Apresentação
especial em celebração ao aniversário de 471 anos da cidade de São Paulo com o
Trio Mocotó, lendário grupo que ajudou a definir o som da música black
brasileira na década de 1970. Criadores de uma fusão única de samba, funk e
soul, o grupo é também uma das principais referências do samba-rock no Brasil.
Os fundadores do grupo, João Parahyba e Nereu São José, contam agora com
presença de Melvin Santhana no palco, homenageando Skowa Santos, célebre membro
do grupo falecido em 2024. No repertório, as músicas mais marcantes da carreira
do Trio, incluindo “Coqueiro Verde”, “Kriola”, “Voltei Amor” e “Não Adianta”,
entre outras. O show acontece dentro do projeto “Cultura de Baile”, programação
integrada ao Sesc Verão que reúne bailes musicais dançantes para todos os
públicos.
Ficha
Técnica
João
Parahyba – voz e percussão
Nereu
São José – voz e pandeiro
Melvin
Santhana – voz e guitarra
Fernando
César – teclados
Giba
Pinto – contrabaixo
Janja
Gomes – violão
Vitão
Momento – percussão
Sesc
Bom Retiro - Programa Sesc Verão
Sábado, 25 de janeiro
de 2025
Das 16 às 17h30
https://www.sescsp.org.br/programacao/trio-mocoto-4/
ENTRADA GRÁTIS
Trio
Mocotó, o lendário
grupo que ajudou a definir o som da música black brasileira na
década de 1970, retorna após mais de dez anos fora dos palcos, e promete
uma celebração de sua carreira. Criadores de uma fusão
única de samba, rock, funk e soul, eles conquistaram um lugar especial no
coração dos amantes do groove no Brasil e no mundo. Com sua alegria e carisma
contagiantes, os fãs podem esperar um show eletrizante repleto de sucessos dos
seus cinco discos e mais de 50 anos de carreira.
O
Trio Mocotó foi formado em 1968 na Boate Jogral, onde Fritz Escovão,
João Parahyba e Nereu Gargalo trabalhavam. Na época, a boate paulistana era o
grande ponto de encontro da música brasileira e os três contratados da casa
trabalhavam como banda de apoio para nomes como Clementina de
Jesus, Nelson Cavaquinho, Cartola, Paulo Vanzolini, Manezinho da
Flauta, além das históricas "canjas" com artistas
brasileiros e outros visitantes estrangeiros como Tommy Flanagan, Duke
Ellington, Oscar Peterson, Earl Hines, Jon
Carter, Michel Legrand e Dizzy Gillespie. Hoje
o grupo é liderado pelos dois únicos remanescentes da formação original, Nereu
Gargalo e João Parahyba.
Um
desses encontros começou a se tornar frequente: Jorge Ben no
violão, Fritz na cuíca, Nereu no pandeiro e João Parahyba com sua
mistura de timba e bateria. A batida que nasceu desse encontro, se
transformou em marca registrada e levou Jorge Ben e o trio definitivamente ao
estrelato. E foi essa batida que deu origem ao samba-rock. O
trio acompanhou Jorge em praticamente todas as faixas do álbum Jorge Ben (1969)
incluindo Que Pena, Domingas, Take it Easy my Brother Charles e País
Tropical, nos álbuns Força Bruta e Negro É Lindo , no compacto duplo de Que
Maravilha/Carol Carolina Bela , incluindo turnês e apresentações históricas
como no IV Festival Internacional da Canção em 1969 com a música Charles Anjos
45 , no Festival do Midem na França e no Japão em 1972 que acabou rendendo o
álbum duplo Jorge Ben On Stage , nunca lançado no Brasil e cobiçadíssimo por
DJs e colecionadores do mundo todo.
O
clássico disco Toquinho e Vinicius 1971 – No primeiro disco da
dupla também é Mocotó do começo ao fim, com destaque para Testamento, O
Velho e a Flor e O Canto de Oxum. Além desse disco o trio acompanhou a
dupla em Regra Três e A Tonga da Mironga do Kabuletê e em
diversas apresentações do show Encontro com Marilia Medalha.
O grupo, em trabalho solo, gravou álbuns que se tornaram clássicos da música brasileira e disputados por colecionadores, como Muita Zorra (1971), Trio Mocotó (1973) , Trio Mocotó (1977).
"O
início da carreira solo do grupo se deve a Erasmo Carlos que convidou o trio
para gravar uma parceria sua e de Roberto, e convenceu sua gravadora a
Phonogram/Philips a lançar um compacto com a música Coqueiro Verde
(1970) . Sucesso instantâneo nas rádios, a música foi lançada também
em encarte na edição do jornal O Pasquim, com a entrevista de Leila
Diniz , numa versão com a voz de Leila entrando no meio da faixa a
cada vez que a letra diz: “...como diz Leila Diniz....”
Após
um hiato de mais de vinte anos, retornaram aos palcos no início dos anos 2000,
gravando o disco Samba-Rock (2001) e Beleza, Beleza,
Beleza! (2003), excursionaram pela Europa intensivamente entre 2002 e
2006.
O
álbum Dizziy Gillespie com Trio Mocotó (2010)
“De
passagem pelo brasil em agosto de 1974, o trompetista norte-americano Dizzy
Gillespie (1917 – 1993) fez o Trio Mocotó colocar bebop no samba-rock.
Embevecido com o suingue dos ritmistas brasileiros, o jazzista decidiu gravar
um disco com João Parahyba (percussão), Nereu Gargalo (pandeiro) e Fritz
Escovão (cuíca). Seis temas foram registrados no estúdio paulista Eldorado, mas
o disco foi abortado por Gillespie e a fita da gravação somente reapareceu em
2008, viabilizando a edição do CD que a Biscoito Fino acaba de pôr nas lojas.
Ouvidos 37 anos depois, cinco dos seis temas confirmam o elo entre o samba-rock
e o jazz cheio de bossa e síncopes do qual Gillespie foi mestre.”
(Revista
Rolling Stone Brasil 2011)
Foto: Divulgação
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