J C Gomes orienta o público com poemas que servem de alerta

 

Um homem simples, mas com uma bagagem cultural e informacional incrível! Do nada foi despertado a escrever poesias e, no exercício da função, tem vários livros publicados, inclusive obras técnicas, o que tem auxiliado muita gente. Enfim, seus poemas têm a capacidade de alertar os leitores e sinalizar pontos e questões talvez não considerados em meio à pressa do cotidiano. Ele é o sinal verde em pessoa e a literatura brasileira se orgulha de tanto talento!

 

Hoje o CULTURA VIVA conversou com o poeta J C Gomes e o mesmo tracejou suas histórias, pontuando os pontos principais.

 

Acompanhe! 

 

CULTURA VIVA: Em que momento da sua vida percebeu o dom para escrever poesias?

J.C.GOMES: Na verdade, eu nem sabia que conseguiria escrever poesias. Eu já vinha escrevendo livros há alguns anos e, do nada, resolvi escrever uma poesia e, como não sabia nenhuma técnica e me baseando em poesias rimadas que já tinha ouvido, resolvi seguir esse raciocínio e, então, nasceu “A ilusão do dia”, que foi a minha primeira poesia. Mas, era muito longa para ler em um Sarau com tempo reduzido e controlado. Logo, fiz uma filmagem profissional para promovê-la, mas parece que não funcionou.

 

C.V.: Como foi a sua reação ao perceber que já havia escrito sua primeira poesia profissionalmente?

J.C.G.: Quando terminei precisava de uma aprovação externa e pedi ao meu filho, que é formado em Ciência e Tecnologia da Informação, para avaliar e ele gostou muito, pois disse que assim deveria ser uma poesia, com princípio, meio e fim, e a minha tinha esses requisitos. Foi, então, que resolvi dar continuidade a essa técnica da rima metrada, que são poesias com sentido em cada estrofe.

 

C.V.: Em tese, suas poesias retratam o que especificamente? Qual sua intenção ao declamá-las?

J.C.G.: Eu sou um poeta realista, não falo de utopias e nem filosofias que, em minha opinião, são só teorias, assim como boa parte das coisas do mundo em que não encontram respostas, aí criam uma teoria e, isso, permanece como definitivo. Sou do tipo que gosta da verdade nua e crua. Por isso, escrevo o que serve de alerta para uma civilização que deseja viver a realidade, pois, assim, todos ficam atentos e só caem em desgraça se assim quiserem. Tento ajudar com minhas mensagens em forma de poesias.

 

C.V.: Qual poeta ou poetisa é a sua fonte de inspiração?

J.C.G.: Gosto muito da Cora Coralina. Cito o nome dela, pois, em minha opinião e pelo pouco que conheço sobre ela, sempre foi uma pessoa de muita resiliência. Durante anos escreveu sem ser reconhecida e, mesmo assim, não desistiu. Mas, Deus foi misericordioso com ela e a deixou viver ainda mais 20 anos usufruindo do sucesso que conquistou.

 

C.V.: Em sua opinião, como poderia haver mais incentivo para que novos escritores ganhassem força para seguirem seu talento, com segurança financeira?

J.C.G.: Confesso que essa pergunta é bem complexa, pois estamos em um tempo de interesses individuais e poucos se dão em benefício do outro e, em se tratando de políticos, pois são os políticos que decidem sobre esse assunto; apoiam quem dá retorno e, quem está começando “ainda”, não dá retorno. Mas, como eles não têm a capacidade de sentir quem tem futuro e quem não tem na área artística, preferem investir em quem já tem nome e, os novatos, têm de seguir de forma independente, ou seja, tem de bancar toda e qualquer despesa que surgir e, como não tem retorno “ainda”, acabam desistindo. Precisávamos de uma política cultural com um pouco mais de refinamento para separar o que é arte de verdade. E escrever, é uma das mais antigas e necessárias artes que conheço, pois antes de alguém se formar em alguma faculdade ou curso técnico, tem de ler; para que leiam tem de ter alguém para escrever e esse indivíduo tem de receber apoio para escrever mais e mais, principalmente coisas úteis, pois antes o ensinamento era de forma oral e, depois com a criação da escrita, os que aprenderam a escrever, passaram a redigir os ensinamentos dos profissionais de determinada área para outros aprenderem e ensinarem a outros, e assim por diante.

