Quando
a profissão se torna uma missão, usar o ofício em favorecimento de muitos se
torna um grande prazer na vida, principalmente quando o assunto é saúde.
Justamente assim vive o Fisioterapeuta Julio Lima, 44 anos. Apaixonado
pela profissão, já ajudou muita gente a voltar à vida normal depois de uma
queda, um acidente de percurso ou, até mesmo, situações pós-cirúrgicas.
Hoje,
o profissional residente em Rio Bonito-RJ, conversou com o CULTURA
VIVA.
Acompanhe!
CULTURA
VIVA: A escolha da Fisioterapia como profissão foi uma decisão sua, sem
influências? O que mais pesou por esta opção?
JULIO
LIMA: Sim. A escolha da profissão foi uma escolha minha.
Eu não tive influência de ninguém para estar e atuar como fisioterapeuta na
área da saúde. O que mais me direcionou e pesou, para mim, foi a possibilidade
de ser a ajuda para alguém.
C.V.: Há quantos anos já atua no ramo e,
de tudo o que viu no setor, o que mais te motivou?
J.L.: Eu atuo a 18 anos na profissão. Durante
todo esse tempo o que mais me motivou e motiva, até hoje, é a
possibilidade que temos, enquanto profissionais, de lutar junto com nossos
pacientes contra patologias que os deixam incapacitados, limitados e que,
muitas vezes, não sabem nem que estamos ali ao lado deles, lutando pela
sobrevivência de cada um. Enfim, podemos fazer a diferença na vida dessas
pessoas e de suas famílias, independente de raça, cor, religião ou classe
social.
C.V.:
Atualmente, desenvolve seu trabalho em domicílios. Qual a vantagem e a
desvantagem disso?
J.L.:
A vantagem do
atendimento domiciliar acaba sendo um benefício mútuo: nos favorece na
flexibilidade de horários, na tranquilidade para o paciente pelo fato de ser
atendido dentro da sua residência, uma vez que, para muitos, existe a
dificuldade da locomoção associada à pressa, a questão da privacidade e de não
estar associando o seu ambiente ao espaço hospitalar.
C.V.: Entre os problemas mais frequentes,
quais os que mais seus pacientes solicitam seu serviço?
J.L.:
Entre os problemas mais
frequentes que sou solicitado são pacientes pós-cirúrgicos, pacientes com
distrofias musculares, neurológicas e oncológicos (mastectomias e amputações
por tumores infiltrados).
C.V.:
No momento, trabalha também em hospitais, ou já trabalhou? A rotina é mais
puxada?
J.L.:
Não. No momento não
trabalho em hospitais. Já tive, sim, experiências profissionais na área
hospitalar do Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, realizando procedimentos
em pacientes das enfermarias antes de receberem alta. Atualmente, atuo no
Centro de Reabilitação Pastor Waldir da Silva Queres, em Tanguá. Faço parte de
uma das melhores equipes de fisioterapia do município. A rotina é puxada sim, mas
porque somos uma das equipes de referência, e recebemos pacientes de patologias
diversas e complexas. E como na área hospitalar são muitos pacientes por
enfermaria, isso torna a rotina ainda mais puxada.
C.V.: Você é um dos profissionais mais
solicitados da região. Como tem sido o feedback dos seus pacientes com o seu
trabalho?
J.L.:
Em relação ao feedback
nunca é 100%, mas sempre conseguimos manter em 90% de respostas positivas.
Graças a Deus e ao amor à profissão, nunca tive um horário vazio na agenda.
C.V.:
Para uma pessoa que torceu o pé, colocar gelo, como primeiro socorro, é
aconselhável?
J.L.:
Em um caso de torção em
tornozelo optamos pelo protocolo que diz o seguinte: gelo até as primeiras 72h.
Com isso, conseguimos estabilizar o edema e o corpo elimina o mesmo porque o
gelo tem o poder de vasoconstrição, impedindo o aumento do quadro edematoso.
C.V.:
E compressas quentes são aconselháveis em quais casos?
J.L.:
As compressas quentes
normalmente indicamos para musculatura que apresenta quadro álgico por tensão. Como
exemplo, o torcicolo.
C.V.:
Há casos, no tratamento de fisioterapia, em que se usa uma espécie de choque.
Tem pacientes com resistência a este tipo de procedimento? Neste caso, há outra
alternativa?
J.L.:
Sim, sempre temos
pacientes que apresentam resistência ao tratamento da eletroterapia. Entretanto,
vale ressaltar que grande parte dos aparelhos, como o Tens, que é um aparelho
que funciona com a produção de cargas elétricas que podem ajudar na dor ou nos
estímulos para o fortalecimento muscular e em tantos outros benefícios, como
subsídios que irão complementar aquilo que nossas mãos têm o poder de realizar.
Neste caso, podemos optar por terapias manuais, mobilizações articulares, terapia
de liberação miofascial e entre tantas outras que podemos ofertar.
C.V.: Quais são as suas redes sociais?
J.L.:
Instagram @juliolimagoncalvesda.
Foto: arquivo pessoal de Julio Lima
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