Junior e a história incrível do Grupo Semeando. Quem esquece?

13 julho 2024 |

 


Como os Anos 80 revelaram tantos talentos na música mundial! Dá saudade da época em que as rádios sempre traziam novos cantores, novos compositores e o mercado fonográfico expandia de forma incontrolável! Com a música gospel não foi diferente. Grandes nomes surgiram naquela época e estão atuando no mercado até hoje. Um dos grupos que mais marcaram a juventude, em 1985, foi o grupo Semeando que, transformou um grupo de jovens da Igreja Metodista, no Rio de Janeiro, em músicos reconhecidos em todo o Brasil, tanto pelas composições muito bem inspiradas, como pela voz do vocalista, o Geazer Jr., hoje conhecido como “Junior Semeando”.

 

Em entrevista exclusiva ao CULTURA VIVA, relatou um pouco da história do grupo, opinou sobre o momento do mercado fonográfico e atualizou como vai o cotidiano do ministério musical. Que honra!

 

Acompanhe!

 

CULTURA VIVA: Que fato marca o início do Grupo Semeando, em 1985?

 

JUNIOR SEMANDO: Éramos um grupo jovens Metodistas inconformados com a tradição humana, se sobrepondo ao Evangelho. Naquela época o proselitismo já era forte entre as denominações, mas, pela graça de Deus, conseguimos furar o bloqueio sistemático das denominações e começamos a cantar nossas músicas em festivais, fazíamos evangelismo na rua e por aí fomos em frente.

 

C.V.: Naquela época já imaginavam que a música gospel desenvolveria tanto no Brasil?

 

J.S.: Não podemos deixar de registrar que a Rádio Melodia, no Rio, começou a mudar e a promover o potencial da música gospel, passando a entender que esta poderia superar suas limitações, bem como abriu espaço para vários compositores de diversas linhas e permitiu que estes pudessem expor suas músicas no meio cristão. 

 

C.V.: O Semeando foi um grupo que chegou a atuar mais em um estado específico, ou a proposta foi formulada para viajar pelo país?

J.S.: Começamos apenas como um grupo local. Com o passar dos anos, entendemos, em Deus, que nosso projeto seria nacional.

 

 

C.V.: E a escolha do repertório como faziam? Realizavam reuniões?

J.S.: Eu (Geazer Jr.), Bennon e Mário Henry tínhamos momentos que criamos algumas músicas, como Coração de Pedra (eu e Bennon). Em outros momentos, na maioria das vezes eram composições individuais.

 

 

C.V.: O sucesso da música "Por que desesperar?" foi impactante e perdura até hoje. Qual sua análise específica sobre este poema transformador?

 

J.S.: Eu, particularmente, componho música que fazem parte de alguma fase da minha vida. Isso me ajudava e me ajuda a me curar das feridas da alma. Essa era uma forma de expor ao público letras que fossem capazes de gerar conforto, alento, confronto e transformação de vidas pelo Espírito Santo de Deus.

 

C.V.: Nos Anos 80 e 90 a música gospel ganhou força também graças às emissoras de rádio. O que tem a dizer sobre isso?

J.S.: Sim, as rádios contribuíram muito. Mas, ressalto que a comunhão expositiva nas igrejas e em eventos aproximava muito, criando uma conexão mais autêntica e produtiva entre os músicos e o povo. Hoje essa conexão acabou, digitalizou demais. Fora que grandes nomes da música gospel não cantam mais em igreja, só em eventos de Prefeitura. Mamon falando mais alto do que o chamado.

 

 

C.V.: Desde quando retornou o ministério? Ainda tem contato com os integrantes do Semeando?

J.S.: Sim, tenho. Mas, a missão do Semeando continua, nossa agenda está aberta, basta fazer contato pelo telefone (32) 99832-0350.





 

C.V.: A divulgação do seu trabalho na internet faz o público voltar no tempo. Esta foi sua ideia inicial?

J.S.: Com certeza. Como sempre lançamos nossas músicas de forma independente (exceto o CD Fidelidade, em 1998) pela MK Music. Nosso estilo de vida é simplista, não fazemos música mercadologicamente. À medida que temos condições, lançamos novas músicas, pois, nos anos 80 e 90 tínhamos condições de produzir mais; agora, com streaming, não há condições. Mas ficamos felizes porque a internet não deixa apagar a jornada do Semeando.

 

C.V.: E sobre o seu timbre de voz raro, o que dizem os especialistas na área musical e qual a sua avaliação?

J.S.: Procuro me cuidar. Sei que há algo de Deus nisso, mas não me sinto à vontade com elogios. Que seja tudo para a glória de Deus!

 

C.V.: Quais são as suas redes sociais?

J.S.: Facebook, Instagram, You Tube e Tik tok:  @juniorsemeando, além do site www.juniorsemeando.com.br.

 

 

Fotos: Divulgação


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