Uso da tecnologia é debatido por professores da Educação Especial

17 maio 2019 |



Fortalecer a tecnologia assistiva nas escolas e proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de alunos com deficiência promovendo vida independente e inclusão. Este é o objetivo da capacitação realizada nesta quinta-feira (16), no Paço Municipal, com profissionais que atuam nas 53 salas de recursos de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e 12 salas de Apoio Pedagógico Específico (APE). Com o tema "O uso da tecnologia na inclusão", a programação contou com palestras, dinâmicas e relatos de experiências.

Foram apresentadas estratégias que visam contribuir para o trabalho especializado da Educação Inclusiva na rede municipal. Um dos focos foi o uso do  Dosvox, aplicativo para deficientes visuais. O programa já conhecido por muitos professores da rede municipal foi apresentado para que seja ampliado. A rede municipal conta com 15 alunos que apresentam deficiência visual (cegueira/baixa visão) e quatro professores especializados.

A intenção, de acordo com o professor Raul Ferrarez, é que o acesso seja ampliado no segundo semestre. "O aplicativo ajuda no processo de alfabetização, habilidades de escrita e até na oralidade",  destaca o professor que é deficiente visual. O software conta com formatador para Braille, jogos, programas multimídia e utilitários de internet .

A ocasião também contou com palestra da professora da sala de Apoio Pedagógico Específico (APE), Elisângela Parreira. A educadora que atua no Colégio Municipal  Aroeira abordou o tema "O papel dos jogos no desenvolvimento das habilidades cognitivas".

A formação recebeu também a professora de AEE da Escola Municipal de Educação Infantil Ana Benedicta da Silva Santos (Centro), Izabel Martins que destacou o tema "Comunicação Alternativa". Já a coordenadora de campo Sara Lopez abordou a questão do "Uso de gráficos no word".

Segundo a superintendente de Educação Integrada, Janaína Pinheiro, as parcerias estão sendo fortalecidas com a Secretaria de Saúde, Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi), Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Conselho Tutelar. "Além disso, são realizadas formações mensais com os profissionais, acompanhamento periódico às escolas com avaliação, orientação e encaminhamento específico", destacou. 

Atendimento em Macaé

Neste primeiro bimestre letivo, Macaé atendeu 890 alunos com múltiplas deficiências (autismo, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação). O serviço é realizado pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), preferencialmente na própria escola em que o aluno estuda, no período inverso ao da sala de aula comum que ele frequenta. Existe ainda a possibilidade do trabalho acontecer em uma outra escola próxima que é considerada polo, sempre no contraturno da unidade de ensino comum.
  
Já as salas de Apoio Pedagógico Específico (APE) recebem, nos horários divergentes aos de aula, estudantes do 1º ao 5º ano, que apresentam transtornos funcionais específicos de aprendizagem, emocionais ou de comportamento da infância e adolescência.  

Também funcionam os polos de atendimento: Colégio Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel (Miramar) aos estudantes do 6º ao 9º ano, que apresentam deficiência auditiva- surdez; Jofre Frossard (Centro) para alunos de 1º ao 5º que apresentam surdez e Neusa Goulart Brizola (Barra) com atendimento para estudantes de 1º ao 5º com deficiência visual.

A coordenadora da Educação Inclusiva, Regina Signe, explica que este ano houve aumento do número de alunos em virtude do ingresso expressivo  dos estudantes da rede privada e ao atendimento ao Plano Nacional de Educação . "A rede municipal está se adequando para atender à nova demanda de alunos. Este ano foi aberta a nova sala de recursos na Escola Municipal de Educação Infantil Professora Hilda Ramos Machado (Centro)" pontua.


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