Um homem sábio. Um
comunicador experiente. Ao transitar em publicação literária, cotidiano no
rádio e, ainda, comentário sobre política num telejornal, dentre outras
facetas, traz, hoje, ao público um profissional com uma bagagem madura o
suficiente para continuar surpreendendo e, principalmente, provocando as
pessoas a pensar, a refletir e, encontrar, em meio às palavras, conhecimentos
que vão além do que a vida alheia prega. Mais ou menos nesse viés, escreve sua
carreira o Jornalista, Radialista e Escritor Elias Teixeira, que irá lançar o livro "O Sábado Lá em
Casa", em agosto, e a obra promete aquecer o mercado literário.
Num bate papo superinteligente com o CULTURA VIVA hoje, o mestre deu um show de técnica e ética – traços fortes, bem marcados em sua índole.
Acompanhe!
CULTURA
VIVA: O senhor é um profissional do rádio com
vasta experiência. Atuar no ramo sempre foi um sonho?
ELIAS TEIXEIRA: Comecei no rádio em 1989 como locutor noticiarista e, algum tempo depois, também experimentei a sensação de ser comunicador, comandando programa diário. Mas, antes de tudo isso, fui locutor de serviço de alto falante quando eu tinha 14 anos. O rádio não foi um sonho, ele, simplesmente, aconteceu em mim nos anos 1980, quando comecei a perceber, como ouvinte, o que esse meio de comunicação era capaz de fazer através de seus comunicadores. A partir desse “despertar”, comecei a alimentar o desejo de me tornar um comunicador pelo bem que o rádio podia fazer às pessoas.
C.V.: Qual o trabalho que desenvolveu no
rádio que mais te deu experiência?
E.T.: O que me deu experiência no rádio foi o contato direto com as pessoas. Estar envolvido com o dia a dia da cidade, com as dificuldades vividas pela população em suas demandas nas diversas áreas sociais e, até mesmo espirituais, isso torna o radialista uma ponte, um facilitador. É gente de verdade falando para gente de verdade! Eu tive a oportunidade de viver tudo isso porque o rádio funcionava desse modo. Uma das coisas que aprendi como comunicador foi ouvir. Se o comunicador não ouvir, ele perde o seu alvo.
C.V.: Ainda trabalha em rádios? Como avalia a área da locução hoje?
E.T.: Sim, eu ainda trabalho em rádio. A avaliação que eu faço hoje é que não existe mais aquela abertura para o locutor aprender a produzir, a escrever, a fazer uma entrevista, a ler uma notícia, a diferenciar notícia de propaganda ou opinião. Hoje, há muitos bons locutores, super profissionais no ar, treinados para locução. Mas, são pouco explorados nessas áreas que pontuei, e penso que isso traria mais liberdade e flexibilidade ao comunicador para se expressar e dominar a sua área de atuação.
C.V.: O senhor também já foi comentarista de
política do "NT Jornal", da TV Novo Tempo. A política é uma editoria
preferida?
E.T.: Sim. Tive essa experiência por algum
tempo, acho que de 2007 a 2010. Eu gosto de política, não a política partidária
porque entendo que isso pode levar muitos à cegueira moral. Eu gosto de pensar,
de observar de maneira mais ampla e fazer um contraponto, levando em conta
conceitos, valores e princípios, não os meus, mas aqueles respaldados pela lei,
pela justiça, pela ordem. Tudo o que se refere à liderança humana não podemos
considerar absoluto. Toda narrativa tem o viés e a percepção de quem narra. E,
quando desprezamos o fato e fugimos da honestidade, toda narrativa precisa ser
revisada.
C.V.: Em agosto o senhor irá lançar o
livro "O Sábado Lá em Casa", pela Anelo Editora. É o
primeiro em sua carreira?
E.T.: Não é o primeiro da carreira, mas a este eu pretendo dar mais importância por tratar de um assunto crucial que é a liberdade religiosa. Eu também tenho três publicações de livros paradidáticos infanto-juvenil pela editora Casa Publicadora Brasileira – CPB.
C.V.: Qual a abordagem central desta obra?
E.T.: A abordagem central da obra visa chamar
a atenção para as dificuldades que muitas pessoas enfrentam por professar uma
religião que adota comportamento ou critérios não convencionais e essas pessoas,
muitas vezes, enfrentam problemas para se firmarem no meio profissional. Apesar
de haver liberdade religiosa, muitos entendem que não se pode misturar religião
com profissão. Porém, o cristão não pretende desconectar sua crença de suas
práticas no meio em que está inserido.
C.V.: Foi necessário fazer pesquisa para sua
tal produção?
E.T.: Não. Esse não foi um trabalho de
pesquisa. É um compilado de experiências vividas e das relações pessoais e
profissionais com pessoas de várias crenças. Tem muito das minhas observações
diante do cenário que se desenha sobre liberdade religiosa e suas implicações
na vida dos crentes.
C.V.: E como tem sido a expectativa de seu público para este lançamento?
E.T.: A expectativa eu pretendo criar agora,
com a sua ajuda nessa publicação. O seu trabalho tem sido relevante para
revelar muitas coisas de interesse comum e, até mesmo, levantar pautas que despertam
interesse para o que, quem sabe, não se havia pensado. Já agradeço a sua
gentileza de me abrir espaço para falar dessa obra. Creio que será de grande
valia para quem desejar conhecer sobre essa abordagem que trouxemos aqui nessa
entrevista.
C.V.: Irá fazer algum evento para lançar este
livro?
E.T.: Sim, pretendemos fazer um lançamento. Mas,
ainda não temos confirmado local, nem data, que divulgaremos posteriormente.
C.V.: Quais são as suas redes sociais?
E.T.: Eu dei um tempo nas redes sociais, isso pode ser contraditório para um comunicador, eu sei. Mas, deixo aqui o contato da Anelo Editora e, lá, nós podemos interagir com quem se interessar: (17) 98130-5624.
Fotos: Divulgação
3 comentários:
Parabéns ao grande Profissional!
Parabéns Elias por esta iniciativa, escrever um livro, considero um grande desafio e pelo que li na reportagem você se preparou pra isto , acredito que vai ajudar outras pessoas com sua publicação. Abraço
Obrigado, vereador Pedro Roberto! Alegria receber o seu comentário aqui. Que este livro seja realmente proveitoso para o leitor!
Postar um comentário