A 5ª edição da
MAX – Minas Gerais Audiovisual Expo, realizada entre os últimos
dias 16 e 19 de novembro, teve número recorde de projetos audiovisuais
inscritos para as Rodadas de Negócios e de participantes das palestras. O
evento, inteiramente on-line e gratuito, foi realizado pelo Sebrae Minas,
Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e Secretaria de Estado
de Cultura e Turismo de Minas Gerais.
A MAX 2020 teve 1265 pessoas inscritas na programação de
conteúdo, que ofereceu 15 horas de debates com a participação de quase 50
convidados de destaque. A curadoria foi feita pela BRAVI - Brasil Audiovisual
Independente, associação que reúne 670 empresas produtoras do país. O gerente
de projetos da entidade, Lucas Soussumi, que está à frente da programação desde
a primeira edição, em 2016, acredita que, neste ano, foram superadas as
expectativas.
“Hoje a MAX é uma das protagonistas nas ações de mercado
voltadas para as produções brasileiras independentes e acredito que essa tenha
sido a melhor de todas as edições. Tivemos colaboradores de altíssimo nível e,
por ser totalmente virtual, conseguimos internacionalizar o evento e trazer
pessoas muito importantes do mercado global. Esses palestrantes deram
verdadeiros shows e trouxeram novas visões e possibilidades para a produção
audiovisual brasileira”, declara Lucas.
Entre os convidados estrangeiros de destaque, estavam
Maurício Kotait, vice-presidente sênior e gerente geral da ViacomCBS, o
produtor executivo da Dynamo, Diego Ramirez Schrempp e o vice-presidente sênior
da inglesa DUBIT, DavidKleeman. Além disso, um painel exclusivo sobre o mercado
chinês trouxe representantes do governo do país e de empresas chinesas de
conteúdo e games.
Vale destacar ainda, entre as dezenas de nomes dos
audiovisual brasileiro, a participação comemorada de Luis Carlos Barreto. Aos
92 anos, um dos diretores mais premiados do país, com mais de cinquenta filmes
no currículo, ofereceu uma aula sobre a história do cinema no país e declarou
seu otimismo sobre a recuperação e o crescimento da produção brasileira.
Rodadas de Negócios
A programação de negócios da MAX teve
participações de 37 players de destaque nos mercados nacional e internacional,
entre eles, distribuidoras, canais de TV paga e TV aberta, plataformas de
vídeoondemand, agregadores e produtoras.
As empresas realizaram, ao todo, 342 reuniões virtuais
com produtores independentes, para conhecer melhor os projetos que foram
previamente selecionados. A expectativa de geração de negócios,a partir dos
encontros, chega de R$ 427 milhões.
Em 2020, a MAX recebeu um número recorde de projetos
inscritos para as Rodadas: foram 741, de 14 estados, o que representa um
crescimento de 55% em relação à última edição. Foram selecionados para os
encontros 279 propostas de 170 produtoras de todo o país. “Mesmo em um formato
virtual, a Rodada de Negócios da MAX cumpriu o seu objetivo de gerar
oportunidades de negócios e ampliar o network e a aproximação entre grandes
players do audiovisual com pequenos produtores. Esperamos que o encontro seja o
pontapé inicial para a retomada desses negócios no mercado”, explica a gerente
da Unidade de Indústria, Comércio e Serviços do Sebrae Minas, Márcia Valéria
Machado.
Para o curador, Lucas Soussumi, os resultados alcançados
dificilmente seriam atingidos em um evento presencial e há muitas chances
concretas de viabilizar as produções. “Tivemos a participação de grandes
players como Amazon, Netflix, Warnes Bros, Viacom, Discovery, GNT, Mais Tela e
canais Globo e muitos outros. Plataformas com possibilidade em investir,
grandes produtoras como a Boutique Filmes e a Academia Filmes, que estão
dispostas a fazer coproduções com os independentes e também distribuidoras como
a Boulevard, Pandora, Vitrine e Olhar. Cobrimos todo o ciclo de produção –
produzir, vender, distribuir e exibir”, explica Lucas.
Pitching
Uma das atividades mais concorridas da MAX
foram as sessões de pitching, em que os produtores têm apenas sete minutos para
apresentar seus projetos a uma banca de players interessados. Foram
selecionados 12 projetos, quatro para cada uma das categorias: ficção,
documentário e conteúdo infantil.
Este ano, a MAX recebeu ao todo 459 inscrições de
propostas, o que representa um aumento de 58,8% em relação a 2018, quando foram
inscritos 289 projetos. Eles vieram de seis estados: Minas Gerais (3), Rio de
Janeiro (3), São Paulo (2), Bahia (2), Espírito Santo (1) e Santa Catarina (1).
Em 2020, se destacou a participação feminina entre os representantes dos
projetos, com oito mulheres e quatro homens.
“As sessões foram muito interessantes com os pitchings
gravados previamente e as dúvidas e questionamentos feitos ao vivo. Temos
grandes expectativas pelos resultados pós-rodadas e estamos na torcida para que
a MAX tenha cumprido seu papel no fomento a novas produções e na difusão de
conteúdos prontos, mas que precisam ter seu lugar nas telas para gerar novas
receitas para a indústria, novos empregos e uma nova representatividade do
Brasil no mercado global”, finaliza Soussumi.
A MAX 2020 se provou novamente como um importante espaço
para reflexão e caminho para viabilizar a produção, coprodução e distribuição
de projetos. Os participantes receberão certificados e todas as palestras e
painéis ficarão disponíveis por um mês no sitewww.max2020.com.br.
Minas Gerais Audiovisual Expo – MAX 2020
www.max2020.com.br
Foto: Divulgação
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