Observar o cotidiano e refletir sobre ele.
Criticar baseado em provas públicas e contundentes. Explanar sobre Deus,
acender a luz da conscientização sobre as religiões e se debruçar sobre a
espiritualidade do ser humano... Enfim, organizar esses assuntos num livro não
deve ser nada fácil. Pensar com coerência, misturando a realidade de figuras
públicas e seus nefastos escândalos e sinalizando suas intenções, sempre visando
o lucro e o deslumbre... E algo muito pior nisso tudo: figuras ditas cristãs.
Simultaneamente, recheando o texto com fatos históricos marcantes que, sem
sombra de dúvidas, já prenunciavam o futuro de homens gananciosos e sem
pudores. Com essa mesma história pincelar passagens bíblicas para selar
assuntos relevantes no interior das igrejas cristãs. Ou seja... Para sentar e
produzir uma obra dessa estirpe precisa ter muita coragem e, acima de tudo, conhecer
os caminhos da história que proporcionam
tanta confusão na cabeça dos desavisados e sensíveis na fé.
Acabei de conhecer alguém assim. Pasme!
Recentemente, recebi, de presente, o livro “Reflexões de um Observador II: Ensaios
sobre Deus, Religião e Espiritualidade” e, desde o primeiro dia, fiquei
curioso para conhecer a obra. Fui lendo, observando, refletindo, analisando, confrontando,
me identificado, até que entendi a intenção do autor: abrir os olhos do leitor para
separar “o joio do trigo”, entender, na esfera cristã, que riquezas
exorbitantes de líderes, comportamentos interesseiros de políticos e a
ignorância de muitos que se deixam levar por esse pessoal afetam sua relação
com o Deus verdadeiro, que muitos tentam esconder suas verdades e forma de
amar, sem preconceitos, sem acepções. Dá mais dinheiro dizer o contrário... E
esse livro traz o leitor para o debate, o desafia e o provoca a meditar e
prosseguir numa nova direção: do conhecimento e da não aceitação de imposições
e “ameaças” desses mal-intencionados.
O autor, Acioli
Junior, filósofo, historiador e gestor ambiental, do município de Cabo Frio (RJ), conseguiu, num toque de
mestre, reunir esses assuntos em belas 217 páginas, de forma que a pessoa lê,
lê e mergulha na temática buscando mais orientações, mais respostas... E as
encontra!
Esmiuçando, o escritor relata a história de
cada fato citado. Nunca fala sem provar. Critica altas lideranças cristãs e
políticas no país, mostrando os passos rumo às suas presunções. No capítulo “Jesus
é o caminho, as igrejas o pedágio” relata as formas de lucrar com a fé.
Emocionante, um trecho do livro é reservado para destacar uma menina que, ao se
dirigir ao supermercado e comprar o que sua mãe ordenara, volta para casa com o
dinheiro na sacola e o desenrolar evidencia pessoas que se tornaram anjos para
salvar da miséria a família daquela criança. Sem falar no “herói anônimo”
citado no capítulo “Cena do mês”. Quem seria esse senhorzinho, hein? Quanta
curiosidade!
Entre outros itens citados na obra, um ponto
alto foi a situação do pregador norte-americano Billy Graham que, ao receber
uma proposta do Partido Republicano para ser lançado como candidato à
presidência nos Estados Unidos, rejeitou por não negociar a sua fé e nem perder
seu cargo maior na vida: a de ministro do Evangelho.
Outras religiões também são citadas no livro
e, seus pontos desfavoráveis, também são sublinhados.
Ufa!
Quantos episódios conflitantes! Quantos
esclarecimentos!
Só tem algo a dizer: vale a pena conferir a obra para tirar as próprias conclusões! Permita-se ao confronto... Leia!
Foto: Internet
0 comentários:
Postar um comentário