O
período de férias simboliza liberdade, alegria e leveza. É
acordar com o nosso relógio biológico, sem compromissos agendados, sair da
rotina e se aventurar no desconhecido. É comer fora de
hora, escolher o que fazer com o “nosso
dia” e incluir o não fazer nada! É viajar com a
família, conhecer novos lugares e mergulhar na leitura de
livros que nos levam até onde a nossa imaginação alcança. É acampar na
sala com a barraca feita de lençol preso com barbante, brincar na rua,
desenhar, pintar e bordar! É andar com os
pés descalços, pisar na lama, tomar banho de
chuva e se reunir em volta da fogueira... É viver o momento
presente com presença, sabendo que esse tempo
respeita um ciclo, e logo as aulas irão retomar.
Porém,
muitas crianças ainda passam grande parte do seu tempo
livre presas às telas, distantes da terra, do vento, do sol e do
movimento. Essa hiperexposição digital desconecta vínculos, afasta
a criatividade e todos os benefícios que o brincar carrega
consigo.
As
férias traduzem um tempo de transformação, um convite para que crianças e
famílias abram espaço para o encantamento, para a pausa e para o brincar.
Assim como a borboleta, que passa pela metamorfose em diferentes fases de
seu ciclo, também podemos nos conectar com o que pulsa ao nosso redor
com curiosidade, aprendizado, imaginação e ação.
E
como transformar essa ideia da metamorfose em atividades práticas com as
crianças?
Ofereça às
crianças pequenas experiências que fortaleçam vínculos com
a natureza de forma lúdica, educativa e regenerativa ao mesmo
tempo. Promova momentos: o “ovo”, que simboliza o
início e a intenção pode se tornar o ato de plantar
sementes; o “lagarta”, por ser um animal que come o tempo
todo, pode ser cozinhar ou fazer uma caminhada observando as folhas
na natureza. Momentos de pausa, recolhimento,
introspecção e silêncio representam o “casulo ou crisálida”,
como a leitura de algum livro, um intervalo e o descanso.
Já a “borboleta” é tempo de liberdade, de agir
coletivamente, com brincadeiras ao ar livre e muita
criatividade!
Pequenas ações
podem gerar grandes transformações. É nesse reencontro com a nossa
natureza que fortalecemos vínculos e abrimos espaços para uma imensidão de
novas possibilidades! Assim, como despertar para o famoso
termo “Efeito Borboleta”, substituímos naturalmente o tempo nas telas para
mais tempo na terra!
*Paula
Mazzola é psicopedagoga pela PUC-SP, pós-graduada em Educação para a
Sustentabilidade e Regeneração, especialista em Liderança ecossistêmica e
autora da trilogia “Atequenfim”
Foto1:
Divulgação | Pexels
*Imagem
meramente ilustrativa
Foto2:
Vivian Koblinsky
* Autora Paula Mazzola


0 comentários:
Postar um comentário