 

C.V.: O senhor também atua na comunicação como apresentador de programa Web pela internet. Como é esse trabalho?

J.C.G.: Esse “trabalho” surgiu do meu interesse em ajudar ao Rodrigo Almeida do programa “Histórias de sucesso” que, ao me entrevistar, percebi que a câmera ficou fora de posição e como ele é deficiente visual, fui pesquisar outras entrevistas e percebi que ele cometia esse e outros erros que prejudicavam muito o seu trabalho, então, me ofereci como voluntário para ajudá-lo a se posicionar diante da câmera.  Ele me convidou para fazermos uma parceria, gostei, o público também gostou, e não parei mais.

 

C.V.: Pretende presentear seu público com algo novo em 2024?

J.C.G.: Para começar, deixa eu dizer uma coisa: sou um semianalfabeto. Cursei somente até a 8° série (hoje, o 9º Ano do Ensino Fundamental) e, sendo assim, tenho pouco público, pois as pessoas dão valor a um diploma e não ao saber do indivíduo, ou seja, acham que um cara igual a mim não tem nada para passar para eles. Não sabem estes que sou autodidata e tenho muita experiência de vida; não sou convidado para nada além de saraus e feiras literárias, pois sou somente um técnico de manutenção que resolveu ser escritor. Hoje já tenho 16 livros publicados na Amazon, sendo três técnicos, onde oriento pessoas a se decidirem em se tornarem um escritor ou um técnico em manutenção, e a entender um pouco de marketing digital Tenho sete participações como coautor em coletâneas; tenho, ainda, uns oito livros quase prontos para publicação; já escrevi dois volumes da coleção Poesias do Fundo da Alma, inclusive transformei minha primeira poesia em peça de teatro, que está com uma amiga da Ansar (escola de teatro e dança). Só participo de coletâneas porque pago para participar, sei bem onde é o meu lugar. Mas, tenho projetos para 2024 sim, além de novos livros, tenho convites para transformar minhas poesias em músicas e, um dos livros, em filme, se for da vontade de Yaohuh (Deus), será feito!

 

C.V.: Quais premiações já recebeu em sua carreira?

J.C.G.: Em 2016 recebi uma moção de louvor pela câmara de Vereadores do Rio de Janeiro por minha contribuição com a sociedade através de livros; me tornei membro new acadêmico do Núcleo acadêmico de Letras e Artes de Portugal (NALAP); depois, fui homenageado pelo Mural do Azulejo, tendo minha foto e o meu histórico em um muro no bairro da passagem, em Cabo Frio. No mesmo ano, fui convidado para escrever um livro em parceria com uma escritora de Manaus e voei para lá, onde fiquei 61 dias e, além de escrever o livro “Histórias que Contamos”, em parceria com Francis Souza Cruz, ela também me presenteou com um vasto turismo na cidade, onde conheci o Teatro Amazonas, o encontro das águas dos Rios Negro e Solimões e a cidade de Mancapuru, além da Praia da Ponta Negra e toda uma culinária de peixes e frutos daquela localidade, onde me inspirou a escrever mais um livro, “Memória de uma vida” volume 2, Rio/Manaus. Recebi o prêmio de Artista Revelação de 2023, em Búzios, participei dois dias na Bienal Rio 2023, lançando os livros Erick & Rouse e Se Tens Um Dom; Seja!, além de participar três dias da Flim de Mambucaba, em Angra dos Reis. Também sou atuante no Dom Sarau, no Shopping Partage (São Gonçalo) e Sarau do Horto, no Fonseca (Niterói).

 

C.V.: Quais são as suas redes sociais?

J.C.G.: Instagram: @escritorjcgomes

Site: https://jcgomesescritor.com.br/

Facebook: https://www.facebook.com/cglivroseautores

Youtube: Áudi books JC Livros Autores https://www.youtube.com/channel/UC7VUqLttcXMCuO4jZ6A4Wfg

Whatsapp: 21995785539

Histórias de Sucesso: https://www.youtube.com/watch?v=-yCM6FO_fH4

Escritor JC Gomes

 

Fotos: Divulgação