No
calor dos corredores da unidade da Barra da Tijuca – inaugurada em fevereiro de
2025 – um silêncio que não incomoda se reflete no clima de sala de aula e nos
resultados. Muito antes da sanção da lei nacional que restringe o uso de
celulares em escolas, o PB Colégio e Curso já tinha essa disciplina
como regra em todas as suas unidades, tanto no Rio como em Niterói.
Hoje, com a consolidação da norma, a instituição celebra não só pioneirismo,
mas também benefícios concretos: mais foco, melhor desempenho acadêmico e
alunos que redescobrem o valor da convivência fora das telas.
Em
entrevista recente, o secretário municipal de educação do Rio de Janeiro, Renan
Ferreirinha, destacou que “acredita que, além de aprender Português
e Matemática, que é fundamental, a escola também é um local de interação
social, onde a criança tem que aprender a cair, levantar, correr, ser criança,
perder e ganhar. Essa convivência é um aspecto essencial”. No PB, essa
lógica já era uma prática consolidada antes mesmo de virar lei.
Um
desafio transformado em conquista
Na
Barra, a lei coincidiu com a inauguração da nova unidade, o que trouxe um
desafio extra. Segundo o diretor Jonas Stanley, foi preciso firmeza
e diálogo para conquistar a confiança de alunos e famílias.
“Foi
um ano de estreia em todos os sentidos: a unidade era nova, os alunos estavam
chegando e, ao mesmo tempo, a lei começava a valer. Muitos estudantes,
principalmente os da 1ª Série do Ensino Médio, sentiram o impacto de não poder
usar o celular. E não foram só eles, muitos pais ficaram inseguros, temendo não
conseguir falar diretamente com os filhos durante o dia”, lembra Stanley.
A
solução veio com proximidade e comunicação constante:
“Conversamos
muito com os responsáveis para mostrar que havia outros canais de contato e que
a prioridade era devolver o foco em sala de aula. Aos poucos, com os resultados
aparecendo, a segurança das famílias também veio. Hoje, os pais são os
primeiros a defender a medida.”
Para
além da sala: manejo social e convivência
Segundo
Stanley, o veto ao celular não beneficia apenas o aprendizado, mas também a
vida em comunidade:
“Encontrar os amigos, jogar, conversar olho no olho… tudo isso voltou a ganhar
espaço. A escola também é lugar de interação social, e vimos esse lado
florescer mais ainda com o celular fora de cena.”
Ele
reforça que, tanto na vida social quanto na profissional, saber
dialogar, ouvir e conviver é essencial, e que o celular muitas vezes
rouba essa capacidade. “Os jovens passaram a se relacionar mais, a desenvolver
habilidades de comunicação e a construir vínculos que a tela antes bloqueava.
Esse manejo social é um ganho que levamos para a vida inteira.”
Foco
que gera resultados
A
adaptação rendeu frutos rapidamente: turmas mais concentradas, recreios mais
cheios de interações reais e um desempenho acadêmico que segue consolidando a
marca do PB. Com altas taxas de aprovação em vestibulares, conquistas em
olimpíadas e destaque em rankings de desempenho, a rede reafirma que a
disciplina também é ferramenta de liberdade.
“Foi
desafiador no começo, mas hoje vemos que valeu a pena. O celular deixou de ser
protagonista e o estudante voltou a ocupar esse papel. Mais do que notas,
conquistamos jovens mais atentos, mais sociáveis e mais preparados para os
desafios do futuro”, conclui Stanley.
O
que muda sem celular, segundo o PB
Mais
atenção em sala –
alunos acompanham melhor as aulas e reduzem distrações
Recreios mais vivos – jogos, conversas e amizades retomam espaço
Habilidades sociais – jovens desenvolvem manejo social, diálogo e
empatia
Resultados acadêmicos – aprovações expressivas e conquistas em
olimpíadas
Foto:
Divulgação
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