Charlie Ruan e a aventura de sentir na pele a vida de vários super-heróis

09 janeiro 2021 |

 



Uma brincadeira que virou profissão. Assim aconteceu com o Segurança Patrimonial Charlie Ruan, 44 anos, em São Paulo. Foi graças ao dia em que começou a fazer passos de dança com alguns amigos que surgiu a ideia de trabalhar em festas e eventos vestido de super-heróis. E a iniciativa deu certo. Hoje o rapaz até se apresenta em shows com a Turma do Palhaço Leleko, grande sucesso em terras paulistas e no país. “Comecei na área tem cerca de quatro anos. Tudo começou como uma brincadeira de amigos para dançar e, ao mesmo tempo, animar e alegrar as crianças da Vila onde eu moro”, contou com exclusividade ao CULTURA VIVA.


 Acompanhe esse super bate papo!

 

CULTURA VIVA: Um dos personagens que interpreta muito bem é o "Capitão América". Ele foi o seu super-herói preferido na infância?

CHARLIE RUAN: Eu interpreto mais o “Deadpool” e o “Pantera Negra”. O herói da infância é o “Homem de Ferro”. 

 

C.V.: Além destes, quais os outros personagens que interpreta?

C.R: No momento, estou interpretando somente o “Deadpool” e o “Pantera Negra” mesmo. 


 

C.V.: Como é a receptividade das crianças quando te veem trajado com um desses heróis? Chegam a fazer pedidos heroicos? 

C.R: É da hora! Eles pensam que você é o personagem mesmo; querem brincar, tirar foto, levar para casa! Ficam muito contentes! A expressão deles é incrível! E, quanto aos pedidos heroicos (risos), é claro, pedem sim, para lutar igual a eles, e ainda tem alguns que pensam que até voamos (risos). 

 

 

C.V.: Você faz parte da Turma do Palhaço Leleko, que faz o maior sucesso por muitos anos em São Paulo. Como surgiu essa oportunidade? 

C.R: Sim, faço parte. Na verdade, eu era professor de dança, de Black, street dance e tinha um grupo de dança conhecido como Os Pontes Boys, quando eu era mais novo, há uns 15 anos. O Leleko é meu amigo de infância. Ele já assistia alguns shows que eu fazia com o grupo de dança, mas nada de personagem. Ele dançava uns passinhos com a gente quando íamos nas discotecas e aprendia alguns outros passinhos também; daí, aconteceu que, quando o Leleko me chamou há uns cinco anos e fizemos uns personagens de Mickey, animal "doguinho de pelúcia gigante", mas até então, nada de personagem dançando. Depois, através daquela brincadeira que citei que fazíamos com as crianças aqui da Vila, o Leleko viu no status do WhatsApp as danças; gostou e chamou para vir se daria certo fazer um show de personagem com ele dançando, aí eu chamei um antigo integrante do grupo de dança Os Pontes Boys para me ajudar, o Anderson, o qual dança de Homem Aranha junto comigo. Ainda gravamos o CD do Leleko que contém a música “Leleko Dança Todo Torto”. Então, entrou o amigo Fernando "Boca" para dançar com a gente e, quando o Leleko pede para fazer shows com mais personagens e com mais pessoas da minha equipe de dança, o Fernando representa o “Deadpool” e eu, o “Pantera Negra” ou vice-versa. O importante é dançar para as crianças! Depois de certo tempo entrou a Carol que representa a personagem “Lady Bug”, que é minha namorada. Foi assim que surgiu a oportunidade.


 

 

C.V.: Além dos programas de TV em que participa com a Turma do Leleko, também participa dos shows com a equipe?

C.R: Sim, já participei.

 

C.V.: Fora à parte faz shows solo?

C.R: Sim, faço aniversários. Quando dá para encaixar os outros personagens, no máximo três, a gente se organiza. 

 

C.V.: Além dos shows, como você ganha a vida com esses personagens? Participa de quais outros eventos?  

C.R: Na verdade, os personagens são um pararelo. Não é minha renda fixa, eu trabalho na área de segurança e faço alguns shows.

 

 

C.V.: Em sua opinião, dá para sobreviver somente como cover de personagens?  

C.R: Para mim, no momento, não.

 

C.V.: Com todos os problemas que temos no setor cultural do país, ainda mais com o advento da pandemia do coronavírus, como está sua carreira hoje? Chegou a fazer shows online?

C.R: Minha carreira parou de vez. Até o momento não me chamaram novamente; só tenho feio gravações com o Leleko; nenhum show online.  

 

C.V.: Quais as principais novidades reserva para seu público ainda neste ano? 

C.R: Como agora, em 2021, ainda estamos em pandemia, vou aguardar a situação voltar  ao normal para voltar a fazer aquele show bonito para as crianças e, claro, junto com o Leleko e a turma toda!

  

C.V.: O que espera do futuro para sua carreira? 

C.R: Como já mencionei, tudo começou com uma brincadeira e espero poder brincar muito mais de dança e animar a alegrar as crianças! 

 

C.V.: Quais são suas redes sociais? 

C.R: Tenho Instagram @heroisdance e @charliedesouza76.

 

Fotos: Divulgação

 


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