Marcelo Tas conversa
nesta terça-feira
(8/6), no #Provoca, com o jornalista e
escritor Ruy
Castro. No
bate-papo, ele comenta sobre a CPI da Covid-19, seu vício em álcool, livros e
biografias não-autorizadas. A edição inédita vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
Quando questionado por Tas se precisamos de provas na CPI da Covid para responsabilizar o
presidente Bolsonaro
pelos seus atos, Ruy Castro diz: "A investigação podia ser dispensada,
passar direto para as provas que estão mais do que na cara, né? Tudo o que ele fez e
faz está documentado, é o primeiro a gravar o que faz. É só botar no tribunal e
saber qual a pena. Ele vai ter uns mil anos, se houver justiça".
Na edição, o escritor comenta também sobre seu vício em álcool: "Eu tive que pedir
demissão da Veja, em 1986, porque a revista era na Marginal, onde não tem botequim em
volta. Eu
ficava lá em cima precisando beber desesperado e não podia beber no trabalho,
evidentemente. Então pedi demissão e voltei para casa para beber", conta
Castro.
Ele fala também na entrevista que fica abalado quando alguém
diz que o livro dele de que mais gostou foi o Chega de Saudade, publicado há mais
de 30 anos. "Eu já publiquei depois disso dezenas de livros, alguns dos
quais eu me orgulho muito. Então, quando alguém chega e diz para mim que o meu melhor livro é o
Chega de
Saudade ou O Anjo Pornográfico, publicado em 1992,
eu fico achando que de lá para cá eu só fracassei, não consegui
melhorar", comenta Ruy.
Por fim, o escritor aborda as polêmicas causadas, há
10 anos, por Roberto Carlos, Chico Buarque e Caetano Veloso contra as biografias
não-autorizadas. "Amantes da liberdade são o Caetano, o Chico, o Gil. O
Roberto Carlos não. Ele nunca foi amante da liberdade, ao contrário, ele é um
grande censor. Não gosta que publiquem nada sobre ele", relata.
Foto: Gelse Montesso
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