Estar posicionado no seu lugar é dever de qualquer cidadão. Coisa triste quando alguém tem desejo pelo o que pertence à outra pessoa. Não tem sossego, não dorme direito: fica maquinando como conseguir a mesma posição ou, quem sabe, o próprio lugar já ocupado. Será que fica tão difícil assim entender que, para cada ser humano, existe um lugar específico? Suponha-se que os habitantes do planeta terra compõem um só corpo: alguns são os braços, outros representam os dedos, outros ainda fazem parte das unhas, etc. Cada qual tem seu chamado, sua ocupação, uma missão para cumprir ao longo de sua existência. Imagine se as unhas quiserem ocupar o espaço dos braços. Primeiro, não é adequado para um corpo normal uma unha estar em outro lugar que não seja o seu. Ela fica perfeita e muito bem posicionada no lugar onde naturalmente nasceu. Seria demais entender isso? Convém analisar que a pessoa que age de tal forma, ainda não descobriu o seu lugar, a área reservada para sua funcionalidade. Por isso, continua estática para seu desenvolvimento próprio e, em constante movimento, quanto ao desdobramento da vida de outrem. Feliz será o dia da descoberta de que há um cantinho reservado para ela no planeta, onde vai poder prosperar, socorrer, fortalecer-se e destacar-se mediante seu esforço naquilo em que foi chamada. Não vai precisar se desgastar tanto, lamentar demais ou perder noites de sono, tudo vai acontecer naturalmente. E quando ver o sucesso do companheiro, logo vai estar satisfeito pela vitória alcançada, reconhecendo que também se torna sua. Para isso passar a ser uma realidade, basta parar e buscar em seus dotes àquilo que se torna mais aplicável, a fim de beneficiar a si próprio e os outros. Esse é um bom início. Daqui para frente, é só portar-se como quem espera, que, mediante a sua jornada, tudo vai brotar. Dedique seu tempo para pensar que existe, nesta terra, um espaço que te pertence. É totalmente seu. Ocupe-o.
Foto: Márcia Rodrigues
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