Em
cartaz até o dia 29 de outubro,
a exposição nacional ‘Maré de Mudanças – Década dos Oceanos’ segue
atraindo cariocas e turistas até o Museu Ciência e Vida, em Duque
de Caxias (RJ). Com entrada franca, as famílias poderão curtir
uma nova etapa da mostra marítima, incorporando à galeria de obras expostas em
Rio Grande (RS) uma expressão artística inédita, assinada especialmente pelo
grafiteiro natural de SP, Subtu.
Entre painéis
interativos, videoartes, projeções fotográficas, efeitos
sobre tecidos fluidos e intervenções artísticas,
cerca de 10 obras imersivas e sensoriais estão abertas para
visitação na Baixada Fluminense, ampliando o caráter democrático e
informativo da mostra circular, em conformidade com a Década dos
Oceanos, da ONU.
A
exposição oceânica reúne artistas visuais, muralistas e videomakers conhecidos
da cena nacional, como Iskor, que retorna com ‘Mar de Fantasmas’; Arthur
Boniconte (Midiadub), com ‘Oceano Artificial’; Gyulyia,
que assina a ‘Maré Morta’; Renata Larroyd, responsável por ‘Linha
Divisora’; Via, autora de ‘Trama das Coisas’ e ‘Ato I’; Padre,
autor de ‘A cidade e a água’, e o Coletivo Flutua, pela obra
‘Entremear’, além do cenógrafo da mostra, Rodrigo Machado.
Já
o grafiteiro e artista visual Subtu, que atende sob o
pseudônimo artístico do macaco Yoko, retorna à exposição ‘Maré
de Mudanças’ com uma nova instalação: a obra ‘Tralha Marinha’
(2025). Desenvolvida com ferros reaproveitados, tecidos, lonas e roupas
usadas, Subtu dá vida à raia marinha, espécie
encontrada na Baía de Guanabara, cujo símbolo de resistência e
vulnerabilidade dos ecossistemas costeiros dialoga amplamente com a ação
humana.
A
necessidade de chamar atenção às práticas nocivas e ao descarte excessivo de
materiais têxteis, chegou junto ao alerta emitido pelo movimento social Baía
Viva, no Rio de Janeiro. Segundo os cálculos, aproximadamente 3
milhões de litros de chorume são despejados diariamente na Baía de Guanabara, totalizando
1 bilhão em resíduos líquidos por ano. Diante desse cenário, o Maré
de Mudanças chama atenção, junto à Subtu, para o impacto
silencioso da ação humana sobre os ecossistemas ocupados pela decomposição de
materiais orgânicos.
A
intervenção artística, batizada de ‘Tralha Marinha’, está alocada
no 2º andar do Museu Ciência e Vida, ao lado de outras instalações
como ‘Latente’ – tubarão-baleia de 3 metros de largura por até 6
metros de comprimento, desenvolvido com ferro de reuso, borracha, tampa de
pet, camadas de tecido TNT, câmaras de pneus e sacola plástica fundida pelo
próprio autor. Estamos aqui cumprindo o nosso verdadeiro papel de
propor ‘mudanças’, como a exposição assina”, explica Subtu.
Voltado
às temáticas oceânicas, a exposição ‘Maré de Mudanças’ estabelece
um diálogo direto com os moradores da Baixada Fluminense e da
região no entorno da Baía de Guanabara, que obteve alertas
recentes. Fomentando a educação nas periferias, a mostra reúne artistas,
pesquisadores, diretores e curadores no ‘Museu Ciência e Vida’, em
reconhecimento aos quinze anos de fundação, informação e disseminação
do conhecimento científico pelo acervo no Rio de Janeiro.
O Maré
de Mudanças é uma realização da LB Circular, com patrocínio do
Instituto Aegea – mediante a Lei de Incentivo à Cultura do
Ministério da Cultura.
Evento: exposição nacional ‘Maré de
Mudanças - Década dos Oceanos’
Data: em cartaz até 29 de outubro
Horário: de segunda a sábado, entre 9h e 17h.
Local: Museu Ciência e Vida
Endereço: R. Aílton da Costa, S/N - Jardim Vinte e Cinco de Agosto,
Duque de Caxias - RJ, 25071-160\
Foto:
Divulgação
0 comentários:
Postar um comentário