Alexandre Canhoni e a expressão musical que transforma vidas

14 janeiro 2025 |

 


 

Ele já teve vida de astro. O talento para a música e a dança sempre esteve presente em sua vida, desde menino. Toca vários instrumentos e já agregou uma multidão de fãs. Também, a oportunidade que a vida lhe presenteou, na verdade, despertou inveja em muita gente. Foi assistente da apresentadora Xuxa, na Rede Globo, nos Anos 90, e teve uma carreira vitoriosa, em todos os aspectos. Esse profissional gabaritado é o Alexandre Canhoni, mas conhecido como “Xand”, ex-Paquito.


Contudo, a vida deu uma guinada e tudo mudou. Ao ter uma experiência, através do som de uma canção, converteu-se ao Evangelho e, um depois, passou a atuar como missionário num país chamado Níger, no Oeste da África, no Deserto do Saara, e já está por lá há 22 anos.


Através do seu trabalho, muitas crianças, adolescentes e jovens têm experimentado uma nova forma de vida, principalmente mediante às dificuldades que o país onde residem enfrenta.


Ainda assim, Alexandre segue sua carreira e só agregou o currículo. Atualmente, é músico, teólogo, cantor e missionário.


Hoje, o rapaz, muito querido por todo o Brasil, concedeu entrevista ao CULTURA VIVA. Acompanhe!



CULTURA VIVA: Cantar e dançar sempre foi um desejo, desde criança?

ALEXANDRE CANHONI: Sempre trabalhei no meio televisivo. Não só cantava ou dançava, mas, também, tocava alguns instrumentos, desde pequeno.

 

C.V.: Atuar como Paquito e assistente da Xuxa na maior emissora de TV do país, que é a Rede Globo, foi uma grande vitória, no início da sua juventude. Apesar de ter o talento para o ofício, foi muito invejado pela oportunidade?

A.C.: Era natural, como, por exemplo, eu era o cantor da equipe. Tinha, com certeza, olhares mais focalizados para quem, geralmente, é o cantor do grupo, mas eu sempre tirava de letra, fazia o meu trabalho, procurava fazer o que realmente me propunham, até além. Eu era um cara bastante esforçado, aliás sempre fui esforçado, principalmente mediante a oportunidade que tive na carreira, não só na Rede Globo, mas, depois, na carreira solo também, sempre muito focalizado. Então, às vezes, eu nem ligava para algumas mensagens ou palavras que eram lançadas para mim.

 

C.V.: Como era seu relacionamento com o público, em específico, com as crianças? Tem alguma recordação, em especial?

A.C.: Meu relacionamento com o público sempre foi muito carismático. Sempre atendi a todos, dando autógrafos, fazendo fotos, eu gostava muito disso e fazia parte do meu propósito de cada vez ficar mais conhecido e, também, ter esse carinho do público e que sempre tivessem uma boa imagem minha. Então, eu nunca neguei um autógrafo, sempre tratei bem todo mundo, mas é fato que, às vezes, era um pouco cansativo toda aquela vida de astro, de TV, de cinema, mas, dentro do possível, sempre atendi todos os fãs.

 

C.V.: E da sua carreira como cantor solo, como surgiu a oportunidade?

A.C.: Para a carreira solo já veio uma proposta da própria gravadora RGE, que era ligada à Som Livre, em 1992, então, já estavam vendo que eu já tinha experiência de palco, de shows e que eu já estava pronto para a carreira solo e me fizeram a proposta, eu aceitei. No início, pedi a rescisão de contrato com o grupo dos Paquitos e, tudo bem. A Marlene Mattos, que era minha empresária, na época, me liberou, já que eu parti para a carreira solo. Então, se deu o primeiro LP, em 1992/1993. Fiz turnê no Brasil e no exterior.

 

C.V.: Falando em cifras, foi rentável, para você, melhor do que atuar com o grupo dos Paquitos? 

A.C.: Uma carreira solo sempre é mais rentável do que quando você está num grupo. No meu caso, eu sempre fui bem remunerado e é lógico que, estando sozinho, tendo uma visão de banda ou, às vezes, até cantando solo com o violão é bem rentável sim.

 

C.V.: Em 1995, você se converteu ao Evangelho e, então, experimentou uma outra forma de vida. O que ocasionou esta mudança?

A.C.: Foi uma experiência que ocorreu em fevereiro de 1995, foi um chamado específico de Deus na minha vida, ninguém me levou num templo, nada. Eu ouvi o som de uma música e aquele som me levou onde estava tendo uma preparação para dar início a um culto. Cheguei naquele local, através daquele som, humanamente impossível de ouvir, eu estava a mais um quarteirão do lugar e, naquele dia, ali, eu senti fortemente a presença de Deus, e começou tudo ali.

 

C.V.: Ainda assim, sua carreira musical não parou e continuou cantando, só que, agora, no meio Gospel. Percebe muita mudança neste setor, se comparado com o meio em que estava acostumado?

A.C.: É completamente diferente, tem outro propósito e, claro, as letras, as pessoas, os grupos que me acompanham têm ideologias completamente diferentes. Antes eu era uma pessoa que queria somente os aplausos e, enfim, era uma outra história. Hoje eu canto para o Senhor, canto para que as pessoas possam ter uma mensagem diferente, através das letras, uma mensagem de esperança, de amor, de Jesus, então, com certeza, é completamente diferente, como da água para o vinho.


 

C.V.: Há muitos anos seu trabalho é dedicado ao campo missionário, também dedicado às crianças. Sabemos dos problemas que os missionários enfrentam ao redor do mundo. Como tem sido a sua realidade e de sua família?

A.C.: Muitos problemas ocorrem, sim, principalmente porque eu estou na África, desde 2002, trabalhando com povos não alcançados, com crianças, jovens e adolescentes, então, a segunda geração desse provo que já vem conhecendo a Palavra, conhecendo a Jesus, os desafios são grandes, principalmente na área de ajuda financeira, mas, até aqui o Senhor tem nos ajudado. O projeto é do Senhor, a gente toma conta, então, eu penso que, através da alimentação, das creches, do esporte, a gente vem trazendo a Palavra de Deus, juntamente com esta área social. O país se chama Níger, fica no Oeste da África, no Deserto do Saara.

 

C.V.: Há algo mais que queira comentar?

A.C.: Gostaria de agradecer a todos que nos têm ajudado a divulgar os projetos, de forma direta ou indireta, como a este jornal que também está publicando para que mais pessoas possam estar orando e divulgando as nossas redes sociais. É um trabalho bem difícil, mas, até aqui, temos conseguido, com muita luta e muito suor, levantar, aqui, homens e mulheres de Deus nesta nação. A nossa próxima etapa de projetos é construir uma escola técnica para o desenvolvimento das pessoas que já saem das nossas creches, dos programas de Nutrição, estejam se formando em áreas técnicas, como enfermagem, informática, elétrica, enfim. Já temos o terreno, construímos o muro, temos um poço artesiano e, agora, faltam as etapas da escola a serem levantadas, como banheiros, salas de aula, refeitório, administração. Logo, quem puder estar nos ajudando, entre e comente nas redes.

 

C.V.: Quais são as suas redes sociais?

A.C.: Instagram @agdniger, Instagram @alexandrecanhoni_, site: www.agdniger.com e WhatsApp 5511-965714533.



***Fotos da carreira:









***Fotos no trabalho missionário:








 

Fotos: Divulgação

 


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