Kenia Bianor e a Musicoterapia como forma de embalar a vida

27 julho 2024 |

 


A música como forma de embalar a vida e tratar questões que norteiam o cotidiano. Essa é a missão da Musicoterapeuta Kenia Bianor, 36 anos, do Rio de Janeiro. Ao se apaixonar pela profissão, encarou as dificuldades, na formação, mas sempre acreditou no foco que já tinha. Traçou seu objetivo e seguiu.


Atualmente, uma exímia profissional no ramo, Kenia ampliou seu trabalho e, além, deste ofício, também atua como Psicomotricista, especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA), Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e Terapeuta Benenzon. Uma bagagem e tanto.

 

Hoje, ela conversou com o CULTURA VIVA e detalhou como funciona seu trabalho. Acompanhe!

 

CULTURA VIVA: Atuar na Musicoterapia sempre foi um desejo profissional?

KENIA BIANOR: Desde quando eu descobri a existência da Musicoterapia, em 2005, já sabia que queria. Fiquei encantada e apaixonada desde então!

 

C.V.: Quais as maiores dificuldades que encontrou durante a formação? Como as superou?

K.B.: Confesso que foi bem natural, apesar de intenso. Não vi como dificuldades. Morava longe e tinha que estar todos os dias no Centro da Cidade porque as aulas eram todos os dias pela manhã e, à tarde, os estágios. Eu tinha muito desejo de estar ali. Então, fiz o que tinha que ser feito.

 

C.V.: Em síntese, de que trata a Musicoterapia?

K.B.: Resumindo bem, Musicoterapia é o uso da música e seus elementos com objetivos clínicos realizado por um Musicoterapeuta devidamente qualificado, levando em consideração todos os aspectos do sujeito, assim como sua vida e história sonoro musical.

 

C.V.: Qualquer pessoa, de qualquer idade pode fazer o tratamento?

K.B.: Qualquer pessoa. Não é a idade que define e, sim, a demanda. O objetivo específico é individualizado para cada um.

 

 

C.V.: Quais os principais cuidados que o musicoterapeuta deve ter ao trabalhar com um paciente?

K.B.: Todos. Uma boa formação inicial em Musicoterapia e continuada faz toda diferença, levando em consideração a iatrogenia da música.

 

C.V.: E são necessários cuidados também por parte do paciente referente ao alcance de voz, cordas vocais, respiração?

K.B.: O paciente não, necessariamente, precisa ter conhecimento musical para receber tratamento de Musicoterapia. O Musicoterapeuta, sim. Mas, cada paciente é único. Cabe ao Musicoterapeuta avaliar e organizar seus objetivos e condutas clínicas com cada um individualmente. 

 

C.V.: No início do tratamento há uma regra geral que norteia todo o procedimento?

K.B.: Não. Repito: Cabe ao Musicoterapeuta avaliar e organizar seus objetivos e condutas clínicas com cada um individualmente. 

 

C.V.: Existe um tempo específico para este tratamento? Varia de caso para caso? K.B.: Varia.

 

C.V.: Como Especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA) como tem sido o cotidiano? Desafiador?

K.B.: Trabalho com TEA desde os estágios em Musicoterapia, em 2006. Cada pessoa é de uma maneira e tem histórias de vida completamente distintas. No geral, consigo fluir bem com as famílias e demais terapeutas. Prefiro focar nos potenciais e objetivos do que ficar olhando para as dificuldades. 

 

C.V.: Como a Musicoterapia pode ser útil para estes pacientes? Quais são os principais resultados que tem visto, de forma em geral?

K.B.: Repito: varia. Cada sujeito é individual e possui seus desafios e potencialidades. Cabe ao Musicoterapeuta avaliar e definir o caminho a ser percorrido junto com o paciente, família e demais pessoas que compõem essa rede.

 

C.V.: Quais são as suas redes sociais?

K.B.: Instagram @keniabianor.musicoterapia.

 

Foto: Arquivo pessoal de Kenia Bianor

 


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