Conversamos com o Fe Machado , sobre o novo trabalho da Banda Magnólia. Vocalista, ele nos contou um pouco sobre essa nova fase
e como analisa o cenário musical atualmente.
A Magnólia é formada por Fe Machado (voz), Beto (guitarra), Rick (guitarra e baixo) e JC (bateria), vinda de Florianópolis, a banda vem mostrar ao Brasil, o seu rock alternativo cheio de nuances e composições com letras que nos leva a refletir sobre nossa vida.
Em pouco tempo de estrada a banda já coleciona diversas conquistas, como indicações aos Prêmios da Música Catarinense, na categoria “Melhor Clipe” com “Cizânia” e recentemente indicados ao “Prêmio Jovem Brasileiro” na categoria melhor banda.
Confira a seguir a entrevista com Fe Machado, vocalista da Banda Magnólia:
CULTURA
VIVA: Em primeiro lugar, parabéns pelo álbum. "Magnólia" é o melhor
trabalho de vocês, em minha opinião. A qualidade alcançada nesse disco é fruto
desse tempo maior de preparo?
FE MACHADO: Creio que sim. Nós nos preparamos
bastante e trabalhamos arduamente para termos a melhor transição entre a ideia
inicial e o resultado final. Essa transição da ideia, do conceito, do rascunho
para a música finalizada (que as pessoas escutam) é extremamente difícil de ser
feita. Acredito que tivemos bastante êxito nisso, ou seja, conseguimos manter
todas as emoções e visceralidades intactas nas músicas que estão no álbum.
C.V.:
Como foi o processo de composição desse álbum?
F.M.: Diferente do primeiro álbum, no qual eu e o Rick
(guitarrista) compusemos todas as músicas, esse trabalho foi um `tour de force´
em conjunto. Cada integrante trouxe algo e conseguimos fazer com que todos
trabalhassem bastante. Temos músicas de todos os integrantes presentes no álbum
Magnólia.
C.V.: Que
influências vocês tiveram para compor esse disco?
F.M.: Vixe. Difícil citar todas, pois realmente são muitas.
Eu diria que essas eram as bandas que mais estávamos escutando quando fizemos o
álbum: Bring me the Horizon, AlexisonFire, Now Now, THe Neighbourhood, Sticky
Fingers, Incubus, Scalene, Thrice e por aí vai.
C.V.:
Gostaria que vocês comentassem como foi essa parceria com a Elektra na música
"Entropia".
F.M.: Foi sensacional. A Elektra é uma menina extremamente
talentosa e queridíssima. Fácil de trabalhar e de conviver. Só sucesso.
C.V.: Destaco outra música em específico para ouvir um pouco da banda: até que ponto
"Isso não é sobre suicídio" é um desabafo? A composição estava engasgada?
F.M.: De certa forma, todas as nossas composições são um
desabafo, uma expressão que está dentro de ti e é colocada para fora. Mas
concordo que ela soa bastante forte e verdadeira. É a minha música favorita do
álbum.
C.V.:Como é misturar rock com elementos eletrônicos?
F.M.: Pra gente sempre foi algo cotidiano, pois sempre
tivemos influências de bandas que mesclava rock com outros elementos. No meu
ponto de vista, vai ser cada dia mais raro termos bandas que não usem elementos
eletrônicos em suas músicas. A expressão eletrônica veio para ficar e é tão
válida quanto ``instrumentos acústicos´´. Isso é o que eu enxergo.
C.V.: Como a Banda Magnólia, enxerga o cenário musical atual, tendo em vista que a
dominação do sertanejo e do pop, tem tomado as rádios brasileiras?
F.M.: Difícil, mas não impossível. O nosso trunfo sempre vai
ser entregar uma arte feita com extrema paixão e intensidade, o que não é o
caso do sertanejo, funk e outros gêneros de massa. A música é feita de
ciclos,então não há porque ficar muito preocupado com a situação atual. Nós
continuaremos fazendo música com criatividade, intensidade e tesão, não importa
o que aconteça ou qual seja o hit do verão.
C.V.: Para fechar, gostaria de saber o que é planejado para a sequência e o que os
fãs podem esperar para os próximos meses?
F.M.: Shows, shows e mais shows. Queremos tocar bastante e espalhar a palavra para o maior
número de pessoas possíveis. Já iniciamos também as composições do terceiro
álbum. A gente não vai desacelerar.
Foto:
Zanelli Caldas
0 comentários:
Postar um comentário