Fortalecer a tecnologia assistiva nas escolas e proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais de alunos com deficiência promovendo vida independente e
inclusão. Este é o objetivo da capacitação realizada nesta quinta-feira
(16), no Paço Municipal, com profissionais que atuam nas 53 salas de recursos
de Atendimento Educacional
Especializado (AEE) e 12 salas de Apoio Pedagógico Específico (APE). Com o tema "O uso da
tecnologia na inclusão", a programação contou com palestras, dinâmicas e
relatos de experiências.
Foram apresentadas estratégias que visam contribuir para o trabalho especializado da Educação Inclusiva na rede municipal. Um dos focos foi o uso do Dosvox, aplicativo para deficientes visuais. O programa já conhecido por muitos professores da rede municipal foi apresentado para que seja ampliado. A rede municipal conta com 15 alunos que apresentam deficiência visual (cegueira/baixa visão) e quatro professores especializados.
A intenção, de acordo com o professor Raul Ferrarez, é que o acesso seja
ampliado no segundo semestre. "O aplicativo ajuda no processo de
alfabetização, habilidades de escrita e até na oralidade", destaca o
professor que é deficiente visual. O software conta com formatador para
Braille, jogos, programas multimídia e utilitários de internet .
A ocasião também contou com palestra da professora da sala de Apoio
Pedagógico Específico (APE), Elisângela Parreira. A educadora que atua no
Colégio Municipal Aroeira abordou o tema "O papel dos jogos no
desenvolvimento das habilidades cognitivas".
A formação recebeu também a professora de AEE da Escola Municipal de
Educação Infantil Ana Benedicta da Silva Santos (Centro), Izabel Martins que
destacou o tema "Comunicação Alternativa". Já a coordenadora de campo
Sara Lopez abordou a questão do "Uso de gráficos no word".
Segundo a superintendente de Educação Integrada, Janaína Pinheiro, as
parcerias estão sendo fortalecidas com a Secretaria de Saúde, Centro de
Atenção Psicossocial Infantil (Capsi), Centros de Referência de
Assistência Social (Cras) e Conselho Tutelar. "Além disso, são
realizadas formações mensais com os profissionais, acompanhamento periódico às
escolas com avaliação, orientação e encaminhamento específico",
destacou.
Atendimento em Macaé
Neste primeiro bimestre letivo, Macaé atendeu 890 alunos com múltiplas
deficiências (autismo, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação). O serviço é realizado pelo
Atendimento Educacional Especializado (AEE), preferencialmente na própria
escola em que o aluno estuda, no período inverso
ao da sala de aula comum que ele frequenta. Existe ainda
a possibilidade do trabalho acontecer em uma outra escola próxima que é
considerada polo, sempre no contraturno da unidade de ensino comum.
Já as salas de Apoio Pedagógico Específico (APE) recebem, nos horários
divergentes aos de aula, estudantes do 1º ao 5º ano, que apresentam transtornos
funcionais específicos de aprendizagem, emocionais ou de comportamento da
infância e adolescência.
Também funcionam os polos de atendimento: Colégio Municipal Ancyra
Gonçalves Pimentel (Miramar) aos estudantes do 6º ao 9º ano, que apresentam
deficiência auditiva- surdez; Jofre Frossard (Centro) para alunos de 1º ao 5º
que apresentam surdez e Neusa Goulart Brizola (Barra) com atendimento para
estudantes de 1º ao 5º com deficiência visual.
A coordenadora da Educação Inclusiva, Regina Signe, explica que este ano
houve aumento do número de alunos em virtude do ingresso
expressivo dos estudantes da rede privada e ao atendimento ao Plano
Nacional de Educação . "A rede municipal está se adequando para atender à nova demanda de
alunos. Este ano foi aberta a nova sala de recursos na Escola Municipal de
Educação Infantil Professora Hilda Ramos Machado (Centro)" pontua.
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