem esmorecer o castelo que ergui
com tanto esforço e desprendimento. Se, no período da construção, não me
contive no investimento e me dei por inteiro, em tempo integral, por que ceder
agora por um olhar que nem sei de sua origem?
Pobre
de mim substituir minha fé por algo natural que só vê o que olhos humanos são
capazes de alcançar. Minha esperança me faz entender o que está nos bastidores
de cada situação proposta, me faz compreender que o que é nu e patente pode ser
uma ilusão, pode ser uma armadilha para uma queda triunfal. Existe mais, existe
algo além e a minha fé sempre me orienta... “Analise um pouco mais, viva essa
experiência porque vem um futuro deslumbrante e a manifestação desse deslumbre só
depende da sua forma de enfrentar esse momento. Espere, conscientemente”.
Rico
sou quando dou vazão à esta fé que faz de mim alguém melhor, superior a toda
oposição. Se vem a escassez, logo um lindo campo surgirá e a chuva, através das
minhas lágrimas, regará as sementes que, logo, logo se tornarão em flores
distintas e perfumadas, cercadas por árvores frondosas... E, lá no fundo desse
campo, crianças brincarão, felizes, apenas para confirmar que ainda vale a pena
não se entregar tantos aos problemas e, sim, conservar essa fé que está sempre
aqui, mesmo quando muitos me abandonam.
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