Paula Porto e sua trajetória de sucesso na música gospel brasileira

Um dos maiores nomes da música gospel nos Anos 90 no Rio de Janeiro com reconhecimento nacional: Paula Porto. Com um timbre vocal de grande especialidade a cantora fez muito sucesso na década e foi consagrada como uma das mais cotadas na época. O tempo passou e ela hoje mantém a bela voz do passado e continua no ramo. Com destaque para seu filho, o jovem Matheus Porto, que faz sucesso cantando rits da MPB, no momento. “Esse meu primogênito é, de fato, uma benção, muito talentoso e chato como eu; gosta de tudo muito certinho, se prepara e sempre dá o seu melhor para que tudo saia com excelência!”, avaliou a artista.

 

Gentilmente, hoje    concedeu uma entrevista exclusiva ao CULTURA VIVA falando de sua trajetória. E o blog agradece a honra.

 

Acompanhe esse bate papo com esta super profissional da música gospel!

 

 

 

CULTURA VIVA: Sua primeira experiência na música foi na igreja?

PAULA PORTO: Sim, na Igreja Batista Monte Sião, em Paciência, no Rio de Janeiro.

C.V.: Você vem de uma família musical? E, no tocante a instrumentos, sua família tem essa herança?

P.P.: Sim, meus pais eram cantores de coral e tocavam gaita.

C.V.: Os Anos 90 foram marcados pelo surgimento de cantoras gospel de sucesso e você foi uma delas. O que mais recorda daquele momento?

P.P.: Lembrar é muito emocionante. Lembro em particular de um grande evento em São Paulo que aconteceu no campo da Portuguesa, onde mais de trinta mil pessoas cantavam "Palavras" enquanto minha voz embargava pela emoção do momento. O povo cantava e eu chorava em ver realizado o meu sonho de levar pessoas a se alegrarem e a adorarem ao Senhor Jesus. Foi, realmente, lindo aquele momento!

C.V.: Suas canções são lembradas até hoje pelo público, inclusive a música "Palavras". Qual o testemunho mais marcante que já ouviu de alguém que foi abençoado pelo seu ministério musical?

P.P.: Então, uma das histórias que mais me marcaram foi a de uma jovem senhora que tinha câncer num grau bem avançado. Ela tentava sintonizar alguma coisa no rádio que pudesse lhe acalmar o coração, quando sintonizou numa entrevista minha e, em seguida, tocou “Palavras”. Ela ligou para a rádio dois dias depois para que eles me contassem o ocorrido por pedido dela. Segundo o que me passaram, quando ela ouviu a música e tudo o que acontecia na entrevista sentiu Deus lhe tocando diferente, se levantou da cama, tomou banho, se arrumou e foi lutar pela cura. Eu não sei qual foi o desfecho. Porém, de uma coisa eu sei: que a música tem um poder curativo e a música para Deus tem um poder de ligação, liga o ser humano ao Eterno de uma forma única que só Ele explica. Isso é maravilhoso!

C.V.: Há muitos anos você está afastada da mídia gospel. Por que motivo? O que mudou em sua vida de lá para cá?

P.P.: Precisei dar uma pausa. Tive alguns problemas de saúde, mas dei continuidade como produtora, preparadora vocal, backing vocal, intérprete em vários trabalhos, estúdio e shows. Como compositora fui gravada por Rose Nascimento no CD “Cuida de mim”, com as obras “Amor sem fim” e “Hozanas ao Senhor”, que foi lançado pela Zecap gospel e RN produções;
Marcelo Nascimento no CD “Meu é tempo”, produzido pela MK Publicitá e amo o volume 7 com a obra “Solução do alto”; Gisele Nascimento, CD lançado pela Line Recordes com obra “Fé em ação”;
Álvaro Tito e Vando Oliver em “O vale independente”, dentre muitos outros grandes intérpretes que me gravaram. Eu sou muito grata a Deus pela vida de cada um!

C.V.: Seu timbre vocal é raro e marcante. Quais os estilos musicais que mais gosta de cantar?

P.P.: Bem, na verdade mesmo, eu gosto é de blues, jazz, bem aquele estilo Black Music, Espiritual Gospel Music dos filmes antigos, como Mississipi, A História do Movimento Gospel e da raiz de como nasceu tudo, sabe?
E a balada também surgiu na minha  interpretação ponderada que o meu produtor Agenir Parreira criou juntamente com o arranjador da época, que, com certeza, foi um acerto!

C.V.: Qual o trabalho musical que tem desempenhado nos últimos anos?
P.P.: Já me antecipei e respondi acima, eu acho! (risos).
Mas, no ano de 2020 que foi um marco para todos nós, fiz um show produzido por meu filho, Matheus Porto (@matheusportooficial), que também participou o meu caçula, João Lucas Porto (@jotaportooficial), que fechou o tempo de shows presenciais. Foi no dia 5 de março de 2020. Não imaginávamos que a pandemia viria no dia 17 do mesmo mês e ano. O Teatro Arthur Azevedo adorou a Deus naquela data que foi marcante para todos nós!

C.V.: Seu filho, o cantor Matheus Porto, tem se destacado no cenário musical e conserva um timbre vocal também marcante, mas, simultaneamente, suave, como o seu. Dá para traduzir o orgulho por esse artista importante em sua vida?
P.P.: Para a glória de Deus em minha vida, fui duplamente abençoada por filhos com dons musicais especiais. Esse meu primogênito é, de fato, uma benção, muito talentoso e chato como eu; gosta de tudo muito certinho, se prepara e sempre dá o seu melhor para que tudo saia com excelência! Ele não aceita um bom resultado, ele quer sempre o excelente! Isso, realmente, é maravilhoso! Assim como o caçula, de 17 anos, que é outra pérola que toca, compõe e também é um grande intérprete, assim como o irmão!

C.V.: Quais são suas redes sociais para o público te acompanhar?

P.P.: Meu instagram é @pportomusic.

C.V.: E os seus contatos para participação em shows e eventos?

P.P.: Para apresentações o contato é (21) 98271-3382.

 

Foto: Divulgação