“A
questão educacional em Tanguá é o retrato da educação no Brasil e, talvez, da
maior parte do mundo, salvo alguns países onde o índice de aproveitamento
supera as expectativas, como a Coréia do Sul, o Japão, a Finlândia, os Estados
Unidos e os países mais desenvolvidos da Europa”. Este depoimento reflete a
opinião do pré-candidato a vereador, em
Tanguá, Ervani Santos, no tocante ao ensino no município. Segundo o jovem,
erra quem diz que a culpa pela falta de avanço da Educação em Tanguá ou em
qualquer outro lugar do país, seja do governo municipal atual ou dos anteriores.
Ele alega que a culpa do ensino no Brasil ter baixo índice de aproveitamento seja
devido à falta de estrutura familiar, primeiramente. “É raro uma criança
conseguir se desvencilhar do seu meio; pais que não leem dificilmente incentivarão
seus filhos a lerem e isso acaba criando um ciclo. Pais que não concluíram seus
estudos não são, de forma alguma, bons exemplos para seus filhos porque a
mobilidade social no Brasil é algo muito difícil. Tudo culmina na base
educacional. Pais lavradores, salvo exceção, gerarão filhos lavradores e, por
sua vez, pais doutores tornarão seus filhos doutores. Nada contra os
lavradores, afinal, de onde sai o nosso pão?”, questiona. “Mas o que quero dizer
aqui é que a criança deve ter a oportunidade para escolher o que ela deverá ser
no futuro, e isso só será possível se houver um investimento muito pesado na
área da educação; para colher os frutos só daqui a três gerações. É preciso tentar
diminuir a evasão escolar, criar alguma espécie de controle – não apenas com o
Bolsa Família, que é facilmente burlável –, onde cada família seja monitorada
na questão de como lida com suas crianças fora da escola. Não adianta a criança
aprender na escola durante quato horas e, as outras vinte horas em que está
fora dela, desaprender tudo o que adquiriu, ou seja, 80% do tempo dela está com
outras finalidades”.
Como pré-candidato, Santos diz que é possível fazer
muito com pouco. “Meu próprio exemplo de luta tem demonstrado isso. Meu
trabalho com as pessoas necessitadas demonstra isso. O que eu faço? Criei um
grupo de pessoas que não podem ajudar com muito; junto esse pouco, faço o muito
e, com o conquistado, ajudamos muita gente. É a ótica da vaquinha virtual. É a
ótica do Sermão da Montanha”, fundamenta.
Santos observa que a maior dificuldade seja ter
alguém “que arregace as mangas, vá lá e faça”. O jovem empreendedor adverte
que, na educação, é a mesma coisa. “Tanguá não é campeão em arrecadação, como
Maricá, Rio Bonito e Itaboraí – nossos vizinhos mais ricos –, mas, se tivermos
boa vontade, conseguimos fazer um trabalho de formiga e dar um salto no sistema
educacional em Tanguá”, analisa.
Ele faz uma comparação. “Oeiras, uma cidade do
interior do Piauí – ouviu o que eu disse? Piauí! – lugar aonde ninguém vai, salvo
o Whindersson Nunes, quase ninguém conhece um piauiense aqui no Sudeste. Então,
Oeiras, município do interior do Piauí, atingiu um índice de educação maior do
que todo o restante do Brasil. Oeiras está mais para a Finlândia na questão
educação do que Brasília. Pode acreditar. Como conseguiu isso? Iremos
descobrir. Vamos lá e vamos trazer isso para cá. Tanguá pode mudar”, motiva.
Além do Ensino Fundamental, que é obrigação do
município, a escola técnica prepara melhor os jovens para o mercado de trabalho
e Santos pretende ser um dos aliados para incentivar escolas preparatórias
assim no município. “A escola técnica é importante, pois nem todo mundo quer
ser um doutor. Por isso, podemos pensar nessa questão. Mas, temos que mirar a
lua porque, assim, conseguimos, pelo menos, atingir as estrelas”, comenta.
O pré-candidato a vereador faz planos. “Temos que
trazer um campus universitário (público) para Tanguá. Vassouras tem, Nova
Friburgo tem, Macaé tem, Nova Iguaçu tem. Porque Tanguá não pode ter? Por acaso,
somos menores que eles? Se conseguirmos isso, passamos a dianteira em relação
aos nossos irmãos ricos, Itaboraí e Maricá, que tem faculdade, mas não pública.
Com a universidade, atraímos toda espécie de curso preparatório e, melhor,
atraímos gente. E atraindo gente, aumentamos a arrecadação. Assim, aumentamos
investimentos. Nesse caminho, melhoramos a qualidade de vida de Tanguá, entende?”,
indaga.
Santos afirma que tudo é uma engrenagem que começa
com a educação. “É possível porque outros fizeram. E, se outros fizeram, eu
também posso fazer. Nunca um ‘não’ me faz andar para trás, pelo contrário: os ‘nãos’
da minha vida me alavancaram e me fizeram ser o que sou hoje, uma pessoa
otimista, lutadora e que acredita que as pessoas unidas podem vencer qualquer
guerra, inclusive essa que estamos tendo agora contra a pandemia”, frisa.
O jovem destaca que, quem está na dianteira contra a
guerra do coronavírus não é a saúde, pois esta recupera os feridos e
machucados. “Quem está na dianteira é a educação, que está fazendo o possível e
o impossível com os seus cientistas, estagiários e técnicos, para descobrir uma
vacina. A educação é a mola mestra de toda uma sociedade. Ervani Santos é foco
em educação!”, ergue sua bandeira.
Foto: Divulgação
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