O Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta até 15
de março de 2021 a instalação roçabarroca (2018/2020),
do artista mineiro Thiago Honório, no Projeto Parede -
espaço entre o saguão de entrada do MAM e a Sala Milú Villela.
Em roçabarroca, o artista veste as paredes do corredor do prédio,
reformado por Lina Bo Bardi, com taipa de mão e pau a pique, deixando-as em
"carne viva". O título da obra vem do livro e do poema "Roça
barroca", ambos da poeta e tradutora Josely Vianna Baptista (1957), que
traduz o mito poético da criação do mundo da tribo indígena Mbyá-Guarani do
Guairá a partir de cantos sagrados (e apresenta o poema "Roça
barroca"), escrito pela autora anteriormente à tradução dos cantos. Ao
unir as duas palavras, a grafia explicita elementos presentes na instalação,
como roça, oca, oco, barro e barroca.
Com a obra, o artista homenageia duas figuras importantes em sua
trajetória: Maria Boaventura de Souza, sua avó materna, que viveu em uma casa
de pau a pique no interior de Minas Gerais; e Maria de Fátima Boaventura de
Souza Andrade, sua falecida tia, que em 1978 registrou a casa em fotografias.
Esses mesmos registros levaram Honório a criar, agora, uma fotomontagem, que
foi a maior referência para a construção da obra.
"Há uma inversão em tal vestimenta das paredes internas do corredor
- que foi tomado como uma espécie de garganta e que se inicia no Auditório Lina
Bo Bardi e dá acesso ao bebedouro, ao restaurante e à sala principal de
exposições do Museu -, ao se trazer para a epiderme as entranhas, aquilo que
presumivelmente não seria revelado e submetido ao reboco, acabamento e
pintura", explica o artista.
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade
civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de
5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e
contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições
privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção
artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos,
seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e
práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a
todos os públicos por meio de áudio-guias, vídeo-guias e tradução para a língua
brasileira de sinais. O acervo de livros, periódicos, documentos e material
audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de
museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São
Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas
de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os
visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos
com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de
Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção.
Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades
especiais.
roçabarroca,
instalação de Thiago Honório
Local: saguão de entrada do MAM e a Sala Milú Villela
Visitação: até 15 de março de 2021
Endereço: Parque Ibirapuera (av.
Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portões 1 e 3)
Horários: terça à sexta, das 10h
às 16h
Telefone: (11) 5085-1300 Acesse aqui a prévia da exposição no perfil do mam no Google Arts
& Culture
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Foto: Divulgação
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